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Como lidar com as ideias criativas?

Como lidar com as ideias criativas? | Camile Carvalho | Vida Minimalista | #camilecarvalho

Eu havia pensado em fazer algumas mudanças por aqui e no meu Instagram. Andei conversando com algumas amigas sobre isso, anotando várias ideias, planejando nichar no meu campo profissional (pesquisa sobre Índia, hinduísmo e yoga) e pra isso, escrevi bastante nos meus cadernos sobre o que, de fato, eu queria. Mas a ideia nem sempre corresponde à realidade.

Eu precisaria fazer pequenas mudanças antes de fazê-la por completo. Isso me deu um frio na barriga, aquela mistura de dúvida se era isso mesmo que eu deveria fazer, com o pensamento “e se não for pra fazer isso“?

Todas as vezes em que me sinto dessa forma, empolgada por algo mas ao mesmo tempo pensando que seria algo difícil e trabalhoso de reverter, eu coloco a ideia na geladeira. Ariana e afobada do jeito que sou, gosto de tudo pra ontem, então, quando surge uma ideia de mudança, já quero aplicar logo e resolver tudo no mesmo dia. Mas, com o tempo, com o autoconhecimento e a maturidade, fui compreendendo como minha mente funciona: acelerada, impaciente.

Eu escrevi muito. Escrevi o cenário ideal. Visualizei como seria minha rotina com as mudanças. Não era uma coisa boba, eu até mesmo voltaria a adotar o meu nome indiano Chandrika. Sim, não era uma coisa banal.

Mas com o tempo na geladeira minhas ideias foram se dissipando como nuvens. Aquele propósito inicial foi perdendo força, perdendo o sentido. Entrei no meu blog e me senti em casa. As cores, os textos, as imagens, a identidade visual como um todo. Sorri em frente ao meu computador e percebi que tudo isso não tinha passado de uma cura. Uma cura de muitos traumas que tive em relação à Índia e só quem esteve muito próximo a mim consegue compreender.

Eu percebi que cada vez que penso em fazer algo relacionado à Índia, é uma parte de mim que se cura. Se antes eu mal conseguia olhar para qualquer coisa que me remetesse à Índia (sim, eu cheguei a esse ponto), hoje estou no processo seletivo do Doutorado  para dar continuidade à minha carreira no campo da indologia.

O que me espera daqui pra frente? Eu não sei. Só o tempo dirá.

Pode ser que eu tenha perdido uma janela de oportunidade de uma grande mudança na minha presença digital. Mas também pode ser que eu tenha aprendido a lidar melhor com meus impulsos que buscam por novidade a cada momento. Estabilidade também é importante, principalmente na construção de uma presença digital.

Muitos aqui sequer sabiam que isso tudo estava acontecendo, até porque nada mudou por aqui e nem no Instagram. E isso é bom! Ter ideias novas é maravilhoso. Anote-as, reflita sobre elas, mas isso não significa que precisamos aplicá-las.

Eu tenho usado um caderno pra coletar todas as minhas ideias que surgem, assim, posso ler, reler, pensar e repensar. Despejo ali aquele impulso criativo e mantenho guardado, para quem sabe, um dia, aplicá-las. Nem toda ideia precisa ser aplicada. Mas seria bom que toda ideia fosse registrada.

Quero saber de vocês, como vocês guardam suas grandes ideias? Vocês registram de alguma forma? Em algum app no computador? Escrevem à mão? Têm um caderno apenas para isso? Quero saber o sistema de vocês, pois em breve, vou compartilhar o meu também.

Até a próxima!

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Como ler livros com criatividade

Este post é para você que, assim como eu, é um bibliófilo que não tem pena de interagir com seu livro. E sim, quando falo em interagir, estou falando em fazer anotações, marcações coloridas entre outras coisas. Aqui em casa eu tenho uma biblioteca, mas estou sempre desapegando de alguns livros que li e não quero mais guardar. Porém, sempre temos aqueles queridinhos de consulta, como aqueles ligados à profissão, autoajuda, empreendedorismo e religião.

Eu sei que muitos não gostam de fazer anotações em livros, pois podemos passar adiante para quem ainda não leu ou emprestar para os amigos. Eu, particularmente, não anoto em livros de Literatura, já que costumo fazer uma leitura corrida sem muita interação (exceto quando estudei Letras). Porém, aqueles que usam livros para estudos, sabem que a melhor forma de estudar é fazendo uma leitura ativa, ou seja, aquela em que interagimos, refletimos fazemos as anotações para absorvermos melhor o conteúdo.

Hoje dividirei com vocês algumas dicas que uso nas minhas leituras interativas e darei algumas dicas de como ler livros com criatividade:

#1 – Sempre leio sentada e com o livro em uma mesa

Não adianta, eu  não consigo fazer uma leitura ativa deitada em uma rede sentindo a brisa fresca do mar em meu rosto. Logo penso na praia, no voo das gaivotas, em como a vida é bela e o quão imenso é o nosso universo. Para mantermos a atenção é fundamental que estejamos em uma postura que não nos permita divagar. E olha que mesmo assim às vezes a mente vai longe…

#2 – Separo meu material de leitura antes

Quando organizo minha leitura antes de abrir a primeira página, não preciso me levantar o tempo todo pra pegar algo que esqueci. Mantenho água, canetas coloridas, post-it, marca-texto, enfim, tudo ao meu alcance.

#3 – Anoto a data que comprei

Sempre que compro um livro anoto na primeira página a data que comprei. Isso facilita muito quando temos aqueles livros comprados e não lidos na estante, tanto para um momento de desapego quanto pro momento de escolha do que vou ler. Se estou em uma organização e vejo que tenho livros não lidos de 2013, é sinal de que provavelmente não lerei mais e o timing daquela leitura já passou. Claro que sempre temos excessões, mas na maioria das vezes funciona assim. No caso de livros literários, que não gosto de escrever, pode-se usar um post-it para anotar a data.

Como ler livros com criatividade - Vida Minimalista

#4 – Marca Texto, sim senhor!

Eu sei que essa parte divide bastante meus leitores, mas eu gosto de usar marca texto para destacar trechos e palavras importantes. Quando o livro é em inglês, uso o destaque naquelas palavras que ainda não conheço e que são fundamentais para a compreensão do texto. Nos outros livros, tento identificar as ideias principais e destacar suas palavras-chave, o que facilita demais na hora de fazer um mapa mental do texto (se você não sabe o que é mapa mental, clique aqui).

#5 – Lápis para quando estou na rua

Se estou na rua e levo um desses livros na bolsa, costumo usar lápis para fazer marcações e anotações em sua borda. Sabemos que fica um pouco difícil tirar todo o kit de estudos no meio do metrô, por exemplo, mas um discreto lápis pode ajudar bastante quando queremos lembrar depois de rever algum parágrafo. No meu caso, faço setinhas na lateral ou sublinho a frase quando é importante, para depois, na revisão, usar o marca texto ou tags coloridas.

Como ler livros com criatividade - Vida Minimalista

#6 – Anote referências no texto

Muitos livros que leio indicam a leitura de outros (acadêmicos me compreendem!) e nem sempre podemos encontrar uma lista de referências no final do livro, como em um artigo acadêmico. Às vezes uma simples citação de um filme, música ou livro que aparece no meio do livro desperta minha curiosidade, então em vez de parar tudo pra dar uma pesquisada no Google, anoto na última página do livro essas referências. Há post-its grandes para serem colados em uma página. São os ideais, pois podem ser destacados depois e colocados em outro lugar. Minha dica? Assim que acabar a leitura, passar para o Evernote.

#7 – Resenhas ou fichamentos

Quando temos muitos livros lidos e para ler, corremos o risco de nos perdermos entre eles. O ideal é fazer uma resenha ou fichamento anotando as principais ideias do livro, pontos de destaque, trechos importantes, referências entre outras anotações. Mais uma vez recomendo usar o Evernote pra guardar as resenhas, ou crie um blog pessoal para isso, sem autocobranças. O mais legal de um blog de resenhas literárias é que você pode acabar conhecendo pessoas que gostam das mesmas leituras.

Eu sei que para muitos, fazer anotações em livros não é uma opção a ser considerada, principalmente se o livro não for seu. Jamais rabisque livros de bibliotecas ou de amigos. Faça isso apenas se for seu livro, e se for um livro de estudos, que você não tem a pretensão de passar adiante de imediato. Claro que não há problemas em doar livros com anotações, mas com certeza a maioria gosta de ganhar livros sem anotações. Mas por outro lado, se o livro é seu, se é para ser absorvido o conteúdo e se há uma meta com aquela obra, como no caso de concursos, não tenha pena de fazer anotações. É uma forma de apreender melhor o conteúdo e de facilitar a releitura. Gosto de pegar um livro lido há um bom tempo e, na releitura, descobrir outros pontos que não havia destacado, que passaram despercebidos.

E vocês, como leem seus livros? Fazem anotações? Contem suas dicas conosco aqui nos comentários!

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