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Como organizei minhas roupas para 2018 (método KonMari)

Marie Kondo é uma japonesa que criou o método KonMari de organização. Se você ainda não a conhece, sugiro que leia este post aqui, onde faço uma resenha de seu principal livro A Mágica da Arrumação. Não vou registrar o passo-a-passo detalhadamente da arrumação pois já o fiz na organização de 2017 (leia aqui), mas contarei o que achei de diferente da primeira vez.

Bem, já vou avisando que, segundo Marie Kondo, só precisamos fazer essa mega arrumação uma vez na vida, e que, se fizermos bem feita e passarmos a comprar com consciência, não precisaremos mais fazê-la. Aí que está o ponto, como acho que cada um tem seu jeito de lidar com as compras, roupas e estilo pessoal, acho válido fazermos revisões de vez em quando pra adequarmos nossas roupas aos nossos momentos. Acredito que somos múltiplos, tem momentos em que estamos curtindo mais um estilo, em outros momentos estamos em outras energias, e uma revisão acho que, no meu caso, é sempre necessário.

Eu não faço armário-cápsula. Pra quem ainda não conhece este conceito, o armário-cápsula é um projeto em que separamos apenas algumas peças de roupas para serem usadas em cada estação do ano. Como aqui no Rio de Janeiro não temos estações definidas e não uso apenas um estilo de roupa, prefiro ter uma quantidade de peças adequadas e constantemente fazer essa revisão pra saber o que pode ser passado adiante, o que pode ir pra casa de praia e o que pode ser adicionado em meu armário que promoverá um leque maior de combinações com o que eu já tenho.

Acreditem, às vezes a compra de uma peça-coringa permitirá que você use com mais frequência o que você já tem. Portanto, o foco aqui não é te convencer a não comprar nada, mas sim, saber comprar com consciência. Sim, aos meus leitores do Vida Minimalista, nada de extremos! O caminho do meio é mais adequado.

(Re)começando a organização

A primeira vez que fiz essa arrumação não acreditei no que estava lendo. Marie Kondo nos fala para colocarmos TODAS as roupas no mesmo lugar. Sim, TODAS. As roupas no cesto pra lavar, as roupas do varal, aquelas roupas guardadas em outros locais da casa, todas. Em 2017, quando fiz pela primeira vez a arrumação tentei burlar um pouco a regra colocando apenas as que estavam no meu guarda-roupas. Depois me entreguei e fui catando TUDO que tinha pela casa e, quando olhei pro meu quarto, não acreditava que uma pessoa só poderia ser capaz de ter tudo aquilo. Bateu um desespero. E sim, isso é desanimador.

Mas, ao mesmo tempo em que nos sentimos desanimados por não sabermos por onde começar (e com um misto de sentimento de culpa por ter tudo aquilo), também vem uma coragem de “preciso começar por algum lugar”, ou “não posso manter tudo isso comigo, é muita coisa”. E então, começamos a pegar, peça por peça, e analisar se gostamos realmente dela, se nos sentimos bem, se ela nos traz alegria. Caso contrário, coloquei em uma pilha num canto do quarto pra decidir depois o que faria (doação, venda ou casa de praia).

Dessa vez, a experiência foi muito diferente. Primeiro, pela notável diferença na quantidade de peças, que foi apenas esta pilha da foto acima. Eu sei, parece muito, mas comparando com a do ano passado – que o chão ficou pequeno e precisei usar a cama – eu tinha muito menos peças.

O Processo

Depois de tudo junto, no chão do quarto, peguei peça por peça e fui analisando primeiro, se a cor realmente combinava comigo. Nunca fiz uma análise de paleta de cores por alguma profissional de estilo, mas pelo que li, pesquisei e estudei, descobri que a combinação da minha pele, olhos e cabelos, me levam a uma paleta chamada Inverno Puro.

Como organizei minhas roupas para 2018 (método KonMari) // Vida Minimalista

Com a cartela em mãos, fui percebendo o quanto cores vivas demais me desfavoreciam e o quanto as roupas com as cores que estão na tabela eram as que eu mais gostava de usar. Claro que é tudo uma questão de autoconhecimento e ainda estou no processo, não sou expert em estilo (passo longe!) mas pelo menos percebi que tenho uma noção do que me valoriza e o que não combinava tanto, mas que acabei comprando por achar bonito na loja.

Isso me traz felicidade?

Essa é uma pergunta-chave que devemos fazer durante a arrumação. Se temos uma roupa que temos só porque ganhamos de alguém ou que nunca queremos usar por não nos sentirmos bem, qual a lógica de mantermos em nosso armário? A ideia de Marie Kondo é de trazer felicidade pra nossa vida, e uma boa ajuda é estarmos cercados de objetos, roupas, memórias que nos fazem bem.

Claro que não sigo exatamente tudo que ela fala no livro, tenho algumas opiniões divergentes, mas vou me inspirando e adaptando à minha realidade. Lembram do caminho do meio? Pois é.

Como organizei minhas roupas para 2018 (método KonMari) // Vida Minimalista

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6 comentários

  1. Estou ansiando para em março, finalmente, voltar para a minha casa para poder fazer isso. Há três anos atrás mudei de cidade para terminar a especialização e era angustiante. Tinha umas coisas numa casa, outras noutra. Nem toda a roupa conjugava. Mas durante este processo percebi que consigo ter menos roupa e sobretudo não comprar por impulso. Primeiro comecei a escolher uma palete de cores que conjugam entre si, e sempre que entra uma peça… sai outra. Mas em breve vou poder fazer uma avaliação global.
    Obrigada pelo post. Foi mais um incentivo

    1. Oi Estela!
      Eu te entendo perfeitamente! Morei em São Paulo por 3 anos e lá fui montando um novo guarda-roupas. Quando voltei a morar definitivamente no Rio e trouxe tudo de volta, me deparei com 2 guarda-roupas diferentes, um excesso de roupas que eu nem conseguia me entender. Aos pouquinhos fui me organizando, doando e fazendo os ajustes necessários pra chegar ao que é hoje.
      Escolher uma paleta de cores é muito bom, assim temos mais certeza de que as peças vão combinar entre si.
      Não deixe de me contar sua experiência quando chegar março, com essa nova arrumação global!
      Beijos!

  2. Oii!
    Adoro essa história de caminho do meio! ❤
    Já tinha lido teu outro post de 2017 sobre teu guarda roupas e realmente deu diferença!
    Sabe que eu também tinha um guarda roupas que nada mais cabia, se eu comprasse algo tinha que socar mais fundo e embolar tudo, ou me desfazer, ou deixar rolando em outro lugar, só assim pra caber tudo. E sim, no meu caso também não é algo que eu tenha saudades, hehe! Eu já fiz uma limpeza radical faz uns 3 ou 4 anos, e me desfiz de muita coisa, mas embora eu não compre muito, ainda tenho muitas coisas, mas aos poucos tô usando até gastar e me desfazendo do que realmente não me apetece mais.
    Beijoo

  3. Camile,
    Nunca pensei em tirar todas as roupas do armário de uma vez. Pelo que falou, é uma experiência muito boa, pois acabamos tendo a noção exata de quantidade – geralmente muito superior ao necessário.
    Acredito inclusive que a técnica poderia ser aplicada em todos os setores de uma casa – desde a cozinha até livros ou jogos, mas com uma certa moderação, pois como a própria Marie Kondo disse, ” a ideia é trazer felicidade pra nossa vida, e uma boa ajuda é estarmos cercados de objetos, roupas, memórias que nos fazem bem.” – Acho que essa é a chave para sabermos se devemos ou não nos desfazer de algo. Já aconteceu comigo de doar objetos e depois me arrepender – por isso, acredito que equilíbrio, consciência, autoconhecimento e tranquilidade na hora da organização são fundamentais para não nos arrependermos depois ou não ficarmos com objetos que não fazem mais nenhum sentido para nós.
    Como a Bianca disse acima: o caminho do meio. Precisamos aprender a passear mais por ele.
    Boa semana!

  4. Oi, Camile! Amei amei amei o seu post! Admiro muito o seu posicionamento de adotar o minimalismo sem radicalismos, pelo “caminho do meio”. Me identifico muito com essa visão! Eu sou o tipo de pessoa que vive em constante revisão do guarda-roupas; praticamente toda semana dedico algum tempo a eliminar uma ou duas peças. E mesmo já estando há um bom tempo sem comprar, é incrível o quanto eu sempre acho algo para desapegar e, mesmo assim, continuo tendo muito! Confesso que tenho um pouco de receio de adotar o método konmari pelo esforço de ter de reunir tudo e depois guardar, mas ler o seu relato me trouxe a ideia de que talvez fazendo isso eu precise me dedicar somente uma vez, eliminando assim todos os minutos semanais que eu gasto fazendo isso. Obrigada pela inspiração! 🙂