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Educação Infantil Inclusiva

Olá, pessoal, tudo bem? Hoje vim aqui contar um pouquinho a vocês sobre a minha experiência com a Educação Infantil. Há mais ou menos 1 mês que venho acompanhando de perto a rotina de uma pré-escola, e estou no mínimo encantada. Minha rotina tem sido Faculdade – Escola – Faculdade, e por incrível que pareça, as crianças têm renovado minhas energias.
Estou desenvolvendo um trabalho com educação especial em uma Escola Municipal. Minha aluna, a querida T. (vou preserva-la, ok?) é portadora de paralisia cerebral, tendo pequenas dificuldades de acompanhar o andamento da turma e é aí que eu entro na história. Sou sua mediadora, e desenvolvo um trabalho de estimula-la pra que acompanhe as atividades com os outros alunos.

Claro, que nem tudo são flores, e não posso negar que muitos que acompanharam esse novo processo de “inclusão” do governo (sim, entre aspas), sente um pouco de revolta ao perceber que na realidade o aluno portador de deficiência não recebe um atendimento adequado, como receberia em uma classe especial com profissionais dedicados à eles. Essa nova inclusão coloca um aluno especial em uma classe regular, independente de sua deficiência. Ou seja, podemos ter um aluno com deficiência auditiva tendo aulas com um professor que não sabe se comunicar em Libras. Podemos ter um aluno com deficiência visual em uma classe que não possui recursos de áudio para que este acompanhe a classe. Confesso que na primeira semana fiquei bem indignada com a situação, mas como sou brasileira, não desisto nunca. A realidade é que não tem como colocar todos os alunos portadores de deficiência do município com um professor mediador, sendo assim, dá pra perceber como a situação é um tanto delicada…

Por outro lado, temos o grande carinho dos outros alunos da classe. Temos 23 alunos, e nunca imaginei que receberia tanto amor. Abraços, beijos, desenhos de presente… Como não gostar desses pequenos? Muitos dizem que sou louca por estar entrando na educação infantil. Outros já me disseram “cuidado! Ao entrar, você vai se apaixonar tanto que não vai mais querer sair…”. Eu só sei de uma coisa: Quer melhorar sua autoestima? Se jogue numa turma de pré-escola! Eu já perdi as contas de quantos Eu Te Amo escuto por dia. Principalmente de um aluno TDAH… Ah, psicólogos… Queria tanto que reconhecessem esses pequenos índigos… Mas isso vai ficar pra um próximo post. 🙂

E agora, algumas pérolas das crianças:



– Tia, você sabe por que o Popeye é forte?
– Não, por que?
– Porque ele fuma o dia inteiro!
(Sim, as crianças reparam em tudo, principalmente quando o desenho não é muito instrutivo…)
Agora a pérola de um índigo, ops, um TDAH:

– C., coloque o nome e a data no seu desenho.
– Tia, eu não vou colocar número no meu desenho…
– Mas por quê? Tem que colocar o nome e a data…
– Tia, eu não entendo por que tem que colocar número no desenho. Desenho é pra ser desenho. Um número estraga. Olha lá no mural! Seria mais bonito se os desenhos não tivessem números…
– Ok, C., coloque atrás da folha então…

E pra finalizar:



-Tia, quantos anos você tem?
– Quantos anos você acha que eu tenho?
– Ah, não sei.. 15?
– Obrigada pela gentileza!
Por hoje é só!

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