Resenha: Visão Tântrica da Vida

Resenha: Visão Tântrica da Vida - Paulo Murilo Rosas | Camile Carvalho #camilecarvalho

Começando o desafio da #LeituraMindfulness, que consiste em ler um livro de cada vez e com atenção plena, peguei para terminar a leitura o Visão Tântrica da Vida, do Paulo Murilo Rosas.

O autor

Paulo Murilo Rosas é um professor de Tantra Yoga no Rio de Janeiro muito conhecido aqui no Brasil por transmitir os conhecimentos do Dakshina Tantra, um sistema tradicional de Yoga indiano que é a base do conhecimento dos chakras e energias que circulam em nosso corpo. O livro é uma reunião de vários artigos escritos pelo autor ao longo dos anos baseados em suas pesquisas e estudos dos Tantra Shastras (escrituras tântricas).

Resenha: Visão Tântrica da Vida - Paulo Murilo Rosas | Camile Carvalho #camilecarvalho

O Tantra

Primeiro, é importante esclarecer que quando falamos em Tantra, não estamos relacionando à sexualidade, como muito difundido aqui no ocidente de forma errônea e deturpada. Em relação ao Tantra, há duas escolas: a Dakshina Tantra e a Vama Tantra.

A escola Dakshina trabalha basicamente com o desbloqueio energético e reequilíbrio dos nossos chakras a fim de nós, sozinhos, alcançarmos um estado de plenitude, de comunhão (estado de yoga). A outra escola se chama Vama, que aí sim, utiliza-se da união sexual como um ritual para que tal completude seja realizada, sempre através da união com o outro.

A escola da qual o autor pertence é a Dakshina, que nos ensina como podemos, através de práticas de yoga, respiração, meditação e forma de viver, reequilibrar os nossos chakras, obtermos o autoconhecimento e alcançarmos o estado final de contentamento pleno através do “olhar para dentro”, do autoconhecimento.

“Os métodos Tântricos enfatizam o equilíbrio da personalidade através da correta energização dos Chakras, pois somente o indivíduo equilibrado pode vivenciar a Unidade na Diversidade. Como num jardim, o trabalho inicial e mais difícil é a preparação do solo no qual a pequena semente deverá germinar e se transformar em árvore. Um solo fértil dará bons frutos, assim como uma mente equilibrada pode compreender o conhecimento contido nos vedas.” – pág. 71

O livro

O livro Visão Tântrica da Vida é de fácil leitura e entendimento, e por isso eu indicaria àqueles que querem conhecer um pouco mais sobre Yoga e Chakras, mas não sabem por qual livro começar. Os capítulos – como são artigos – são curtos e acompanhados de “Gotas de Sabedoria“, citações relacionadas ao tema a ser abordado em cada capítulo, o que já nos leva a uma reflexão antes de ler o texto do autor.

Paulo Murilo Rosas nos dá uma visão geral, porém não superficial sobre como os nossos chakras estão relacionados aos níveis de nossa própria consciência, nos dando a possibilidade de refletirmos sobre nossas vidas, sobre que momento estamos passando, quais dificuldades e identificar até, de forma superficial, quais dos nossos chakras necessitam de maior atenção. Eu mesma tive alguns insights durante a leitura sobre alguns aspectos da minha vida no momento, e pude compreender melhor emoções e sentimentos que me rodeiam ultimamente identificando melhor o funcionamento dos meus chakras.

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O que são chakras?

Antes de falar livremente sobre chakras, é importante esclarecer o que de fato eles são. Chakras são centros energéticos (ao todo temos 7 principais) que são representados por um círculo, mas que na verdade essa representação é apenas uma forma didática, já que eles atuam como um vórtice de energia abrangendo determinadas regiões do nosso corpo.

Um exemplo, é o primeiro chakra, ou Muladhara, que é representado como tendo seu ponto na região do períneo, mas que na verdade ele abrange toda a região das pernas e quadril. Ele é responsável pela nossa segurança, nossa base. É representado pela Terra, o que significa nossas raízes, projetos realizáveis, materialização.

Já o sétimo chakra, Sahasrara, localizado no topo da cabeça, é o chakra mais sutil, a energia menos densa, na qual está relacionada à espiritualidade, realização e contentamento. É a libertação, ou em sânscrito, moksa, na qual o homem já não se identifica mais com a matéria e está num estado búdico, iluminado.

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A edição

Se há algo pelo que eu não daria 5 estrelas ao livro, é apenas em relação à edição. Percebe-se que a editora não teve tanto cuidado com a edição, apesar do conteúdo ser muito bom. A fonte é confortável, a organização dos capítulos é boa, mas no meu exemplar umas páginas vieram trocadas e outras com a impressão um pouco borradas, mas nada que impedisse a compreensão do texto. Pode ter sido um caso pontual.

Público-alvo e recomendações

Eu indicaria sem medo aos estudantes e curiosos sobre o assunto, já que o tema é abordado em linguagem bem fácil, o que é um desafio para um estudo originário do sânscrito. Falo isso porque algumas palavras desta língua não possuem tradução, tendo seu sentido muito deturpado quanto tentamos fazê-la, o que dificulta o estudo da filosofia iogue para os iniciantes.

Paulo Murilo Rosas conseguiu trazer tais termos e explicá-los de forma simples, sem prejudicar o sentido. Também indico a praticantes de yoga que queiram começar a entender o que yoga realmente é. Muitos alunos começam uma prática de yoga apenas pelo físico, mas depois que começam a perceber algumas mudanças sutis, querem entender melhor os processos energéticos que ocorrem no corpo. E este é um livro que seguramente indicaria.

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E você, já leu este livro ou algum outro parecido? Deixe sua recomendação e opinião aqui nos comentários!

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Desafio de Leitura Mindfulness

Desafio de leitura Mindfulness | Camile Carvalho #camilecarvalho

Livrólatra, bookaholic, bibliófila. Três palavras que dizem muito sobre mim. Sim, eu sou apaixonada por livros e não meço meus impulsos quando encontro um novo livro que chama minha atenção. Já tentei aderir o minimalismo em relação aos meus livros, mas combinei comigo mesma que tenho uma certa licença em relação às minhas queridas edições em papel. No entanto, há algumas considerações a fazer sobre a forma como estou lidando com minhas leituras no momento.

Eu compro muitos livros, mas este não é o problema central. O que mais me causa ansiedade é tentar ler vários livros de uma só vez, o que culmina com uma ansiedade e estresse por não conseguir terminar nenhum deles no tempo em que eu desejava. Como estou nos estudos mais aprofundados de Yoga, ando pesquisando bastante sobre chakras e tantra, o que me faz ter uma nova pilha de livros a cada visita às livrarias.

Mas este não é o problema. A questão está na forma como estou lidando com minhas leituras. Em vez de me dedicar de forma plena em um deles, acabo fazendo leituras picotadas por intercalar livros, prejudicando uma compreensão mais aprofundada sobre cada um deles.

O que é Mindfulness?

Mindfulness é um termo muito utilizado na meditação, que significa atenção plena. Em vez de fazermos diversas tarefas ao mesmo tempo, tentamos focar nossa atenção em apenas uma atividade. Assim, se estamos lavando a louça, que mantenhamos a atenção apenas na louça. É também considerada uma forma de meditação ativa, que pode ser enquanto limpamos a casa, lemos um livro, estudamos ou praticamos alguma atividade física.

Desafio da Leitura Mindfulness

Foi pensando nisso – e no conceito de mindfulness – que decidi mudar a forma como estou fazendo minhas leituras. Vou me dedicar a uma leitura de cada vez, estudando, marcando, anotando, e fazendo uma resenha mais detalhada ao fim de cada livro, o que ajudará bastante nos meus estudos por eu me aprofundar melhor no assunto abordado e também a conhecer melhor o autor.

Minha vontade é de pisar no freio e ler com calma, com cuidado e atenção plena o que cair em minhas mãos. Chega de ler um capítulo aqui e já olhar para um outro livro que me chama atenção sobre a mesa. Quero conhecer cada obra, cada detalhe e as particularidades de cada autor.

O resultado? Pretendo compartilhar com vocês. Afinal, numa realidade com tantas distrações, eu realmente precisava tomar uma decisão dessa – na verdade um desafio – e me forçar a desacelerar em relação também às minhas leituras.

O desafio está lançado. Me permitirei ler apenas um livro de estudos por vez, mas abrirei uma excessão apenas ao Kindle, que me acompanha nos meios de transporte. Lá me permitirei ler algo leve, que não exija muito estudo, como alguns ebooks que tenho do Kindle Unlimited.

Primeiro passo

Pra conseguir cumprir com meu desafio mindfulness, guardarei todos os livros que ando lendo no momento e escolherei apenas um, para lê-lo até o fim, que será o Visão Tântrica da Vida, do Paulo Murilo Rosas. Vocês podem me acompanhar pelo Instagram o progresso do meu desafio Leitura Mindfulness. E quem quiser participar também, poste nas redes sociais com a hashtag #LeituraMindfulness para que eu possa acompanhar. Quem topa?

E você? Anda sufocado em meio à pilha de livros que está lendo no momento ou é organizado fazendo uma leitura de cada vez? Comente aqui e participe do desafio!

Para participar do desafio, compartilhe a foto do livro que está lendo no momento com a hashtag #LeituraMindfulness. Mas só vale se estiver lendo um de cada vez, hein!

Como ler livros com criatividade

Este post é para você que, assim como eu, é um bibliófilo que não tem pena de interagir com seu livro. E sim, quando falo em interagir, estou falando em fazer anotações, marcações coloridas entre outras coisas. Aqui em casa eu tenho uma biblioteca, mas estou sempre desapegando de alguns livros que li e não quero mais guardar. Porém, sempre temos aqueles queridinhos de consulta, como aqueles ligados à profissão, autoajuda, empreendedorismo e religião.

Eu sei que muitos não gostam de fazer anotações em livros, pois podemos passar adiante para quem ainda não leu ou emprestar para os amigos. Eu, particularmente, não anoto em livros de Literatura, já que costumo fazer uma leitura corrida sem muita interação (exceto quando estudei Letras). Porém, aqueles que usam livros para estudos, sabem que a melhor forma de estudar é fazendo uma leitura ativa, ou seja, aquela em que interagimos, refletimos fazemos as anotações para absorvermos melhor o conteúdo.

Hoje dividirei com vocês algumas dicas que uso nas minhas leituras interativas e darei algumas dicas de como ler livros com criatividade:

#1 – Sempre leio sentada e com o livro em uma mesa

Não adianta, eu  não consigo fazer uma leitura ativa deitada em uma rede sentindo a brisa fresca do mar em meu rosto. Logo penso na praia, no voo das gaivotas, em como a vida é bela e o quão imenso é o nosso universo. Para mantermos a atenção é fundamental que estejamos em uma postura que não nos permita divagar. E olha que mesmo assim às vezes a mente vai longe…

#2 – Separo meu material de leitura antes

Quando organizo minha leitura antes de abrir a primeira página, não preciso me levantar o tempo todo pra pegar algo que esqueci. Mantenho água, canetas coloridas, post-it, marca-texto, enfim, tudo ao meu alcance.

#3 – Anoto a data que comprei

Sempre que compro um livro anoto na primeira página a data que comprei. Isso facilita muito quando temos aqueles livros comprados e não lidos na estante, tanto para um momento de desapego quanto pro momento de escolha do que vou ler. Se estou em uma organização e vejo que tenho livros não lidos de 2013, é sinal de que provavelmente não lerei mais e o timing daquela leitura já passou. Claro que sempre temos excessões, mas na maioria das vezes funciona assim. No caso de livros literários, que não gosto de escrever, pode-se usar um post-it para anotar a data.

Como ler livros com criatividade - Vida Minimalista

#4 – Marca Texto, sim senhor!

Eu sei que essa parte divide bastante meus leitores, mas eu gosto de usar marca texto para destacar trechos e palavras importantes. Quando o livro é em inglês, uso o destaque naquelas palavras que ainda não conheço e que são fundamentais para a compreensão do texto. Nos outros livros, tento identificar as ideias principais e destacar suas palavras-chave, o que facilita demais na hora de fazer um mapa mental do texto (se você não sabe o que é mapa mental, clique aqui).

#5 – Lápis para quando estou na rua

Se estou na rua e levo um desses livros na bolsa, costumo usar lápis para fazer marcações e anotações em sua borda. Sabemos que fica um pouco difícil tirar todo o kit de estudos no meio do metrô, por exemplo, mas um discreto lápis pode ajudar bastante quando queremos lembrar depois de rever algum parágrafo. No meu caso, faço setinhas na lateral ou sublinho a frase quando é importante, para depois, na revisão, usar o marca texto ou tags coloridas.

Como ler livros com criatividade - Vida Minimalista

#6 – Anote referências no texto

Muitos livros que leio indicam a leitura de outros (acadêmicos me compreendem!) e nem sempre podemos encontrar uma lista de referências no final do livro, como em um artigo acadêmico. Às vezes uma simples citação de um filme, música ou livro que aparece no meio do livro desperta minha curiosidade, então em vez de parar tudo pra dar uma pesquisada no Google, anoto na última página do livro essas referências. Há post-its grandes para serem colados em uma página. São os ideais, pois podem ser destacados depois e colocados em outro lugar. Minha dica? Assim que acabar a leitura, passar para o Evernote.

#7 – Resenhas ou fichamentos

Quando temos muitos livros lidos e para ler, corremos o risco de nos perdermos entre eles. O ideal é fazer uma resenha ou fichamento anotando as principais ideias do livro, pontos de destaque, trechos importantes, referências entre outras anotações. Mais uma vez recomendo usar o Evernote pra guardar as resenhas, ou crie um blog pessoal para isso, sem autocobranças. O mais legal de um blog de resenhas literárias é que você pode acabar conhecendo pessoas que gostam das mesmas leituras.

Eu sei que para muitos, fazer anotações em livros não é uma opção a ser considerada, principalmente se o livro não for seu. Jamais rabisque livros de bibliotecas ou de amigos. Faça isso apenas se for seu livro, e se for um livro de estudos, que você não tem a pretensão de passar adiante de imediato. Claro que não há problemas em doar livros com anotações, mas com certeza a maioria gosta de ganhar livros sem anotações. Mas por outro lado, se o livro é seu, se é para ser absorvido o conteúdo e se há uma meta com aquela obra, como no caso de concursos, não tenha pena de fazer anotações. É uma forma de apreender melhor o conteúdo e de facilitar a releitura. Gosto de pegar um livro lido há um bom tempo e, na releitura, descobrir outros pontos que não havia destacado, que passaram despercebidos.

E vocês, como leem seus livros? Fazem anotações? Contem suas dicas conosco aqui nos comentários!

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