Destralhando os textos da faculdade

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Hoje dei mais um passo em direção ao minimalismo, mais especificamente do conceito “paperless”, que consiste em reduzir a quantidade de papeis que arquivamos e usamos no dia-a-dia.

Em 2011, quando me empolguei e comecei a organizar minha vida, comprei uma pasta-arquivo pra guardar todos os textos da faculdade, assim eu os teria em um único lugar, de forma organizada. No entanto, os anos se passaram e tudo o que eu fazia era adicionar mais e mais textos na pasta, até o momento em que manipulá-la se tornou inviável devido ao peso. Além do problema do peso de tantas anotações e xerox, eu mal sabia o que de fato tinha guardado nela, até que hoje decidi respirar fundo e encará-la.

Tirei todos os textos fazendo uma pilha no centro do quarto e analisei um a um. Quando começamos uma faculdade é bom guardarmos os textos para uma futura leitura. Já aconteceu de estar cursando uma disciplina mais adiantada e precisar trabalhar um texto dado em sala no começo da faculdade. Mas o problema não é guardar – até porque pode nos fazer economizar se já tivermos os textos em casa – mas sim quando apenas entulhamos sem nem saber o que de fato temos ali guardado.

Hoje, em uma outra etapa acadêmica, tenho uma visão mais clara sobre o que preciso ou não e analisando tudo o que havia guardado, um a um, percebi que muito dali não me era mais útil, mas que poderia servir a algum outro aluno do início da graduação.

O resultado foi uma pilha enorme de textos a serem doados a outros alunos que ainda estão no início da graduação e uma pilha bem menor do que ainda precisarei manter, de acordo com minhas necessidades de pesquisas. Mesmo assim, ainda é muito fácil encontrar diversos textos dos que guardei pela internet, já que grande parte são artigos publicados em revistas online. Uma dica pra quem quer pesquisar por artigos é o Google Acadêmico. Há muito material interessante por lá e com acesso gratuito.

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Por fim, peguei os textos que decidi manter e guardei em uma pasta transparente muito menor do que aquele arquivo imenso e pesado. Como eu sempre repito, quando estamos desorganizados demais pode ser excesso de tralhas. Neste caso, não adianta comprar pastas, divisórias, caixinhas nem nada, pois logo nos tornaremos desorganizados novamente. A solução é analisar o que realmente é importante e ter consciência do que estamos guardando, afinal, de que adianta termos vários métodos de arquivamento se mal sabemos o que de fato estamos organizando?

Desapegue! Vamos organizar a papelada?

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Lista: do que estou desapegando…

Buscar uma vida mais simples e mais desapegada requer tempo, paciência e persistência. Às vezes não queremos mudar algo hoje, mas amanhã acabamos decidindo que algo já não combina mais com nosso estilo de vida. Refletindo sobre alguns hábitos que abandonei (ou estou tentando), resolvi compartilhar com vocês uma lista de pequenas mudanças.

Pensamentos negativos – desde que voltei a praticar Yoga, tenho tentado trabalhar bem esse aspecto. Quando algo ruim começa a surgir em minha mente, tento pensar no lado bom.

Amizades nocivas – sabe aqueles amigos que nos colocam pra baixo ou que não respeitam nossos sentimentos? Resolvi simplesmente deixá-los seguir seus próprios caminhos. Sem mágoas, sem ressentimentos, apenas me afastei (e me senti bem melhor!).

Impulsividade – sou uma ariana extremamente impulsiva. Quero tudo pra ontem e quando surge uma ideia nova, não penso duas vezes e já estou me atirando de cabeça. Hoje estou mudando bastante tentando pensar e repensar antes de qualquer decisão e a meditação tem me ajudado muito nesse aspecto.

Alopatia – decidi não tomar mais medicamentos alopáticos pra qualquer sintoma que aparece e estou buscando alternativas mais naturais. Se estou gripada, tento me alimentar melhor, usar aromaterapia e beber mais líquidos, por exemplo. Posso afirmar que me curo em um menor espaço de tempo do que quando tomava remédios nos primeiros sintomas.

Açúcar branco – não uso mais em nada que preparo em casa. Troquei o açúcar branco por açúcar demerara orgânico e pretendo ir mais fundo futuramente usando apenas o mascavo. Já tem alguns meses que fiz essa mudança e em alguns casos, como sucos, não adoço com nada.

Obrigação de ler livros – quando descobri alguns blogs literários, fiquei encantada como as blogueiras liam tantos livros em apenas um mês. Me senti uma estranha por não ler tanto, e passei a consumir vários livros, até o momento em que peguei um livro em minha prateleira e não sabia se já o tinha lido ou não. Foi o momento de refletir que tipo de leitura estava fazendo. Tenho o costume de ler rápido sim, sou do tipo de pessoa que se joga na história e não fecha o livro até acabar, mas sem pressão. Hoje não me cobro. Se quero ler, leio. Se não quero ou não gostei da história, fecho o livro e procuro outro.

MP3 – Eu tinha milhares no meu computador, vários álbuns completos ocupando espaço tanto no meu HD quanto no meu celular. Resolvi desapegar e assinar o Deezer e foi uma das melhores decisões que tomei. Mantenho hoje apenas uma pasta de músicas no meu computador, com alguns arquivos em MP3 de mantras que não encontro tão facilmente pela internet.

Hidratante corporal – não tenho o costume de usar cremes no corpo, mas mesmo assim sempre gostei de comprá-los. Era atraída pela embalagem, pelo cheiro, e quando via estava no caixa gastando meu dinheiro com algo que, para mim, era inútil. Desapeguei. Hoje uso óleo de coco natural no corpo logo após o banho (com a pele ainda úmida) e senti uma diferença enorme na hidratação.

Creme hidratante e para pentear nos cabelos – Uso apenas shampoo e condicionador, nada mais. Às vezes passo um pouco de óleo de coco nas pontas, para dar um brilho maior e nunca mais precisei fazer hidratação no cabelo nem usar cremes para desembaraçar. Sinto meu cabelo mais leve e mais brilhoso, sem muitos resíduos. Já foi o tempo em que eu usava shampoo, condicionador, creme para pentear e silicone nas pontas. Não sei como meu cabelo respirava!

Estou em um constante processo de mudanças, a cada dia tentando adquirir um novo hábito e abandonar outros que não me fazem tão bem. Alimentação, cosméticos e minha forma de pensar são os principais focos da minha mudança, mas agora quero saber de vocês. O que vocês desapegaram ultimamente? O que sentiram ao realizar tal mudança? Compartilhe conosco! Quem tiver blog pode escrever um post com sua lista e deixar o link aqui nos comentários!

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Desapego, desapego e desapego

Sabe quando sentimos um peso nas costas e queremos tomar uma decisão mas não conseguimos? Me sinto assim. Eu adoro blogs. Adoro entrar aqui no meu cantinho, escrever novos posts, compartilhar minhas descobertas, dicas e reflexões. O Vida Minimalista era um lugar onde eu podia abrir meu coração para o mundo, ou apenas para mim. Em um dia eu tinha 3 visitas, em outro 5 e assim fui compartilhando a cada dia um pouquinho da minha vida e conquistando novos leitores que estavam em sintonia com o que eu escrevia.

Muitas coisas mudaram (pra melhor) e com o crescente número de acessos, fiquei dividida entre meu blog pessoal (Camilando) e este aqui, que não posso chamá-lo de profissional, mas que é um espaço que tenho uma dedicação mais especial. O blog foi crescendo, o assunto minimalismo se tornou mais frequente pela internet e aos poucos fui percebendo que não estava conseguindo dar conta de dois blogs de forma adequada. Tenho um carinho imenso pelos dois, mas acho que chega um momento em que precisamos fazer algumas escolhas, alguns sacrifícios para podermos nos dedicar ao que realmente importa.

Eu sou apaixonada pelo Vida Minimalista e me dá uma dor no coração todas as vezes que não consigo responder cada comentário de forma merecida, cada email com o carinho que gostaria e resolvi colocar na balança minhas prioridades e tomar algumas decisões. É claro que eu não pretendo fechar o Vida Minimalista pois aqui é uma prioridade na minha vida. Já com o Camilando, a situação é um pouco diferente. Sei que escrevo desde 2010, já fiz diversas alterações, já mudei temas, layout, tudo! Mas sabe quando algo não se encaixa mais?

Eu amo o Vida Minimalista, mas não me sinto mais tão conectada com o Camilando. Não sei, talvez o nome. O tema. Definitivamente não sei explicar. Eu adoro dar dicas culturais, escrever sobre livros, fotografia, mas sinto que toda a energia que estou direcionando a ele poderia estar sendo melhor aplicada aqui.

Estou em um momento de escolha. Ou continuo no rumo em que estou, mesmo insatisfeita ou desapego e faço algumas mudanças. Sei que já escrevi aqui sobre desistir de projetos e mudar de rumo, e hoje sou eu que estou com um dilema. Já iniciei novos projetos (Vida Conectada) mas que preferi guardar na gaveta para um futuro próximo. Já desapeguei de objetos da minha infância. Já deletei centenas de arquivos do meu computador e agora me deparo com mais um desafio, que é desapegar de um blog, mesmo sabendo exatamente o que eu quero.

E o que eu quero? Quero um espaço no qual possa simplesmente postar uma foto bonita. Um trecho de uma poesia. A capa de um livro. Um espaço meu, íntimo, um hobbie. É isso, quero um blog que seja um hobbie. Um diário. Sem autocobranças de formatação perfeita e uma foto bem enquadrada. Sem me preocupar se fiquei um dia, dois ou um mês sem atualizar. Um lugar bem simples. Pensando nisso resolvi mudar de casa, aproveitando meu endereço Camile Carvalho pra abrir uma sessão de Blog, e a sensação de estar em uma casa nova me fez bem. Sabe aquele caderninho velho que temos? Que usamos para rabiscar e ativar nossa criatividade, sem muita formalidade?

Quanto ao Camilando? Tenho tudo em backup. Nada é definitivo, se eu quiser voltar, tudo está ali, num arquivo do meu computador. E assim vou praticando o desapego. Mudar faz bem!

Quem venham mais lições de desapego. E que eu possa, a cada dia, dar o melhor de mim pelo que me é realmente importante.

E vocês? Já desapegaram de algum blog? Redes sociais? Como foi a experiência?

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