Decoração do meu quarto

Hoje eu vim mostrar a decoração do meu quarto. Como contei no meu blog Vida Minimalista, tem mais ou menos 1 ano que me desfiz de muita coisa. Roupas, objetos, coisas antigas, memórias, lembranças e fiz uma limpeza geral na minha vida, tornando-me minimalista. Aos poucos fui adicionando itens decorativos, equilibrando o vazio imenso que estava meu quarto. Na minha opinião, o equilíbrio é fundamental. Vocês podem perceber que meu quarto tem um toque bastante místico, com elementos que retomam um imaginário mais fantasioso, com a presença de fadas e gnomos. Também podem reparar na minha paixão: os livros. 
Aqui é o meu espaço de estudo/trabalho. Essa prateleira foi instalada recentemente, então pude organizar meus livros todos aí. Antes ficavam guardados no armário. Como vocês podem ver, uso o notebook mas ainda tenho o monitor do computador que em breve sairá do meu quarto.

Sim, no centro do meu quarto tenho pendurada uma mandala lilás com contas e um cristal. Não dá pra ver direito, mas eu adoro ficar observando seu movimento quando deito na cama antes de dormir. É uma terapia!

Minha cama, flores, fadas.

 Guarda-roupas planejado, na medida certa do meu quarto.
Novamente meus livros, impressora, cadernos dos cursos.  

Caixa que pintei para guardar cartões postais que troco no Postcrossing. Tenho em torno de 30 ou mais. A imagem que utilizei para a caixa é do filme Encouraçado Potemkin, que retrata a Revolução Russa. Acho que vocês já sabem que sou apaixonada pela Rússia.

Coruja pintada pela minha avó. É uma das recordações dela que temos aqui em casa. Como podem reparar, está na frente da minha pequena TV pois não assisto (está desligada da tomada inclusive). 
Sino dos ventos, Buda, Gopala, Krsna. Smile!
Mais do meu quarto.
Espero que tenham gostado. Como estou sempre modificando alguma coisa, mostrarei aqui quando fizer outra arrumação. É muito bom mudar os móveis de lugar, fazer uma limpeza e tirar as energias estagnadas. Parece que dá mais ânimo para realizar ações pendentes.
Até a próxima!

Organizando aos poucos


Hoje fiquei feliz. Passei o dia trabalhando no novo layout do meu site Vida Minimalista. Por um bom tempo mantive o aspecto clean, fundo branco com letras pretas, bem simples mesmo, mas eu não estava gostando, pois precisava de algo mais sério. Muitas pessoas para as quais passava meu blog não tinham muito interesse, pois achavam que era apenas mais um blog qualquer – talvez seja, eu posso lidar com isso – e não davam muita importância. Até eu mesma não estava curtindo, me sentia desmotivada em escrever, até que resolvi fazer a mudança. Como eu não paro quieta, transformei logo o aspecto de um blog para site, organizei todas as categorias, revisei alguns artigos principais e me sinto leve, muito leve agora. Só quem gosta de trocar de layout de sites/blogs é que me entende.
Agora sim, sinto o dever cumprido.
Já posso voltar à minha programação normal.

Vamos comprar alugando?

Lendo o o livro “Minimalism: Essential Essays” do Ryan Nicodemus e Joshua Millburn, me deparei com uma frase que dizia: “Você está se livrando dos excessos em sua vida porque elas não são importantes“.  Refleti um pouco sobre essa necessidade que temos de guardar coisas para si, acumular cada vez mais e cheguei a uma conclusão que enquanto lidarmos com nossas compras com o sentido de posse, ficaremos apegados a elas basicamente por causa do dinheiro investido.

Quem nunca, durante uma arrumação, pegou um item para se desfazer e pensou “ah, mas que pena, eu paguei X reais nele e vou dar?”. Esse é o maior problema: lidar com itens adquiridos  com um sentimento de posse eterna. Por que não, nesse caso, mudar a perspectiva?

Vejamos bem, quando alugamos algo, não sentimos esse apego, pois sabemos de antemão que não é para sempre que ficaremos de posse do objeto, portanto, não criamos vinculo emocional. O ideal, portanto, não seria agir dessa maneira com tudo o que adquirimos?

No momento em que compramos, pretendemos desfrutar de uma utilidade, mesmo que seja um objeto de decoração. Tudo que adquirimos tem sua função, mesmo aquelas que aparentemente não têm, e ao encararmos o objeto como algo provisório, que vai cumprir sua função apenas por determinado tempo e não para sempre, evitamos criar um apego maior. No budismo, por exemplo, muito se fala sobre a impermanência. Nada dura para sempre. E por que achamos que um livro, um objeto decorativo ou uma roupa tem que viver conosco por toda a eternidade? Não seria mais fácil desapegar caso as tivéssemos alugado?

Com isso em mente, podemos analisar tudo sob um outro ponto de vista. Essa roupa que já não nos serve mais, poderá seguir adiante para alguém que fará um bom uso dela. Quanto vale alugar uma calça ou um casaco? No momento em que mudamos a visão no momento da compra, podemos aprender a lidar com o dinheiro e nossas posses de uma nova maneira. Se eu paguei R$ 50 em uma calça e a uso quase todos os dias para ir à faculdade ou trabalho, podemos pensar que esse dinheiro foi um investimento de um aluguel ao invés de uma compra, e que, quando eu não precisar mais, passarei adiante e alugarei outra calça.

Vamos fazer um teste. Vamos tentar encarar nossas aquisições em troca de moeda não como uma compra, mas como aluguel. Vamos tentar dar sentido afetivo a momentos importantes, e não a coisas. Objetos não devem durar para sempre, muito menos nos dias da obsolescência programada. Devemos dar valor àquilo que realmente importa, e não ao sentimento de posse sobre um objeto, que no fim, cedo ou tarde, perecerá. Vamos passar a pensar na compra como um aluguel afinal, seja o que for, não vai durar eternamente. Se conseguirmos encarar uma compra de uma nova maneira, conseguiremos, mais a frente encarar com mais facilidade seu desapego.

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