Você está participando da sua vida?

Participação. Quando ouvimos essa palavra, imaginamos diferentes situações ligadas ao coletivo. Participamos de uma festa, de uma reunião, de um trabalho em grupo… mas e em relação à nossa vida? Estamos participando dela ou apenas deixando que ela passe automaticamente por nós?

Todo dia é um ciclo. O sol nasce e a noite vai embora. E então ele atravessa todo o céu e se põe no lado oposto, se despedindo do local onde estamos e então chega a noite. As primeiras estrelas surgem e fazem o mesmo trajeto, cruzando o nosso céu até desaparecerem do outro lado. E então novamente a noite dá lugar ao dia.

Será que reparamos em cada detalhe da nossa existência? Será que não estamos deixando que tais fenômenos incríveis se tornem comuns, rotineiros? Quando foi a última vez que você olhou pro céu e pensou na imensidão dessa energia e no sentimento de pertencimento? 

Somos um ponto quase irrisório nessa vastidão interestelar, mas não somos tão insignificantes quanto podemos pensar às vezes. Somos seres únicos, feitos de um mesmo princípio. O mesmo princípio de tudo que existe. Olhe para uma flor e veja sua beleza. Olhe para as estrelas e veja que mesmo longe, ela está ali, presente em sua vida.

Aprenda a contemplar pequenos momentos. Tudo parece tão simples, porém tão complexo. E essa é a beleza da existência, da criação.

Não deixe que sua vida passe sob seus olhos. Respire profundamente. Solte o ar pela boca. E sinta que você é o protagonista de sua própria vida. Sinta o seu pertencimento a tudo o que o rodeia e permeia. Valorize os pequenos detalhes de seu caminho e aproveite a viagem da sua vida.

Acorde para a sua própria vida, mantenha sua consciência desperta e participe da sua história.

imagem: pixabay

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Um debate sobre vida minimalista

Um debate sobre vida minimalista | Vida Minimalista #vidaminimalista

A onda do minimalismo está aí. Podemos perceber pela internet o crescimento de blogs, perfis no Instagram e vídeos sobre o assunto. Quem nunca viu fotos em preto e branco e armários-cápsula padronizados, sem cores? Mas será que pra ser minimalista precisa mesmo seguir esses padrões estéticos? E se eu gostar de cores? Não poderei me considerar minimalista?

Há alguns pontos importantes de se elucidar. Nesta última semana, pipocaram posts em blogs falando sobre armário-cápsula, minimalismo e a padronização de fotografias, e uma reflexão se isso estaria tirando a identidade da pessoa, e há alguns pontos que achei legal trazer aqui pro blog pra debatermos. Vamos lá?

1 | Estilo de vida minimalista não é o mesmo que estética minimalista

Este é um ponto-chave para começarmos a nos entender. Optar por uma vida minimalista significa deixar de lado aquilo que não combina com você e se dedicar àquilo que te faz bem. Se seu armário não traduz sua personalidade pelo fato de você ter passado anos comprando por impulso, é bom sim fazer um declutter para tentar se encontrar em meio ao caos. Isso significa que talvez você não seja uma pessoa de listras preto-e-branca e que doe todas as suas roupas neste estilo.

Você pode ser colorida, floral, de bolinhas roxas e amarelas e está tudo ok! O importante é você se olhar no espelho e ficar feliz, em paz com quem você é. Minimalismo não é usar preto e branco se você continua no consumismo desenfreado com a finalidade de montar um guarda-roupa assim. Mas, se este é seu estilo, tudo bem também! A Jess, do blog Caos Criativo, por exemplo, se encontrou no preto e branco e é feliz da vida!

O mesmo podemos dizer para a decoração da casa. Ter móveis monocromáticos pode ser lindo para alguns e frio demais para outros. Uma vida minimalista te faz olhar ao seu redor e desapegar de tralhas, coisinhas e objetos que não têm nada a ver com sua personalidade. Se você AMA sua casa florida, colorida e móveis rústicos de madeira, ótimo! Afinal, vida minimalista não tem a ver com estética minimalista, embora possam se encontrar em alguns casos. Mas não há regras.

2 | Encontre sua personalidade

Sempre bati na mesma tecla aqui no blog: busque se conhecer. Elimine o que não faz parte de sua vida, sua história e o que te faz mal. Tente ouvir sua voz interior, saber do que você realmente gosta. Liberte-se das amarras, de memórias ruins do passado, de pessoas que te sugam, de objetos que não traduzem sua essência. Use o minimalismo para chegar ao essencial, jamais menos do que você precisa. Comece devagar, aos poucos, e a cada passo aprenda. Minimalismo não é uma finalidade, mas um caminho (longo) de autoconhecimento.

3 | Minimalismo – menos consumismo

Como falei no item 1, de nada adianta decidir “se tornar minimalista” se o seu próximo passo é se jogar num shopping para mudar todo o seu guarda-roupa. Pare e reflita o que você pode aproveitar e o que você pode passar adiante. E lembre-se sempre, as roupas e objetos que você doa já fizeram parte da sua vida. Não os trate como lixo, com desdém. Muito pelo contrário, seja grato e tenha em mente que aquilo servirá para alguém.

4 | Sustentabilidade

Há uma frase que circula a internet e que volta e meia aparece no meu feed: “em se tratando do planeta Terra, não existe jogar lixo fora“. E é a mais pura verdade. De nada adianta fazermos um super declutter e aliviarmos nossa casa das tranqueiras, se jogamos tudo no lixo. Precisamos ter a consciência de que no momento em que compramos algo, somos os responsáveis pelo seu destino final. Não quer mais algo e a única opção é o lixo? Tente reciclar. Em último caso, que não haja como reciclar nem reaproveitar, tudo bem. Mas na próxima compra, reflita se realmente precisa comprar aquilo e qual será seu destino final.

5 | Armário-cápsula

Fiz um post aqui falando sobre minha ideia de criar um armário-cápsula. Como já estava nessa vibração do minimalismo, não fiz muitas mudanças. Doei umas peças que ainda restavam (de compras impulsivas), adquiri outras que iriam abrir um leque de possibilidades de combinações novas (roupas de cores neutras, por exemplo), e não mexi mais nele. No conceito do armário-cápsula há uma divisão de roupas de acordo com as estações, o que não funciona no meu caso por dois motivos:

#1 Moro no Rio de Janeiro e tem dias do inverno que faz 34ºC e

#2 Não tenho espaço suficiente para armazenar roupas que não estão em uso. Aqui tenho duas divisões no meu guarda-roupas. Em uma delas, a menos usada, ficam meus casacos e vestidos mais arrumados e na outra ficam minhas roupas do dia-a-dia. Só.

6 | Busque sua identidade

Não é porque algum blogueiro famoso ou personalidade de algum lugar está usando tal roupa / layout / estilo fotográfico / etc. que você deve usar também. Isso nada tem a ver com minimalismo, mas com cópia. Você não precisa copiar ninguém, apenas busque se conhecer e tentar entender o porquê de gostar de tais cores ou estilos. Se sua identidade é ser colorida, mas você quer algo clean, tente adicionar cores na sua vida (leia-se roupas ou decoração) de forma que o espaço não pareça confuso. Dá pra ser você mesmo eliminando os ruídos, ou seja, as distrações que não combinam com você.

7 | Cuidado com a comercialização do minimalismo

Já está claro que o minimalismo chegou com tudo, não é mesmo? Mas, será que isso é bom? Será que com a “moda” do minimalismo, seu sentido verdadeiro não estaria se desvirtuando? Vamos ficar atentos a isso. Atentos se em alguns casos não estão querendo comercializar este conceito apenas para venderem mais, assim como ocorre com os produtos naturais e “de bem com a natureza”.

Já repararam que algumas embalagens de produtos foram trocadas por papel reciclado (ou pelo menos marrom)? Só pra dar aquele ar de “eu cuido do planeta“? Vamos ficar em alerta também em relação a como o minimalismo está sendo colocado para nós. O ideal é sempre tentarmos fazer compras conscientes, e não se deixar levar por rótulos, seja ele minimalismo, ecologia, sustentabilidade entre outros.

Se você quer ler mais sobre esse debate “minimalístico” pela internet, recomendo ler os seguintes posts:

» Precisamos falar sobre minimalismos | Babee

» O minimalismo te fez perder a personalidade? | Teoria Criativa

Se eu pudesse dar algum conselho a vocês, seria: busque sua essência, seja você mesmo e viva sempre no caminho do meio.

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Mude seus hábitos

Mude seus hábitos | Camile Carvalho

Muitos estão insatisfeitos com algo em relação a si mesmos, seja em relação à aparência, às atitudes ou aos hábitos. Em relação à aparência, é um assunto um pouco mais delicado. Falamos tanto de autoestima, sobre a importância de autoaceitação, mas em determinadas situações, é possível fazer pequenas mudanças que nos deixem mais feliz. Mas o que vamos abordar hoje são os hábitos.

Parar de fumar, começar uma atividade física, mudar de emprego, quem nunca pensou em fazer alguma transformação de vida e deixou para depois, para quando tudo estiver mais favorável? Adiamos planos e sonhos achando que no momento agora não é possível fazer nada, pois nos falta algo. Pois eu vou te contar uma verdade: sempre faltará.

Esperar começar a dieta quando se matricular numa academia, mudar de emprego quando fizer um novo curso, buscar a felicidade quando…

Quando?

É claro que em determinadas situações precisamos de alguma etapa anterior para podermos alcançar o que desejamos. Não podemos simplesmente ter um diploma sem antes realizar o curso, por exemplo. Mas na maioria das vezes, o que precisamos é apenas de força de vontade. E aí está o problema: onde encontrá-la?

Força de vontade está muito relacionada à motivação. Se não conseguimos visualizar o resultado final, dificilmente teremos energia suficiente para começar uma transformação. Logo, o primeiro passo é traduzirmos essa meta em imagens reais, possíveis de serem alcançadas e imaginadas. Mantê-las vivas em nossa mente é fundamental para não desistirmos na primeira pedra que encontramos no caminho.

Faça um exercício de autoanálise e identifique a principal meta que deseja alcançar com a mudança de hábito. Pegue um papel, canetas coloridas, ou simplesmente abra seu computador e descreva, desenhe, manifeste seus pensamentos. Coloque sua intenção, materialize o que antes eram imagens sem forma e pensamentos vagos. O que, afinal, você quer transformar? O que você precisa para alcançar o resultado? Como será sua vida após essa mudança de hábito? Traga do imaginário para o concreto. Quando organizamos nossos pensamentos, tudo fica mais fácil de se realizar.

Um sonho que fica apenas no imaginário, nunca deixará de ser um sonho. Dê vida ao seu sonho e planeje as mudanças necessárias. Afinal, começar uma atividade física pode ser difícil, mas ter a clareza dos benefícios aplicados em sua vida pode te fazer levantar do sofá.

E você, qual hábito quer mudar e não tem motivação? O que lhe falta?

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