Meu novo caderno-fichário

 

Gente, foi só escrever aqui pra vocês sobre a saga da minha organização na faculdade que fui iluminada pelo além.

Hoje fui passear na Papelaria Catete antes de ir no ensaio do coral. Aquela papelaria me traz recordações de infância. Me lembro quando meus pais recebiam a lista de material da escola (Zaccaria) e íamos nessa papelaria comprar tudo. Era bom demais! Tudo novo, quilos de livros novos que a gente nunca usava com aquele cheirinho gostoso. Cadernos, lápis de cor, borrachas coloridas. Quem não gostava de início das aulas? Coleguinhas bronzeados, material novo… Eu sempre reparava nos cabelos dos amiguinhos. Uns haviam deixado crescer, outros haviam cortado… Afinal, por que estou falando sobre início das aulas?

Ah, lembrei. Papelaria Catete. Então hoje eu estava lá, pensando sobre minha crise existencial-fichário-cadernal quando me deparei com essa fofura. Eu não gosto de fichário porque pra carregar só as folhas é ruim, acabo me perdendo. Pra carregar o fichário inteiro é um horror. Geralmente uso bolsa na faculdade e teria que carregar uma tranqueira na mão, ou recorrer à mochila. Mas gosto da praticidade de usar apenas as folhas que preciso.

Já o caderno, gosto da praticidade de estar tudo juntinho ali, compactado. Mas não gosto do fato de sobrarem folhas em algumas divisões, no meu caso quase todas. Alias, vocês já perceberam que atualmente os cadernos todos estão vindo mais enfeitados que carro abre-alas de escola de samba? Eu não curto muito essa idéia, pra mim as linhas têm que ser minimalistas, de cor azul claro ou no máximo um cinza claro. E por favor, finas! A maioria dos cadernos têm a capa maravilhosa, uma mais linda que a outra, mas quando abro, surpresa! Aquelas linhas grossas de diversas cores com desenhos escandalosos. Não dá certo comigo. Um bom exemplo disso é a linha da Pucca, que tem suas linhas vermelho e pretas causadoras de fadiga ocular (tô ficando velha? Será?). Os vendedores das papelarias já devem pensar: “Lá vem a maluca que folheia cadernos e não leva nenhum”. E é verdade, mas eu nunca me identifiquei tanto quanto esse caderno-fichário que comprei hoje.

Fiquei muito feliz ao encontrá-lo. Tá certo, ele é um pouquinho mais caro que os cadernos normais, mas eu o abracei e pensei: “Eu tenho que levá-lo comigo”. Acho que o carinha da papelaria só faltou soltar fogos pensando “finalmente essa louca encontrou o caderno-alma-gêmea dela”.

Ele é muito bom, pois é um fichário pequeno, posso carregar em qualquer lugar. Vem as divisórias e 201 folhas. Mais um motivo pelo qual gostei: 201! Vocês viram isso? Porque não 200, ou 202? Vai ver que o tio que inventou de produzir esse fichário também esquenta seu 1/3 de leite por 38 segundos no microondas. Será que ele tem e-mail? MSN? Vou pesquisar.

Enfim, hoje vou dormir feliz abraçada no meu mais novo companheiro, meu caderno-fichário.Depois conto mais sobre a saga “Em busca de ser organizada”.