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Comecei o projeto desapego 2017: roupas!

Comecei o projeto desapego 2017: roupas! - Leve por aí, por Camile Carvalho

Estou no meio de um declutter. Pra quem não acompanhava o blog, declutter é o sinônimo de “destralhe”. Costumo usar esta palavra pra expressar de forma mais simples o processo de tirar as coisas das gavetas, analisar o que fica e o que sai. Claro, não gosto de tratar o que sai como tralha, como lixo, como algo inútil, visto que o que não serve pra mim pode ter muita utilidade para o próximo.

Cheguei no Rio de Janeiro hoje pela manhã. Dei minhas aulas de yoga e, com a mala da viagem ainda cheia, porém, com as roupas já lavadas, estendi meu tapetinho de yoga no chão do quarto e tirei tudo de dentro da mala sobre ele. Abri minhas gavetas e comecei o processo. Isso fica. Isso sai.

Após duas pilhas de roupas a serem doadas, separadas num canto prontas para entrarem em uma sacola, fui ao banheiro. Olhei ao meu redor e percebi o tanto de cremes, perfumes, shampoos, hidratantes, sabonetes e isso e aquilo. Ainda tenho cosméticos de empresas que testam em animais. Cremes com parabenos, parafinas e sei lá mais o que. Shampoo com sulfatos e tantas outras coisas que fazem mal. Respirei fundo e, pra não perder o ritmo do declutter no quarto, prometi a mim mesma que o próximo será o banheiro.

Aquela lista de 10 itens que fiz, pro desafio Desapego 2017 foi feita de forma aleatória. Não foi nada muito elaborado, muito pelo contrário. O que eu pensava em mudar, anotava. Quando cheguei ao número 10 parei, sabe-se lá por qual motivo. Dez costuma ser um número bonito, redondo (quem determinou isso?), mas a verdade é que ao longo de 2017 serão muito mais que 10 itens a serem transformados. Não quero dar um passo à frente, mas um salto.

Olho ao meu redor e vejo as sacolas. As roupas a serem doadas. A porta do armário aberta e a quantidade de roupas que ainda tenho lá.

No meio da arrumação encontrei uma bata preta indiana, que vai até mais ou menos a altura dos joelhos. Linda. Por que mesmo eu não a uso? Ah, claro, eu não sabia que tinha. Esta peça foi pro cabide, ganhou um destaque e será usada assim que possível.

Perdí os trilhos do minimalismo ao longo dos anos? Sim e não. Minha mente continua atenta, não compro por impulso, mas perdi o hábito de doar, de abrir espaço, de desapegar. O que eu tinha antes e ficava na dúvida se manteria ou não acabou ficando ali, muitas vezes encostado, e é por isso que hoje estou com peças que sobreviveu a um declutter anterior só porque fiquei com dúvidas. E a resposta veio.

Cada roupa tem uma história, uma emoção, carrega memórias boas ou ruins. Vamos desapegar, passar adiante o que não nos traz alegria? Eu sei, Marie Kondo repete isso incessantemente em seu livro, mas este é um conceito antigo pelas bandas de cá. Precisamos manter ao nosso redor o que nos faz leves, felizes e completos.

Vamos desapegar?

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Como uma faxina ajuda a clarear a mente

Como uma faxina ajuda a clarear a mente | Vida Minimalista, por Camile Carvalho

Eu tenho uma mania estranha que é a de fazer faxina quando estou enrolada com muitas coisas pra fazer. Alguns poderiam apontar um indício de procrastinação, mas ainda bem que tenho o Feng Shui ao meu favor, pois eu simplesmente não consigo assentar minha mente se o ambiente está sujo e/ou desorganizado.

Quando estamos bagunçados por dentro (mente instável, ansiedade etc.) acabamos refletindo no exterior, o que se torna um círculo vicioso, pois nem conseguimos arrumar tempo pra fazer uma faxina e organização física nem conseguimos entrar em contato com nossas emoções e pensamentos de forma clara. Tudo parece meio turvo.

Já faz um tempo que preciso organizar minha vida online, meus compromissos pessoais e acadêmicos, mas quando olhava para o tanto de papelada que eu tinha que lidar, com emails não respondidos se acumulando na caixa de entrada e textos a serem lidos, minha reação era de me afastar de tudo isso para buscar um espaço no qual pudesse pensar e decidir o primeiro passo. Essa busca pelo espaço é muito comum, pois no centro do furacão não conseguimos ver a situação como um todo e ter total conhecimento sobre sua dimensão.

Resolvi tirar o domingo (ontem) para fazer uma super faxina por aqui. Arrastei móveis, limpei cada canto, tirei roupas das gavetas, esvaziei armários e troquei muita coisa de lugar. Foi cansativo? Demais! Mas a sensação de leveza depois de horas de arrumação e um banho energizante é recompensador. É como tirar um peso sobre os ombros, as energias parecem fluir melhor e minha mente consegue visualizar com mais clareza tudo que preciso fazer.

Se você também se encontra com a mente agitada, com muitos compromissos mas sem conseguir dar conta de nenhum deles e com uma bagunça mental, experimente fazer uma super faxina. A limpeza do ambiente físico ajuda a abrir espaço na mente, fazendo com que não apenas o nosso chão, mas também a nossa mente funcione com mais clareza.

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Como fazer uma Faxina Digital

De tempos em tempos eu gosto de analisar meu computador e ver o que andei acumulando ao longo dos meses e fazer um super declutter. Manter um computador minimalista com apenas os programas, arquivos e redes sociais que realmente preciso é essencial pra mantermos uma navegação rápida, limpa e saudável.

Vou compartilhar o passo a passo que fiz hoje no meu declutter digital depois de me inspirar com o tweet da Paolla Arnoni, que tinha feito uma limpeza em suas redes sociais. Sei que tem vários posts antigos da época do Vida Minimalista por aqui falando do mesmo assunto, mas sempre tem dicas novas. Vamos lá?

1 // Limpar pasta de transferência

Sabe aquela pasta onde todos os seus downloads vão direto pra lá? Sempre começo limpando a pasta de downloads/transferência. Se um arquivo é importante, deve ser imediatamente transferido pra pasta onde ele deve ficar (fotos, música, vídeos etc). Se não é importante e não precisa ser arquivado, então deve ser excluído.

2 // Músicas

Antigamente eu tinha um arquivo imenso de músicas no meu computador. Eram álbuns e discografias completas, mas como estou sempre trocando de computador/notebook/celular, não conseguia mantê-los sincronizados. Pra isso, eu precisava manter TODOS os arquivos em TODOS os dispositivos, o que dava um trabalhão, além de ocupar muito espaço desnecessário.

Atualmente mantenho apenas alguns arquivos em mp3 no meu computador, mas de músicas que não encontro facilmente e gravações da época em que eu cantava e tocava. Migrei todas as minhas músicas pro serviço de streaming Spotify, que pra mim está sendo o melhor até agora. Tenho diversas playlists por lá e uma delas vocês podem conferir aqui na barra lateral do blog (pra quem acessa pelo computador). Com o Spotify tenho todas as músicas sincronizadas em todos os dispositivos e algumas playlists ficam sincronizadas para funcionarem offline. É uma mão na roda!

3 // Fotografia

Desde que comecei a organizar minhas fotos digitais, já saio deletando as que não ficaram boas assim que as descarrego no computador. Mudei bastante o esquema de organização de fotografias desde o último post mas mais pra frente vou escrever um dedicado apenas a isso. Por enquanto adianto que minhas fotos editadas e finalizadas ficam sincronizadas no meu Dropbox organizadas em pastas blog / lifestyle / yoga / viagens / espiritualidade etc.

4 // Programas instalados

Sempre que faço uma revisão, descubro alguns programas que instalei, usei algumas poucas vezes e depois nunca mais precisei deles. Esses são imediatamente desinstalados. Se algum dia pra frente precisar deles novamente, é só reinstalar. Melhor que manter por anos uma parte do meu HD ocupado com coisas que não estão em uso. Faça uma revisão no seu computador, tenho certeza que encontrará também softwares que estão empoeirados já.

5 // Redes Sociais

Aí chegou a melhor parte do meu declutter: redes sociais. Quantas contas por aí você tem cadastro? Desde que escrevi esse post aqui tenho certeza que já surgiram dezenas de novas redes sociais e que meu email já circula por muitos outros cantos da internet. Uma dica que dou é ter um email só pra cadastros de internet e redes sociais e manter um outro particular só para amigos/profissional.

Muitas vezes nos empolgamos com projetos novos e acabamos criando contas adicionais em redes sociais que já temos, como twitter, instagram e fanpages no facebook. Há também redes sociais novas que surgem com a promessa de que serão o novo Facebook e acabamos correndo pra fazer logo um cadastro, mas quando percebemos que elas nem eram aquilo que prometemos, acabamos abandonando.

Que tal fazer uma faxina nessas contas? Será que precisamos MESMO estarmos em todas essas redes sociais? Será que não é melhor usarmos apenas algumas e direcionarmos nosso tempo pra atualizarmos poucas, porém com mais cuidado e atenção?

Quando desentulhamos nossa vida digital também melhoramos nossa qualidade de vida, afinal, perder tempo com inutilidades e guardando o que não precisamos mais é prejudicial também no meio digital. Por uma vida mais leve e com menos acúmulos, sejam eles físicos ou “invisíveis”.

Agora eu quero saber de você, quando foi a última vez que fez uma limpa no computador e nas redes sociais?