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Como destralhar fotos digitais

Como destralhar fotos digitais | Vida Minimalista por Camile Carvalho

Está chegando o fim do ano, e nessa reta final eu sempre me programo pra organizar o meu notebook. Como agora só utilizo um (finalmente investi em um MacBook e não uso mais PC + Netbook), fica mais fácil organizar, mas ainda assim é importante realizar os backups no HD externo e nas nuvens.

Hoje, enquanto todos estão nos preparativos para o Natal, eu estou aqui organizando as fotografias de 2012. Todo ano eu crio uma pasta com o ano e descarrego as fotografias dentro dela, com a seguinte classificação:

AAAA-MM-DD Nome Do Evento

Com essa organização, as pastas ficarão listadas em ordem crescente independente do nome do evento, como podem ver nessa imagem:

Como destralhar fotos digitais | Vida Minimalista por Camile Carvalho

Como eu fotografo muito, eu sempre tento já descarregar as fotos todas de um determinado evento seguindo essa organização, para que não complique mais tarde e dê mais trabalho. Porém o ideal seria, além de organizar nas pastas, fazer uma pré-seleção de quais fotografias estão boas e quais não estão. Não faz sentido mantermos fotos praticamente duplicadas, escuras demais, claras demais ou sem foco, mas nem sempre estamos com tempo disponível para fazer essa pré-seleção, e acabamos escolhendo apenas aquelas boas para fazer uma edição, publicar em alguma rede social ou enviar para a família.

E as outras fotos que não ficaram tão boas? O que fazer com elas?

A resposta é simples. Descartar o máximo que puder. Se uma foto não serve para fazer uma ampliação no papel, não serve para enviar para os familiares e amigos e não serve para publicar em uma rede social – a menos que seja uma foto de cunho sentimental – devemos descarta-la.

Quantas pastas de fotos você tem no seu computador, que você poderia abrir a qualquer momento para mostrar a alguém sem passar vergonha com fotos de qualidade comprometedora (ou fotos comprometedoras)?

Organizar as fotos do ano não é uma tarefa fácil, que possamos sentar em poucas horas e realiza-la, mas também não é complicada demais. É um projeto, e deve ser encarado como tal. Em poucos minutos podemos vasculhar umas 3-5 pastas e deletarmos algumas fotos sem dó (exceto aquelas as quais um “defeito” tenha sido proposital). E é isso que, no final das contas, pode fazer milagre com seu HD. Com a quantidade de megapixels que as câmeras oferecem atualmente, os arquivos já não são mais tão leves como antigamente. Lidamos com fotos com mais de 1MB, e uma grande quantidade delas indo pra lixeira pode fazer seu computador respirar com mais leveza.

Vamos começar? Não precisa fazer tudo em um dia, apenas algumas pastas em seu tempo livre. Você vai ver que o resultado é incrível, além de valorizar mais aquelas fotografias que ficaram.

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2012: Calendário Maia, fim do mundo e o recomeço

Aztec Sun Calendar

Fim do ano chegando, e estamos enfrentando muito calor aqui no Rio de Janeiro, apesar de hoje o clima ter ficado um pouco mais ameno. Enquanto alguns vão loucamente aos shoppings, eu fico aqui em casa, lendo livros, passeando pela internet, comendo gulodices e descansando, afinal, estou de férias.

E ontem foi o fim do mundo. Pensei muito no que escrever sobre isso, pois não conseguiria resumir tudo o que sinto e minhas opiniões em um único post. É assunto pra um livro, talvez, e mesmo assim não se esgotaria. Acho que há certas sensações que não devem ser expostas em palavras, pois perdem sua magia. Não acreditava nessa onda de fim de mundo, levei muita coisa na brincadeira para apenas entrar no clima, mas a questão é muito mais profunda do que uma simples catástrofe determinando o fim da humanidade. É o início de um novo ciclo, de uma nova roda. Não podemos negar que o que ocorreu ontem – o alinhamento planetário – foi um fenômeno muito importante para a astronomia, astrologia, espiritualidade e afins. Quem estuda antigas civilizações sabe muito bem como os fenômenos astronômicos eram importantes para aqueles povos, mesmo sem terem – teoricamente – instrumentos de qualidade como temos hoje.

Por esse motivo fiz um dia de autorreflexão, de sentar e meditar, pensar no que pretendo fazer nesse novo ciclo, e o principal, pensar em como posso fazer algo de útil para esse planeta. Todos nós vivemos nele e somos completamente dependentes para nossa sobrevivência. Qual planeta vamos deixar para os nossos descendentes? Quem vamos deixar para nosso planeta? É uma via de mão dupla. A preocupação é tanto quanto aos recursos naturais, quanto em relação à educação ambiental. Não podemos perder as esperanças. Não é a humanidade nem a sociedade a quem devemos condenar. Devemos sim, olhar para nós mesmos e tentar fazer diferente, afinal, eu faço parte de um todo, e o todo depende de cada um.
“Eu estou começando com o homem do espelho,
Estou pedindo a ele que mude suas maneiras.
E nenhuma mensagem poderia ser mais clara:
Se você quer do mundo um lugar melhor, olhe para você mesmo e faça a mudança.”

– Man in the mirror, Michael Jackson.
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A Religião da Grande Deusa (Claudio Crow Quintino)

Para quem gosta da cultura Celta, o livro que indico é A Religião da Grande Deusa – Raízes Históricas e Sementes Filosóficas, de Claudio Crow Quintino, tradutor e pesquisador das antigas tradições pagãs europeias. A obra possui 206 páginas bem diagramadas, de cor amarelada e fonte adequada – ótimo para leitura não se tornar cansativa – e foi publicada pela editora Gaia.

Com uma leitura de fácil compreensão, mais próxima de um diálogo com o leitor, Claudio Crow faz uma abordagem histórica sobre as antigas culturas e o culto à Deusa, fundamentada em anos de pesquisa e estudos de livros de referência sobre o tema. Abordando desde as origens da religião da Deusa até os dias atuais, com a religião Wicca, Crow também explica temas muitas vezes controversos, como a ausência do símbolo do pentagrama (Selo de Salomão) nas tradições antigas, tendo sua origem em tradições judaico-cristãs e seu uso associado às tradições de magia cerimonial e não da Natural como muitos apontam. Há um capítulo, inclusive, em que é discutido a provável ligação da Wicca Gardneriana com Aleister Crowley, fundador da Golden Dawn.

Também podemos aprender sobre a simbologia Celta e a importância do número 3 para seus povos. Este número, representando o início, o meio e o fim, as três fases da lua e as três fases da Deusa, são encontrados em diversos locais na Irlanda, assim como em instrumentos descobertos pelas escavações. O triskle, portanto, é um símbolo tipicamente Celta, assim como outros que se utilizam da forma espiralada, tão comum naquela cultura na qual o tempo não era linear, mas sim em forma de espiral, e que o passado, presente e futuro acontecem em um momento único.

Outro ponto positivo do livro, é que ele aborda o que se propõe: As raízes históricas e sementes filosóficas da religião da grande Deusa, e não se perde em receitas de magias, encantamentos e rituais, como alguns outros, o que na minha opinião, não é tão importante, já que em se tratando de uma religião livre, na qual não há regras, não há a necessidade de fórmulas prontas a serem seguidas.

Para quem procura um livro que trate de forma séria e com referências bibliográficas sólidas a cultura Celta e os primórdios da religião da Deusa, é uma obra indicada. Como já exposto, o autor se abstém de incluir encantamentos, pois seu foco é totalmente baseado em pesquisas históricas e arqueológicas, ou seja, tem um outro ponto de abordagem. É uma obra que serve tanto para quem quer conhecer os fundamentos do paganismo Celta, quanto pra quem quer se aprofundar mais, já que Crow expõe de forma clara e objetiva os pontos principais, lançando mão também de trechos de outras obras, como a Anam Cara, do autor irlandês John O’Donohue, referência sobre o assunto.

“Tá Tír na n-óg ar chul an tí – tír álainn trina chéile.”

“A terra da juventude eterna está atrás da casa, e é uma bela terra que flui em si mesma.”

QUINTINO, Claudio Crow. A religião da grande Deusa. São Paulo: Editora Gaia, 2000. 208 p.