Redes Sociais no Smartphone: como lidar?

Eu tenho um smartphone. Com ele posso reunir diversos dispositivos (convergência digital) em um único aparelho, tornando mais simples o meu dia-a-dia incluindo minhas redes sociais. Ali tenho, em qualquer lugar onde vou, minha caixa de emails, bloco de anotações, músicas que gosto, minhas redes sociais, uma câmera fotográfica e, de vez em quando, um telefone (eu odeio falar no telefone!)

Porém, com tanta facilidade das redes sociais ativadas, percebi que algo não muito bom estava acontecendo: nem sempre podemos dar atenção total a algo estando na rua. Às vezes um email precisa de mais atenção para ser respondido, ou de uma pesquisa mais profunda, e não conseguimos processá-los pelo smartphone.

Isso também acontece nas redes sociais e até mesmo com os blogs. Já aconteceu de eu ler uma mensagem de um leitor me pedindo uma sugestão que necessitava de uma pesquisa mais apurada na internet e quando eu chegava em casa não me lembrava da mensagem, pois não estava mais marcada como pendente e sim como lida, e como recebo um volume grande de mensagens, acabava se perdendo. E isso, para quem não me conhece, acabava parecendo que eu não me importei com a pessoa. E não é isso!

Será que vale a pena sabermos de imediato o que está chegando em nossas caixas de entrada se nem sempre podemos processá-las imediatamente?

Por outro lado, checar os emails e redes sociais na rua tem suas vantagens. Uma vez eu estava na rua e iria direto para a faculdade, quando recebi um email do professor pedindo desculpas pelo email em cima da hora avisando que não teríamos aula. Imediatamente todo o meu planejamento mudou e, estando na rua, fui resolver outras coisas que iria resolver apenas no dia seguinte. Se eu não tivesse checado meu email, teria ido pra faculdade e perdido um bom tempo pra saber algo que estava no meu email.

Como balancear isso? Será que podemos simplesmente desligar os emails, Facebook e Twitter dos nossos celulares? E se alguém enviar algo muito importante, como meu professor avisando que não teria aula?

Talvez o ideal seja tentar controlar a ansiedade e selecionar o que vamos ler. Eu queria realmente fazer um teste e desconectar meu celular enquanto estiver na rua, mas e se for algo importante?

Atualmente achamos que tudo é urgente e também cobramos urgência. Não conseguimos esperar por muito tempo. Já reparou a ansiedade que ficamos enquanto o computador está ligando? Enquanto o navegador da internet está abrindo? E um site que demora? Há pessoas que fecham o navegador se o site demorar mais que 10 segundos para carregar. Vivemos achando que não podemos perder tempo, reclamamos que todos nos cobram demais mas a verdade é que também cobramos agilidade.

A solução que encontrei foi a seguinte:

1) Desligarei o recebimento automático dos meus emails. Não quero mais meu celular toda hora vibrando na minha bolsa me avisando que mais uma mensagem chegou. Quando eu puder, na rua, atualizarei minha caixa de emails e verei, pelo tópico se é algo urgente. Se não tiver nada, não os abrirei. Sei que é difícil conviver com o ícone de “10 emails não lidos” mas adianta lermos se raramente podemos tomar uma atitude sobre eles na rua?

2) Tentarei (me cobrem) desconectar meu facebook do celular. Se eu estou jantando com a minha família, eu quero jantar com a minha família e não com mais 100 contatos do Facebook. Se eu estou com amigos, eu quero estar com eles, presente, não com meus contatos do Facebook. Se eu estou com meus contatos do Facebook, eu quero estar ali, em casa, dedicando aquele tempo para matar a saudade de quem está longe e tenho apenas a rede social para conversar. Cada um em seu tempo, sem misturar.

3) Quando eu estiver em casa, reservarei um tempo para processar meus emails (todos), responder os comentários do blog, interagir com o grupo do blog, atualizar as redes sociais e conversar com amigos online. Mas esse tempo será apenas para isso.

Acho que, com essas medidas conseguirei ter mais foco e darei uma atenção melhor a todos. Afinal, se classificamos tudo como urgente, nada será urgente, concordam?

E você, tem smartphone? Como lida com todas as possibilidades de interação que esse aparelhinho nos proporciona?

Administrando o tempo na internet

online

Eu estava lendo o blog do Marcos Lemos, justamente o artigo de como administrar seu tempo para blogar e ele abordou um assunto interessante que sempre venho falando aqui no Vida Minimalista: o ideal é que façamos uma coisa de cada vez.

No entanto, estamos acompanhando essa nova geração que consegue dar conta de tudo ao mesmo tempo. Conversa com amigos no MSN (ou melhor, Skype), compartilha memes no Facebook, atualiza o Twitter enquanto ouve música e estuda pra prova da escola. Gerações anteriores ficam assustadas como que esses novos jovens estão mais inteligentes, capazes de apreender muito mais informações e em uma velocidade incomum do que os jovens de décadas passadas. Mas eu me pergunto, será que realmente estão aprendendo ou esse aprendizado é superficial?

Recebemos tantos dados que mal temos tempo para absorvê-los pois logo em seguida já vem uma nova atualização de um novo assunto totalmente diferente e que também nos chama a atenção. Como diz Lemos nesse artigo que li, “Comece a assumir que precisa passar mais tempo sem distrações e você verá sua qualidade de vida subir e tudo em sua vida vai produzir mais resultados positivos”.

Não é curioso que justamente esses jovens (e eu me incluo nesse grupo sim!), que tentam fazer dezenas de atividades ao mesmo tempo, são os mesmos que são diagnosticados com TDA (Transtorno de Déficit de Atenção)? Será mesmo isso uma doença, como muitos afirmam, ou uma consequência do excesso de informações que recebemos? Esse parece ser o novo mal do século e eu fico me perguntando como reagiria um cérebro exposto a uma carga intensa de informações.

É por esse motivo que eu tento reduzir um pouco essa velocidade, essa ânsia de querer saber tudo – embora nem sempre consiga – e tentar fazer uma atividade de cada vez. Mas confesso que é muito difícil estar acostumado a sempre atuar de um jeito e, ao começar a refletir sobre o mal que isso pode causar, tentar mudar. E aí está o dilema contemporâneo: viver como a sociedade nos leva a agir ou pensar e tentar fazer diferente. O que vocês acham válido? Vamos tentar não nos deixar levar pela correnteza?

]]>

5 tecnologias avançadas que sumiram

Inspirada na minha visita ao Museu das Telecomunicações no último Sábado, resolvi relembrar um pouco das tecnologias que já usamos – pelo menos eu – e que hoje estão completamente obsoletas e que talvez, apenas seja possível conhecê-las em um museu. Se você nasceu na década de 80, certamente deve se lembrar de alguns itens que vou escrever.


1) Modem Dial-Up

Quem nunca usou internet discada
que atire o primeiro disquete. Vamos, eu sei que você esperava dar meia noite
pra ouvir aquele barulhinho extraterrestre da conexão discada com a super
velocidade a 56K para entrar no mIRC, salvar GIFs animados no HD do seu Pentium
e atualizar seu fotolog. Mas e se você soubesse que em dezembro de 2012 a Pew
Internet
fez um estudo e constatou que em média 4% da população
estadunidense ainda utiliza a conexão Dial-Up para se conectar? Isso significa
que aproximadamente 10 milhões de pessoas só nos Estados Unidos não possuem
banda larga por viverem em regiões que ainda não têm a tecnologia ou por não
terem condições financeiras para pagar por uma. É, pessoal, a realidade nem
sempre é o que pensamos…


2) Impressora matricial

Colocar um documento para
imprimir naquela folha contínua e ir para a cozinha passar um café fresquinho
era a rotina de quem utilizava a impressora matricial. Aquele barulho típico da
impressão linha por linha ainda está na memória de muitos que viveram aquela
época. Se você reclama que não tem uma laser e que sua impressora a jato de
tinta é lerda, você não sabe o que é ir a uma feira de informática de inovações
e sair de lá saltitante porque imprimiram seu nome num papel contínuo ao lado
do desenho do Mickey.


3) Teletrim / Pager

Yeah, sou eu como modelo
Ainda temos um. Juro. Meu pai
guarda o Teletrim – pra vender a um museu, talvez. Ou no caso de uma guerra
espacial podermos lança-lo contra um disco voador ameaçador. Não sei why the
hell ainda temos um Teletrim guardado na gaveta da estante da sala, só sei que
de algumas vezes que o levei pra escola, recebi uma mensagem do tipo “filhinha,
estou testando o teletrim, beijos”. Pra quem não sabe como funcionava, tínhamos
que ligar para uma central, falar a mensagem até X caracteres (alô, Twitter?) e
passar o código do teletrim. Acho que a diferença do Pager para este, era que o
Teletrim aparecia a mensagem na tela e o Pager apenas apitava avisando ao
proprietário que havia uma mensagem e que este deveria ligar pra central a fim
de ouvi-la. Sensacional!


4) Fita VHS

De 30 fitas VHS que eu tinha
certamente 10 eram dos episódios dos Cavaleiros do Zodíaco que eu gravava da TV
Manchete, 10 com os episódios de Kung Fu, a Lenda Renasce, série exibida na
Warner e 10 só com Michael Jackson. Ok, talvez uma com Highlander (Eu sou
Duncan MacLeod, do clã MacLeod). Foi com elas que tive minha primeira experiência
com edição linear (contratem-me!). Decidir se gravaria os episódios em
SP ou LP era de praxe, eu ficava ponderando entre a qualidade e a quantidade.
Devolver o filme na locadora sem rebobinar? Multa! Sim, agora senti saudades
dessa época.


5) Windows 3.1



Conheci a computação antes do
Windows. Utilizávamos Macintosh na escola e tudo o que me lembro era de um
programa gráfico chamado SuperLogo, no qual havia uma tartaruguinha no centro
da tela e tínhamos que dar os comandos para fazer os desenhos. PF50[enter] e a
tartaruga andava 50 passos para frente. Meu principal orgulho era saber os
comandos para fechar um quadrado e um círculo.

Foi quando surgiu o Windows 3.1
que revolucionou a informática. Os comandos PF50 ESQ90 ficaram pra trás e pude
jogar Campo Minado e desenhar no Paint Brush. 
É realmente impressionante como a tecnologia tem avançado nesses últimos anos, e cada vez mais rápido. E o pior é que um dia ainda olharei pra trás e contarei aos meus netos: Eu tive um MacBook.
E você, reconheceu alguma dessas tecnologias?