Categorias: Organização

Começando a ler O Método Bullet Journal (BuJo)

Começando a ler O Método Bullet Journal (BuJo) | Camile Carvalho | Vida Minimalista

Eu sei que esse é um livro que eu deveria já ter lido há um bom tempo, principalmente por eu ser a louca da organização, da sistematização, da produtividade. Mas só agora que tive a coragem de comprá-lo. E vou explicar o motivo.

Eu venho usando o GTD desde os primórdios da publicação do primeiro livro. Saio do ritmo por um tempo, abandono o método, mas depois acabo voltando. GTD é como um lugar-seguro ao qual sempre retorno quando a vida fica caótica.

Recentemente conheci o Método PARA, do Tiago Forte. Li o livro, apliquei em todos os meus aplicativos, até mesmo na organização das minhas pastas físicas em casa. Deu certo. Foi uma “quebra” do meu GTD, mas que tudo bem, pois ambos os métodos se complementam. O próprio Tiago Forte usa ambos e dá certo.

E então eu resolvi sair também da minha zona de conforto do app Evernote. Com o aumento estrondoso da anuidade e os problemas ainda não resolvidos (esperamos há anos), foi hora de dizer tchau. Fiz a substituição pelo UpNote e estou muito satisfeita. Nunca mais cliquei no ícone do elefante verde quando quero escrever algo.

Então percebi: estou num momento de remexer meus apps, sistemas, conhecer coisas novas e experimentar. Então, é hora de conhecer também o tão famoso Bullet Journal, ou como carinhosamente o chamam: BuJo.

Tenho usado o meu Caderno Inteligente pra administrar minhas tarefas, fazer um planejamento mensal, anotar ideias brilhantes e criativas. Gosto da praticidade de poder reposicionar folhas, removê-las e adicioná-las quando eu quiser. Eu já mudei tanto o meu sistema nesses últimos meses que estou pronta pra ajustar mais uma vez, agora com a novidade do Método BuJo.

Eu sei que um método deve ser aplicado integralmente pra que funcione. Temos a mania de pegar uma ou outra coisa aqui e ali e depois dizer que o método não é tão bom. Talvez eu faça isso com o BuJo, pois ele está chegando em minha vida em um momento em que tudo parece fluir bem. Vamos ver o que eu vou fazer com ele.

Ainda não li o livro, apenas o folheei. Algumas coisas que li superficialmente eu já aplico no meu Caderno Inteligente. Outras, achei uma ótima ideia. Bem, agora o jeito é ler por completo e ir contando a vocês ao longo dessa jornada.

Fiz esse post como um start, pra eu me lembrar futuramente onde comecei. Mas me conta, vocês conhece o BuJo? Usam? Dá certo? Usam que caderno? Caderno ou fichário? Ou digital? Quero saber tudo de como vocês se organizam

Categorias: Inspirações

Como lidar com as ideias criativas?

Como lidar com as ideias criativas? | Camile Carvalho | Vida Minimalista | #camilecarvalho

Eu havia pensado em fazer algumas mudanças por aqui e no meu Instagram. Andei conversando com algumas amigas sobre isso, anotando várias ideias, planejando nichar no meu campo profissional (pesquisa sobre Índia, hinduísmo e yoga) e pra isso, escrevi bastante nos meus cadernos sobre o que, de fato, eu queria. Mas a ideia nem sempre corresponde à realidade.

Eu precisaria fazer pequenas mudanças antes de fazê-la por completo. Isso me deu um frio na barriga, aquela mistura de dúvida se era isso mesmo que eu deveria fazer, com o pensamento “e se não for pra fazer isso“?

Todas as vezes em que me sinto dessa forma, empolgada por algo mas ao mesmo tempo pensando que seria algo difícil e trabalhoso de reverter, eu coloco a ideia na geladeira. Ariana e afobada do jeito que sou, gosto de tudo pra ontem, então, quando surge uma ideia de mudança, já quero aplicar logo e resolver tudo no mesmo dia. Mas, com o tempo, com o autoconhecimento e a maturidade, fui compreendendo como minha mente funciona: acelerada, impaciente.

Eu escrevi muito. Escrevi o cenário ideal. Visualizei como seria minha rotina com as mudanças. Não era uma coisa boba, eu até mesmo voltaria a adotar o meu nome indiano Chandrika. Sim, não era uma coisa banal.

Mas com o tempo na geladeira minhas ideias foram se dissipando como nuvens. Aquele propósito inicial foi perdendo força, perdendo o sentido. Entrei no meu blog e me senti em casa. As cores, os textos, as imagens, a identidade visual como um todo. Sorri em frente ao meu computador e percebi que tudo isso não tinha passado de uma cura. Uma cura de muitos traumas que tive em relação à Índia e só quem esteve muito próximo a mim consegue compreender.

Eu percebi que cada vez que penso em fazer algo relacionado à Índia, é uma parte de mim que se cura. Se antes eu mal conseguia olhar para qualquer coisa que me remetesse à Índia (sim, eu cheguei a esse ponto), hoje estou no processo seletivo do Doutorado  para dar continuidade à minha carreira no campo da indologia.

O que me espera daqui pra frente? Eu não sei. Só o tempo dirá.

Pode ser que eu tenha perdido uma janela de oportunidade de uma grande mudança na minha presença digital. Mas também pode ser que eu tenha aprendido a lidar melhor com meus impulsos que buscam por novidade a cada momento. Estabilidade também é importante, principalmente na construção de uma presença digital.

Muitos aqui sequer sabiam que isso tudo estava acontecendo, até porque nada mudou por aqui e nem no Instagram. E isso é bom! Ter ideias novas é maravilhoso. Anote-as, reflita sobre elas, mas isso não significa que precisamos aplicá-las.

Eu tenho usado um caderno pra coletar todas as minhas ideias que surgem, assim, posso ler, reler, pensar e repensar. Despejo ali aquele impulso criativo e mantenho guardado, para quem sabe, um dia, aplicá-las. Nem toda ideia precisa ser aplicada. Mas seria bom que toda ideia fosse registrada.

Quero saber de vocês, como vocês guardam suas grandes ideias? Vocês registram de alguma forma? Em algum app no computador? Escrevem à mão? Têm um caderno apenas para isso? Quero saber o sistema de vocês, pois em breve, vou compartilhar o meu também.

Até a próxima!

Categorias: Redes Sociais

Sobre deletar o Instagram

Sobre deletar o Instagram | Blog Camile Carvalho - Vida Minimalista

Eu não teria coragem. Não mesmo. Talvez um dia, quem sabe, mas aquilo ali já entranhou em mim de uma forma que eu não sei explicar. Eu sei da importância daquela rede, sei que o blog não é tão conhecido mais, embora nem mesmo no Instagram eu seja conhecida. Mas, o que me prende? Eu não sei.

Ando assistindo muitos vídeos sobre declutter digital, sobre pessoas que deletam as redes sociais e se sentem mais felizes, sobre a ansiedade, o F.O.M.O. e outros diversos assuntos correlatos. Eu já consegui reduzir demais a minha presença online, principalmente no Instagram. Eu cheguei a um ponto de passar horas assistindo os stories, como se tivesse que zerar todas as bolinhas. Era uma sensação horrível e ao mesmo tempo empolgante de que no próximo, eu aprenderia algo, eu receberia alguma informação que mudaria a minha vida ou que eu acharia a solução para algo na minha vida. Mas o que eu achava? A vida dos outros. Perfeita. Instagramável. Organizada. Produtiva. Ganhando milhões com o marketing digital. Só que não. Essas pessoas não são assim.

Eu cansei dessa vida fake. Cansei pois tinha preguiça (além dos valores) de tentar mostrar algo que eu não era apenas para impressionar, viralizar e ganhar seguidores. Ah, eu não. Isso definitivamente não é pra mim. E conto a vocês que mesmo me sentando, abrindo meu planner e tentando planejar posts pro mês, quando eles entravam no ar eu não me via ali. Não era eu, não tinha a minha essência. Minha aura não estava presente em mais um formatinho bonitinho que fiz no Canva. A quem eu queria enganar? E então cancelei a assinatura do Canva.

Pessoas como eu, que se revoltam com a internet, que resmungam sobre as redes sociais e que estão de saco cheio de produzirem conteúdo são o prato cheio para uma aula de marketing dos famosos gurus. Sou o exemplo daquela pessoa looser, a perdedora, a que falhou miseravelmente em fazer o que tem que ser feito na internet, a jogar o jogo, a se deixa levar pela correnteza. Pois me usem de exemplo, não me importo. Eu não quero isso pra mim. Não dessa forma. Não com esse roteiro.

Mas afinal, o que eu quero? Eu quero paz. Quero inspirar pessoas, quero escrever meus textões como esse aqui, que ao terminar de escrever apenas publico sem ao menos revisá-lo e editá-lo (sim, sempre tive esse hábito com o blog), quero simplesmente levar as coisas com mais leveza. E talvez seja por isso que eu nunca viralizei. Nunca tive muitos seguidores. Nunca ganhei dinheiro com o Instagram. Talvez eu esteja fazendo tudo errado. Talvez eu seja muito errada. Talvez eu seja uma pessoa desprezível! Ou talvez, só talvez, essas vozes que me sussurram essas frases, sejam reflexo dessa loucura das redes sociais.

Quando me sento com a coluna ereta, observo a minha respiração, penso na complexidade e imensidão da vida, do universo, de toda a existência e penso na minha própria vida, tudo isso fica tão pequeno, tão insignificante, que me pergunto: o que ainda faço nas redes sociais?