Meus desenhos

Hoje pensei em fazer algo diferente: desenhar. Havia muito tempo que eu  não pegava papel e caneta pra rabiscar e acabei me surpreendendo com o resultado. Sempre fui daquelas que até o boneco palito sai feio e depois que conheci diversos ilustradores quando trabalhei na Rio Comicon 2010 – e tenho amizade com eles até hoje – acabei conhecendo um pouco mais sobre esse ramo, nunca antes desbravado por mim.

Tenho dois amigos muito queridos e que são fantásticos, o Hamilton Kabuna e o Diego Novaes, que me ensinaram muita coisa sobre esse meio artístico. Ambos são ótimos profissionais, muito talentosos e fico feliz em tê-los conhecido. O Diego uma vez me disse que cada artista tem seu traço e às vezes o que achamos que é um defeito, por não estar nos padrões que vemos por aí, pode ser um estilo próprio. Não tenho um estilo próprio (acho que o que tenho mesmo são defeitos) mas nunca iremos aprender a desenhar se não praticarmos.

ilustracoes_camile_carvalho

Com papel e caneta na mão, comecei pelo meu personagem, criado em 2010: O Pinto Zé. Já publiquei umas tirinhas que fiz dele há alguns anos, mas que por algum motivo que não lembro qual, acabei o abandonando. Ele é um pinto feio, coitado, mas muito inteligente e com um ótimo coração, além de ter uma ingenuidade característica dele. Preciso desenhá-lo mais vezes!

Essa torta fui inventando, comecei pelos cabelos e deu nisso. Ok, os olhos, boca e nariz ficaram bem estranhos, mas pra quem nunca soube desenhar bem rosto, mãos e pés, achei que deu pro gasto. Lembrando que não sei desenhar! Foi uma tentativa apenas.

Esse desenho fiz a partir de uma foto minha, na qual uso um vestido azul escuro estampado e minha bolsa rosa enquanto seguro minha câmera. Claro que é um desenho estilizado, não corresponde muito à realidade (sou nível iniciante) mas fiquei feliz em conseguir desenhar um ser humano com menos cara de mangá. Ou não…

Não é o melhor desenho do mundo, está torto, mas é o meu desenho ❤. Ou o que mais me alegrou em fazer. Curti cada segundo olhando para uma fotografia do Kremlin, de Moscou e tentando fazer algo parecido. Claro que alguns detalhes foram suprimidos, afinal, não é uma cópia fiel mas fiquei bem feliz ao ver o resultado final e só parei porque minha caneta começou a dar sinais de falhas. Acho que amanhã vou na papelaria comprar outra e, quem sabe, um bloco de desenhos. Pelo menos acho que encontrei um hobby gostoso e que não me cobro tanto.

Uma coisa que percebi é que muitas vezes olhamos para algo e vemos tudo como uma massa, uma coisa só, e só quando vamos tentar desenhar é que prestamos atenção na riqueza de detalhes. Acho que esse olhar é muito importante pra quem vai desenhar ou pra qualquer pessoa mesmo, pois quando vivemos em um ambiente estamos tão acostumados com o que está em volta que raramente distinguimos os detalhes. Já tentou desenhar seu quarto pra saber de cada detalhe que tem nele? Tente!

Prometo colocar mais fotos de outros desenhos quando os fizer. Assim é bom, pois poderei acompanhar meu avanço ao longo do tempo, até porque me animei tanto que acho que vou começar a pesquisar sobre o assunto. Pode deixar, compartilharei com vocês minhas novas descobertas!

Até mais =)

Dormir pra quê?

E aí eu percebo o quanto estou atarefada e correndo contra o tempo. Dormir pra quê, se eu tenho duas revistas a serem enviadas pra gráfica para trabalhos de fotojornalismo e Editoração Eletrônica? Apresentação de Cultura galega a ser feita, prova de Latim, trabalho de Inglês, livro a ser escrito, projetos, projetos e mais projetos.

E quanto mais me envolvo, mais quero aprender, saber, descobrir. Entro em uma biblioteca gigante e tudo o que penso é que precisarei de várias vidas para ler tudo o que tenho vontade. O gato teria mais sorte que eu, caso aprendesse leitura dinâmica. Preciso ser seletiva num mundo com pressa. Num mundo no qual despejam em mim conteúdos, abrem-me as portas mas se esquecem de que só posso escolher uma ou duas no máximo.

Corro contra o tempo a fim de dar conta de tudo, de fazer o melhor, de agradar a todos mas no final ser veterinária editora de vídeo quase jornalista apaixonada por letras causa uma confusão mental. Nos outros, não em mim. Porque assim sou eu. Plural. E enquanto degusto um marshmallow derretido no fogão da cozinha – porque esqueci-me da dieta – penso, com os olhos pesados de sono, que preciso fazer algo por esse blog.

Cultura? Curiosidades? Viagens? Línguas?

Não sei o que meus leitores buscam aqui, mas depois de muito pensar, rabiscar, rasgar papeis matutando sobre o que poderia ser o foco desse meu espaço, optei pela autenticidade. Eu sou assim, multifacetada, busco conhecimentos nas mais variadas áreas e minha sede de aprender mais tocou como um despertador estridente, me fazendo pular da cama e decidindo escrever. Cada dia aprendo algo novo e é isso que pretendo compartilhar com vocês. Meu mundo não é segmentado, minha vida não se resume a um nicho específico e foi a partir desse pensamento, sobre minha autenticidade, que chutei o balde e decidi ser apenas eu. Sejam bem vindos ao que eu sou, espero de verdade que gostem desse meu espaço e que tenham paciência de “ouvir” meus devaneios.

ZTD – Zen to Done

Zen to done - Leo Babauta | Vida Minimalista #vidaminimalista

O ZTD (Zen To Done) é um método alternativo de produtividade criada por Leo Babauta, baseado no método GTD de organização pessoal do David Allen, mas que possui o foco voltado para a execução das tarefas.

Se você tem tido problemas com o GTD, ainda que ele seja ótimo, o ZTD pode ser perfeito para você. Ele foca nas mudanças de hábitos necessárias para o GTD de uma maneira mais prática, e foca no fazer, no simplificar, com uma estrutura simples. – Leo Babauta

Atento a algumas dificuldades encontradas por usuários do GTD (Getting Things Done), Babauta simplificou alguns processos e escreveu um livro sobre esse novo método. A grande diferença entre os dois é que enquanto o GTD tem o foco na eficiência, fazendo com que consigamos cumprir todas as tarefas independentemente de sua importância, o ZTD é mais direcionado às prioridades levando em conta as tarefas mais relevantes.

Inspirado nos princípios do Zen Budismo, embora o método não possua qualquer ligação com religiões, o ZTD agrega o valor minimalista, também fazendo-nos concentrar na execução das tarefas no momento presente.

O método é descrito em 10 passos, mas que podem ser reduzidos em apenas 4 etapas, que são as mais importantes (e por esse motivo é um método considerado minimalista e simples).

Os 4 passos do ztd

1) Coletar/Capturar

Devemos anotar livremente todas as tarefas que surgirem em uma caderneta que deve estar sempre conosco aonde formos. Podemos usar também dispositivos eletrônicos, mas Leo acha que um pequeno caderno de anotações é mais simples. A ideia, como já dito, é simplificar ao máximo.

2) Processar

Assim como o GTD, devemos identificar o que precisa ser feito. As decisões são semelhantes ao GTD, que são fazer, descartar, delegar, arquivar ou inserir como pendência ou anotar na agenda.

3) Planejar

Nessa parte é onde fica a maior diferença. Nela devemos definir as tarefas mais importantes para cada semana, as chamadas MIT (Most Important Tasks). Leo as caracteriza como pedras que devemos tirar do nosso caminho. É importante determinarmos no máximo 3 MIT para cada dia, a fim de não nos sobrecarregarmos e também para sobrar espaço de tempo viável para executarmos outras tarefas menores ao longo do dia.

4) Executar

O ponto mais importante é, sem dúvida, a execução. Ao realizarmos cada MIT, devemos anular qualquer distração e concentrar o máximo possível em cada uma delas, uma por vez. Para isso, podemos usar a Técnica Pomodoro para administrarmos nosso tempo.

“ZTD captura o espírito essencial do novo sistema: O da simplicidade, do foco na execução, no aqui e agora em vez do planejamento e no sistema. – Leo Babauta”

Como o livro pode ser livremente distribuído, vocês podem ler a versão gratuita em PDF traduzida por Ibrahim Cesar clicando aqui ou pelo Lucas Teixeira clicando aqui. No livro vocês encontrarão detalhes sobre os 10 passos e os motivos pelos quais Leo Babauta eliminou alguns processos a fim de simplificar.

E você, já conhecia o método ZTD?

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