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10 things you don’t know about me

Tenho visto em muitos blogs esse meme e resolvi responder aqui no Camilando também. Foi difícil pensar em 10 coisas que talvez vocês não saibam sobre mim, não porque vocês me conhecem demais, mas pelo contrário, porque acho que me conhecem pouco e tenho muitas curiosidades, ficando difícil escolher apenas 10. Mas acho que consegui resumir bem as 10 curiosidades mais marcantes sobre mim. Vamos lá?

#1 Sou autodidata – Desde pequena gosto de aprender as coisas sozinha. Aprendi a tocar piano no meu de brinquedo, de ouvido e só depois fui aluna da Escola de Música Villa Lobos. Tenho um violino, uma flauta transversal, uma flauta irlandesa e um violão e as únicas aulas que frequentei foram de canto, piano e teclado. Gosto de descobrir novos sons e buscar novos conhecimentos, mas reconheço a importância de um tutor pra nos ajudar. Atualmente estudo russo por conta própria e tenho alguns amigos nativos que sempre me dão um empurrãozinho quando preciso.

Livros do Tolstoi e “Chekov” que ganhei do meu amigo Aidan =)

#2 Eu já sofri Bullying na escola – Eu sei que atualmente tudo virou bullying, mas eu já passei por situações constrangedoras na época da escola antes mesmo desse nome virar moda, de situações de submissão a algumas meninas populares da turma e de ser piada entre colegas de classe por ser dentuça, mas hoje lido normalmente com isso, passado é passado e minha mentalidade já mudou muito em relação a certas coisas.

#3 Usei aparelho por 8 anos – Como eu falei, eu era dentuça e precisei usar aparelho por oito anos. Ate hoje me lembro do dia em que o tirei, teve uma enchente na Tijuca e cheguei no dentista sabe-se lá como, totalmente molhada, quase precisei de um bote. Eu não perderia esse dia por nada nesse mundo!

#4 Sou apaixonada por astronomia – Minha paixão pelos astros e universo já nasceram comigo. Meu sonho desde pequena era ser veterinária e astrônoma, mas acabei realizando apenas um dos sonhos, já que não tenho o mínimo tato com a matemática. Sim, eu pesquisei sobre o curso de astronomia na UFRJ e estive prestes a fazer vestibular, mas desanimei com as matérias e com as opiniões de especialistas sobre o curso em si. Hoje prefiro fazer minhas pesquisas de forma independente, aprendendo o que me chama mais atenção.

#5 Já nasci ufóloga – Juntando a fome com a vontade de comer, não sei se minha paixão por astronomia é porque amo ufologia ou se sou ufóloga porque sou apaixonada por astronomia, mas o fato é que pesquiso sobre o assunto e já fiz parte de um grupo de pesquisadores e especialistas. Só dei um tempo com minha dedicação por causa da correria do dia-a-dia mas tenho planos de voltar a pesquisar e escrever em 2014. Na verdade sou mais pro campo da exobiologia, já que infelizmente o termo ufologia já foi desvirtuado e desmoralizado na sociedade. A exobiologia estuda as diferentes formas de vida no universo (sim, há várias) e não apenas ficar olhando pro céu catando disco-voador. Não sou disso, rs.

#6 Eu conheci Lênin! – Ok, tirando o tom de piada da frase anterior, desde o primeiro contato com o fato, me descobri uma apaixonada pela Revolução Russa e isso me levou a gostar do país como um todo. É algo tão forte que chego a pensar que já vivi naquela época em alguma vida passada. Aliás, não apenas a Revolução Russa, mas alguns fatos aleatórios (e lugares) têm uma impressão tão forte no meu subconsciente que fica difícil explicar o real motivo. A primeira vez que ouvi o hino da Internacional (em russo), por exemplo, não consegui parar de chorar sem mesmo saber do que se tratava e me senti uma idiota.

#7 Eu sou Brahmani – Outra curiosidade sobre mim é que sou Brahmani, ou seja, tenho dupla iniciação no Vaishnavismo, uma das linhas religiosas Hindu. É uma longa história, mas tenho uma ligação com a Gaudiya Matha e eu cantava os mantras no templo, nos festivais (e tocava Harmonium). Tenho vários saris coloridos, japamala, deidades e recebi do meu Guru (se pronuncia gúru e não gurú) o Mahamantra e o Gayatri (mantras em sânscrito). Ah, o Gayatri que a galera da nova era canta por aí não é o mesmo que recebemos na iniciação (é apenas um trecho), e ele nem pode ser entoado por mulheres e não é machismo, é porque ele tem a finalidade de  “amolecer” o coração dos homens. Se quiserem, qualquer dia escrevo sobre isso. 🙂

Cantando e tocando harmonium no ensaio, 2010

#8 Caderno ou Fichário? – Já tenho vinte e muitos anos, 55 faculdades e até hoje não me decidi se usarei caderno ou fichário. Às vezes começo o semestre usando um caderno e acabo mudando pra fichário, folha A4, papel reciclado, notebook, Evernote, telepatia… já tentei de tudo, me formarei ano que vem e até agora não me decidi qual o melhor método, pra mim, de anotação de aulas.

#9 Já levei um coice -Estava eu trabalhando normalmente quando fui coletar o sêmen de um garanhão novo que havia chegado no haras. Na hora H (sem piadas, please), fui jogada longe por causa de um coice na coxa e fiquei alguns minutos meio away. Não quebrei nada porque estava muito próxima dele (quanto mais próximo do corpo do cavalo, menor o risco, pois ele apenas nos empurra). Minha coxa passou alguns meses com uma bola vermelha – roxa – verde – amarela até voltar à cor normal. Fui trabalhar com jornalismo.

Haras do Pinhal, 2007

#10 Odeio telefone – A melhor coisa que já inventaram, pra mim, é o smartphone. Só assim pra eu não ter que falar por voz com alguém. Eu simplesmente tenho pavor de telefone e prefiro que me mandem um SMS, sinal de fumaça, qualquer coisa ao invés de me ligarem. Uma vez quase perdi uma oportunidade de emprego porque me pediram pra telefonar pra empresa antes da entrevista.
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Dicas para o vestibular (pós-ENEM) e concursos

Hoje eu vou dar algumas dicas básicas pra quem já fez o ENEM mas ainda está concorrendo a vagas em outras universidades. Sei que muitos devem ter dado um gás total no Exame Nacional e acabou esfriando um pouco, mas ainda temos pela frente algumas outras faculdades públicas que não usam a prova do ENEM e outras particulares também que abrem o processo seletivo agora no final do ano.

Gás total!

Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, teremos em breve (dia 1/dezembro) a prova da UERJ. Muitos cursinhos se dedicam muito ao ENEM, fazendo vários tipos de projetos, reta final mas acabam aliviando quando já passou a prova. A dica que dou é pra vocês continuarem estudando no mesmo ritmo, pois falta muito pouco e compensa muito dar um gás final pra conseguir bons resultados. O diferencial é que muitos concorrentes estarão mais cansados (principalmente aqueles que foram bem) e deixarão de lado os estudos pra essas outras universidades que não participam do ENEM e isso significa menos concorrentes. Portanto, utilize sua última reserva de energia pra passar a frente dos candidatos preguiçosos. Não seja um deles!

Dois em um

Outra dica que dou é pra terem bastante atenção durante a prova. O tempo é o suficiente, e mesmo que seja uma prova discursiva, tente se concentrar em cada questão e colocar no papel o que você lembra. Nunca se esqueçam que muitas vezes, em uma prova discursiva, há mais de uma pergunta por questão e o erro mais comum é dos candidatos responderem uma delas apenas. Questões como cite e exemplifique possuem duas perguntas em uma só, então, cuidado!

Responda o que é pedido

Fiquem atentos também com as questões discursivas com as palavras “cite”, “explique”, “exemplifique”, “discorra sobre”entre outras. Se estiver escrito “cite 3 fatores que contribuíram para o fim da URSS”, é apenas para citar os três. Mas, caso a banca peça pra você explicar, não é apenas para escrever os três fatores. Acredite, pode ser uma dica boba, mas é muito comum o candidato perder pontos por ter apenas citado sem explicar. Portanto, fiquem atentos ao que pede o enunciado.

Estruture a redação

Se você precisa fazer uma redação, comum na segunda fase dos vestibulares e também em processo seletivo de faculdades particulares, gaste um tempo lendo os textos com bastante atenção e fazendo o planejamento da estrutura do seu texto. Utilize a folha de rascunho pra organizar em palavras-chave sobre o que você escreverá na introdução, seus argumentos e a conclusão. Você verá que fica muito mais fácil desenvolver os parágrafos se já temos a ideia do que será escrito. Apenas tome cuidado com o tempo e com o número de linhas. Em geral se pede que sejam escritas em torno de 25 linhas, o que dá tranquilamente 5 parágrafos de 5 linhas cada (Introdução + 3 argumentos + conclusão).
Espero que tenham gostado das dicas. Fiquem atentos pois darei várias outras ao longo da semana. Quero passar minha experiência de vestibulares a vocês, pois além de já estar na minha segunda faculdade pública, também fui monitora de português e redação em cursinhos de pré-vestibular. Qualquer dúvida ou sugestão para novos posts, basta pedir aqui nos comentários que prepararei um post especial para vocês.
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Crônicas de amor: Foi melhor assim

E o tempo passou, você acabou voltando e por alguns dias ensaiei nosso reencontro. A cada passo em direção à escola meu peito parecia não suportar meu coração acelerado, mas a cada notícia de que você ainda não havia chegado na cidade, um estranho alívio bom percorria meu corpo. Melhor assim.
E, novamente, a cada semana tudo acontecia. Palpitações, ensaios em frente ao espelho, sorrisos decorados e frases prontas. Pilhas de roupas jogadas sobre a minha cama denunciavam a tensão em que eu me encontrava, e um corretivo sempre era necessário pra disfarçar minhas olheiras das noites de sono perdidas, ensaiando como seria ficar diante de ti. Mais uma vez você não apareceu, e eu pensei: melhor assim…
Sim, eu estava covardemente aceitando que seria melhor não te encontrar, deixar que nossa história ficasse no passado, em suspensão, com medo de um dia perceber que você não sonhava comigo, não pensava em mim e nunca me quis. Era mais fácil fingir para mim mesma que nossos corpos foram separados para bem longe contra a nossa vontade, mas que você sempre estaria lá, longe e distante pensando nos meus olhos que sorriam sempre timidamente para você quando cruzávamos pelos corredores. Eu não podia me decepcionar, não novamente e, realmente, era melhor assim.
Mas você voltou e, me sentindo insegura, imatura e desprotegida, quase não tive a coragem de te encarar, mas num susto fui. Respirei fundo três vezes e entrei na sala de aula buscando seu olhar, mas você ainda não estava lá. No entanto, ao ouvir sua voz de inconfundível timbre macio, percebi que toda preocupação havia sido em vão. Você estava presente, estava ali, atrás de mim. Era real e eu não precisava mais me preocupar com sua ausência. Agora eu tinha a segurança do seu sorriso, e de que dessa vez tudo poderia dar certo. A certeza de que uma nova chance me era dada para que eu pudesse fazer tudo diferente e finalmente te conquistar. Mas, um pequeno detalhe você não me contara. Você não pensou em mim. Você não sentiu minha falta. Você sequer queria voltar.
Era com ela que você se divertia em meio às bandas punk de sua cidade. Era com ela, sua desde sempre namorada, a qual você fez questão de omitir cada minuto que conversou comigo. Você sempre tivera alguém ao seu lado, alguém longe, porém presente, alguém com quem poderia dividir seus medos e anseios. E foi assim, após me dar conta de tudo isso, que por um momento eu te olhei e busquei novamente aquele brilho pelo qual me apaixonei. Busquei aquela segurança pela qual me dediquei. Busquei aquele menino o qual eu tinha certeza que seria meu. Mas não encontrei.
É melhor assim. Sumir da sua vida sem me despedir, como você havia feito um dia. É melhor assim, te deixar sem saber por onde ando. Nunca mais entrei naquela sala de aula. Nunca mais te procurei. Ainda tento guardar sua memória sorrindo com seus pequenos olhos verdes e mesmo sabendo que após alguns meses irás embora definitivamente, fui eu que, antes de você, parti.
E eu quase já não lembro que um dia te desejei. E continuarei mentindo para mim mesma de que foi melhor assim.
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Texto escrito para a sessão Crônicas de Amor. Qualquer semelhança com a realidade minha ou de pessoas com quem convivo pode ser mera coincidência. Pode ser. 😉