Esperanto: um idioma para todos

Vocês já ouviram falar sobre o Esperanto? Não? Pois hoje vou contar um pouquinho a vocês que língua é essa.

Como surgiu

Em 1887 foi publicado o primeiro livro em Esperanto pelo médico polonês Ludwik Lejzer Zamenhof. Seu intuito era de criar uma língua que poderia ser falada por todos, para que todos pudessem ser compreendidos, mas que também fosse um idioma de fácil aprendizado. Com influência de diversas línguas, Zamenhof buscou simplificar o máximo a gramática, com os seguintes princípios:

1) Para cada assunto só há 1 regra

2) Nenhuma regra tem exceção

Só de sabermos que não há diversas formas para uma única coisa e que não existem exceções, já facilita demais, visto que o nosso português, por exemplo, tem diversos adendos em cada uma de tantas regras, tornando o aprendizado mais complicado.

Características


Cada fonema no Esperanto é representado por uma só letra e toda palavra com mais de 2 sílabas (maioria) é paroxítona. Isso torna a escrita e a pronúncia extremamente fácil sem nos deixar dúvidas de como se pronuncia cada palavra.

Segundo a Wikipedia,

A gramática segue poucas regras simples, entre elas as chamadas 16 regras do esperanto, sendo porém necessário algum estudo para uma aprendizagem satisfatória.

As palavras são formadas pela junção regular de radicais (prefixos, sufixos e outros), de modo que “novas” palavras criadas ad hoc são compreendidas trivialmente através da sua análise morfológica (inconsciente, no caso de falantes fluentes).

As diferentes classes gramaticais são marcadas por desinências próprias: substantivos recebem a desinência -o, adjetivos recebem a desinência -a, advérbios derivados recebem a desinência -e e todos os verbos recebem uma de seis desinências de tempos e modos verbais.

A pluralidade é marcada nos substantivos e adjetivos concordantes pela desinência j, e o caso acusativo é marcado pela desinência n, cuja ausência indica o nominativo. Assim, bela birdo significa bela ave, belaj birdoj, belas aves, ebelajn birdojn, como em mi vidas belajn birdojn (eu vejo belas aves), belas aves complementando diretamente uma ação (nesse caso, sendo vistas).

Comunidade

Os falantes do Esperanto são muitos espalhados no mundo inteiro. Há diversos grupos de viajantes que conhecem outros países e que conseguem se comunicar com tantos outros esperantistas. Eventos, intercâmbios e outras atividades são realizadas, assim como congressos, o que facilita muito a comunicação, já que o Esperanto é a língua planejada mais falada no mundo.

Imagine que legal, aprendermos uma língua que, com ela podemos ler obras literárias, assistir filmes e conversar com pessoas do mundo inteiro sem a necessidade de aprender todos os idiomas nativos? Com o Esperanto isso se torna possível. Há uma vasta literatura traduzida pra esse idioma de países cujas línguas demoraríamos anos aprendendo, fazendo com que o Esperanto seja uma língua de acesso cultural

Embora o inglês seja considerado hoje, uma língua dominante, na prática estudos mostram que não é exatamente assim. O inglês é pouquíssimo dominado, se concentrando apenas em alguns países, o que torna muito mais difícil se comunicar nesse idioma em alguns locais como o Japão, Rússia entre outros. Apenas 7% da população mundial tem o Inglês como primeira língua e por volta de 7% atingiu um nível alto no inglês, sendo de pessoas que possuem a primeira língua semelhante a este idioma, como o Alemão, Holandês e Sueco.

Exemplos

Pra vocês terem uma noção básica de como é essa língua, vou colocar alguns exemplos pra vocês:

Esperanto estas lingvo = Esperanto é uma língua

Ni havas revon = Nós temos um sonho

La suno brilas = O sol brilha

Ĉu vi vidas min? = Você me vê?

Jes, mi vidas vin = Sim, eu te vejo.

Mi amas vin! = Eu te amo

Conseguiu compreender mais ou menos o que estava escrito em Esperanto? Pois é, como essa língua tem a maior parte de seu radical proveniente do Latim, para nós, falantes da língua portuguesa, ele se torna muito mais fácil de compreender.

Minha experiência

Em maio tivemos na UERJ, no Instituto de Letras, uma edição do Encontro de Esperanto do Estado do Rio de Janeiro organizado pela Associação Esperantista do Rio de Janeiro. Participei das palestras e, claro, resolvi fazer o curso básico de Esperanto, ministrado pelo professor Fernando Pita. Foram dois dias de curso apenas e no primeiro ele chegou em sala dizendo que todos nós ganharíamos uma gramática de Esperanto. Em seguida distribuiu uma folha para cada aluno. Sim, uma folha que continha todas as regras gramaticais. Isso mostra o quão simples é essa língua e me animou muito mais para aprender.

No dia seguinte já sabíamos as regras gramaticais e conseguíamos formar frases. O mais difícil – se é que podemos dizer que tem algo difícil – é saber os radicais para formarmos as palavras, mas é tão dedutível que uma simples busca pelo dicionário já nos faz aprender. A pronúncia é da forma como lemos e em duas aulas já estava pronta para fazer uma prova, que me certificou com o curso básico de esperanto.

Como vocês sabem, eu sou apaixonada por idiomas e o Esperanto me despertou o interesse desde quando eu tinha 14 anos e descobri a existência dessa língua. Tentei estudar um pouquinho e ainda me lembro de como se canta o Parabéns a você (Mi gratulas al vi)

“En la plej bela tago
Mi gratulas al vi
Dezirante feliĉon
Kaj la benon de Di'”

E aí, se interessou? É realmente uma língua muito fácil de aprender e o melhor de tudo é que já foi comprovado que depois que aprendemos o Esperanto, qualquer outra língua que aprendemos se torna mais fácil. Se quiser saber mais sobre o assunto, recomendo visitar o site Esperanto Brasil para maiores informações. Tenho certeza que você vai encontrar muita coisa sobre essa língua pelo Google e pelo Youtube.

Você pode baixar a gramática do Esperanto neste link aqui e ler meu blog em Esperanto (Google tradutor) clicando aqui.

=)

Aprendendo Japonês: Kana

Hoje vou falar um pouquinho da língua Japonesa, ou melhor, Nihongo, e vou explicar algo que muitos têm dúvidas: o “alfabeto”. Para quem ainda não sabe, na verdade, não há um alfabeto japonês, como o nosso com suas letras independentes, mas sim um silabário. Cada símbolo representa uma sílaba (no caso dos kanas) e pode ser dividido em dois tipos:


Kana



a) Hiragana – Sílabas básicas, por onde todo estudante (inclusive os japoneses) iniciam seus estudos. Praticamente toda palavra pode ser escrita com hiragana. É o básico do básico, o primeiro silabário a ser aprendido. Notem que a ordem das vogais é A I U E O, um pouco diferente da nossa.

b) Katakana – Como o nihongo absorveu muitas palavras estrangeiras, como gasolina, sorvete, sofá e etc., usa-se o katakana para representar tais palavras estrangeiras e os nomes próprios.

Kanji

O Kanji é a escrita proveniente da China. Portanto, é bem antiga e não é por sílabas, mas sim, por ideias e por isso são chamados ideogramas e não silabários. Cada um desses ideogramas representa uma ideia ou uma palavra inteira, e por isso, dependendo do nível de instrução do leitor, é colocada logo acima do Kanji como se pronuncia a palavra em hiragana, pois como já mencionei antes, é o modo mais fácil de ler. Como aprender Kanji é mais avançado, deixarei para explicar em uma outra oportunidade.

Abaixo vocês podem conferir a tabela dos Hiraganas e Katakanas. Sugiro que imprima e leve sempre com você, até aprender todos eles. O ideal é que aprenda primeiro o Hiragana e depois o Katakana, para não confundir um com o outro. Reparem como o Hiragana possui traços mais curvos enquanto que o Katakana possui mais retas. Essa é uma diferença possível de perceber em um texto que contenha as duas formas de escrita.

Dicas de sites:

Aprendendo Russo: Alfabeto

Estou aprendendo russo. Sim, eu sou apaixonada por línguas diferentes, principalmente aquelas que usam um sistema alfabético diferente do nosso. Estou usando o livro da Tanira Castro, o “Fale Russo” e posso afirmar que, mesmo não tendo o cd de áudio pra acompanhar as lições, estou conseguindo aprender bastante coisa.

Claro, não me coloque frente a frente com um russo, o máximo que eu vou saber conversar é “Olá, como vai? Eu estou bem e você? Eu não sei falar russo e eu sou estudante. Até mais.” haha mas acho que já é um bom avanço, pois estou me familiarizando com o alfabeto russo ainda (Ruskii alfavit – olha eu escrevendo como pronuncia) e já consigo ler, ainda devagar, frases inteiras, embora nem sempre saiba o significado.

Estou lendo também o livro “10 dias que abalaram o mundo” de John Reed, que conta sobre a revolução. É um livro denso, com muitos detalhes, escrito por um jornalista que acompanhou de perto todos os preparativos até o dia da Revolução Russa. Assim que acabar de ler prometo escrever uma resenha.

Pra quem quer se arriscar na língua russa, vou deixar aqui um esquema que fiz das pronúncias das letras. Notem que algumas possuem os mesmos fonemas que o nosso alfabeto, outras possuem a mesma escrita, mas com fonemas diferentes e outras são completamente diferentes da nossa forma escrita.

Alfabeto Russo | русский алфабето


Pronúncias:

А = A
БB
В = V
ГG (como em gato)
Д ou g = D. 
Е = iê

Ж = J (como em Jacaré)
З = Z
И = i
Й = ibreve. Se pronuncia rapidamente, como o i da palavra “meio”.
К = K
Л = L
М = M
Н = N
О = Ô em sílabas tônicas e à em sílabas átonas.
П = P (lembrar que esse é o pi)
Р = R (aquele R de “prata” e não igual “rato”).
С  = S, como em “ceia”.
Т = T
У = U
Ф = F
Х = RR, como o J espanhol ou H inglês, bem suave como em “house”.
Ц = Tsé
Ч = Tchê
Ш = Shá
Щ = Schá
Ы = Um som entre o i e o ã. Seria o Y do Guarani. A dica é sorrir e falar U. É esse o som do Ы.
Э = É(diferente do E que se pronuncia iê).
Ю = iú
Я = iá