Quem é essa tal natureza?

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Quem é a natureza tão falada nos jornais impressos de grande circulação? Temos que preservar a natureza, cuidar da natureza, mas nem sempre estamos próximos desse ser de quem os artigos falam. Nosso mundinho hiperconectado nos afasta cada vez mais do modo de vida natural, do primitivo. Mesmo fugindo nos finais de semana para o campo e praia, a natureza permanece como algo externo, intacto, a qual só temos real contato nas notícias. “Diga não ao desmatamento da Amazônia”. Mas nem sabemos onde fica! Não é aqui no meu quintal, não fará diferença alguma para mim. Enquanto eu tiver minha luz, minha internet, meu conforto do ar condicionado no meu apartamento na cidade maravilhosa, nada que acontece lá fora me atinge. Faltou luz? Que pena, fiquei sem conectar no meu Facebook! O que será de mim?

Geralmente não compreendemos a natureza como parte de nós mesmos, e por isso o bombardeamento excessivo de informações sobre sustentabilidade e consciência ambiental pode nos trazer o resultado oposto. A dessensibilização ocorre no momento em que ouvimos e lemos de forma excessiva sobre um tema que nos tornamos alheios. Isso não acontece só com esse tema, mas também com a violência. Ler nos jornais logo de manhã que pessoas inocentes morreram em um tiroteio já não choca tanto como antes. Estamos anestesiados com esse fenômeno, e quanto mais tocamos na mesma tecla, menos o trágico faz a diferença em nossas vidas.

Você já fez algo pelo meio ambiente? Não deixe a torneira aberta enquanto escova os dentes, reduza o consumo de luz e água, economize, não use sacolas plásticas, pois os peixes no fundo do oceano podem morrer asfixiados. Desculpe, mas eu não sou um peixe no oceano, sequer sei aonde fica a Amazônia, tampouco sei quem é esse tal de meio ambiente. Prefiro manter meus hábitos, sempre vivi assim e é muito mais cômodo. Uma pena que essa é a realidade de milhares de brasileiros. A natureza, no entanto, está longe de ser algo extrínseco a nós. Ela faz parte de nós. Ou melhor, nós fazemos parte dela. Cuidar do meio em que vivemos é, no mínimo, inteligente e compõe o instinto de sobrevivência. A pós-modernidade nos trouxe avanços tecnológicos excelentes, mas com ela também veio o imediatismo, a falta de planejamento à longo prazo e o consumo desenfreado. Enquanto não percebermos que somos parte integrante do meio em que vivemos, continuaremos predestinados a nossa própria sorte. Lamentável que pensemos que o que importa é o agora.

Uma pesquisa da GlobeScan mostrou o declínio da preocupação ambiental nos últimos anos. Isso pode estar também associado à massificação e repetição do assunto na mídia, além do uso incorreto e inconsequente da imagem ambiental, a qual é utilizada por bancos, empresas e produtos que nada têm de ecológico. Como um banco é ecológico? A imagem da questão ambiental nos jornais está saturada. Hoje, tudo é verde, mesmo que não haja nenhuma preocupação ambiental nas empresas. Clientes buscam por esse diferencial achando que já estão cumprindo seus papeis, mas na verdade estão caindo apenas na lábia do marketing. Estamos fazendo muito pouco, ainda falta o governo tomar medidas mais rígidas sobre o controle ambiental, para que possamos fazer planos mais eficientes, mas parece que não é de interesse deles. O difícil é saber se a população ainda está em um ponto em que há retorno ou seus ouvidos já não se sensibilizam mais com o grito de socorro da natureza. Afinal, quem é essa tal natureza a qual todos pedem para preservar, mas poucos são aqueles que realmente tomam medidas dentro de sua própria comunidade e residência para fazer a sua parte?

Precisamos de uma nova estratégia, pois acho que essa, da repetição, está falhando. A massificação da mídia talvez não seja o melhor caminho. Qual caminho devemos escolher, afinal? Como fazer uma educação ambiental de sucesso sem que o termo “conscientização ambiental” sofra desgaste? É hora de pensar nisso, pois amanhã pode ser tarde demais.

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Teste do Marshmallow: Você é impulsivo?

Você sabe esperar por algo melhor ou sua ansiedade põe tudo a perder? Daniel Goleman, escritor do livro Inteligência Emocional relatou um estudo ocorrido nos anos 60. A pesquisa foi realizada com crianças de aproximadamente 4 anos, as quais eram convidadas para uma sala, uma de cada vez, e lhes era oferecido um doce. “Você pode comer esse marshmallow agora, mas se você esperar um pouco enquanto eu saio por um minuto, quando eu voltar te darei outro se você não o tiver comido“, dizia o pesquisador. Algumas crianças comeram imediatamente o doce, enquanto outras esperavam ansiosamente pelo retorno do adulto, para conseguir ganhar o segundo. Uns dormiam, outros cantavam, balançavam as pernas impacientemente, mas eram firmes na decisão de não come-los, pois sabiam que seriam recompensados.

Um futuro acompanhamento com os pais e professores dessas crianças, após alguns anos, revelou que aquelas que souberam aguardar pelo retorno do pesquisador, se tornaram jovens mais seguros, decididos, populares e bem-sucedidos. Tal experiência confirmou que pessoas pacientes, que conseguem aguardar os melhores momentos de uma situação para tomar ações, conseguem alcançar o sucesso com mais facilidade do que aquelas que são impulsivas e agem sem pensar.

Podemos utilizar esse exemplo na prática, com os nossos gastos financeiros. Quantas vezes o cartão de crédito serviu como um alívio para que você pudesse comprar aquela roupa que estava em uma promoção, mas que não havia se programado para comprar? Quantas facilidades temos hoje, de parcelamento, financiamento, e acabamos nos rendendo ao “compre já” sem termos o dinheiro no momento? Não seria muito melhor guardar o cartão de crédito, deixa-lo apenas para situações emergenciais ou algum gasto planejado, do que leva-lo na carteira para um simples e inocente passeio no shopping? Vamos refletir mais sobre essas facilidades que temos atualmente. Você precisa mesmo do que está comprando pelo cartão ou foi uma compra planejada? O ideal seria juntar o dinheiro necessário, ter paciência, aguardar o melhor momento de uma compra, com consciência e decisão, do que apenas “passar o cartão”. Estabeleça planos de compras, caso precise adquirir um eletrônico mais caro, mas pesquisando preços, marcas e condições melhores de pagamento. Não compre por impulso, tente resistir e aguarde pelo segundo marshmallow. E não se esqueça, promoções vêm e vão, não é o fim do mundo se não comprar aquela calça jeans da vitrine na apelativa promoção imperdível. Muitas vezes nem precisamos de mais uma no nosso guarda-roupas.

Vamos assistir o vídeo do mesmo teste realizado com crianças recentemente?

E você? Comeria o marshmallow ou aguardaria para ganhar mais um?

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O quanto devemos nos cobrar?

O quanto devemos nos cobrar? | Vida Minimalista

Qual a medida certa para nossa produtividade? Você já pensou nisso? Será que estamos fazendo pouco ou muito em relação aos nossos esforços?

Como eu escrevi hoje no meu Blog Pessoal, essa semana me senti um pouco sem energia. A impressão que eu tinha era de que me faltava criatividade para escrever tudo o que precisava escrever, me faltava vontade de simplesmente começar e percebi que muitas vezes queremos ser produtivos o tempo inteiro, realizar ações importantes, sem respeitar o nosso tempo de pausa. Nunca se esqueça de que a produtividade depende também do nosso estado físico. De nada adianta nos cobrarmos demais, se por fim ficaremos sobrecarregados sem conseguir produzir, o que nos causa um sentimento de impotência e frustração – o que aconteceu comigo após dormir por vários dias de madrugada trabalhando em um projeto importante.

Foi então que, em meu momento de descanso, lembrei-me de uma atividade muito interessante que aprendi com uma professora psicanalista: A Livre Escrita. Essa atividade consiste em pegar uma folha de papel qualquer, uma caneta, e escrever a história que vier em sua mente. Não se preocupe com lógica, muito menos com uma sequência. Nunca leia a frase anterior, apenas escreva o que seu cérebro produz. Essa atividade, muito parecida com a que Freud utilizava (fala livre), por mais insana que pareça, é uma técnica importante para descarregarmos, colocarmos em ordem nossos pensamentos e ativarmos a criatividade. Você perceberá que após essa escrita, a impressão que dá é que novas possibilidades se abrem, assim como a produção de Mapas Mentais.

E você, o que faz quando há um bloqueio criativo?

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