Faz um pouco mais de uma semana que escrevi meu último post. Após algumas leituras mais espiritualizadas, entrei em um estado um pouco mais contemplativo, reflexivo. Não conseguia sequer abrir o notebook pra atualizar minhas redes sociais, produzir conteúdo pro blog e nem mesmo pra ler sites e blogs que costumo visitar.
Algumas pequenas mudanças na minha rotina me fizeram melhor, depois de alguns sentimentos estranhos invadirem – e quase dominarem – a minha mente. Há alguns dias perdi meu avô, e minha família, principalmente minha mãe, passou por um estado emocional um pouco difícil, com o qual tive que compartilhar e apoiar. Sei que nestes momentos não há uma fórmula secreta para trazer a felicidade de volta (e nem é bom, devemos sempre respeitar o tempo e a tristeza) mas tomei algumas atitudes que me fizeram sentir melhor e me deram mais força para levantar a cabeça e seguir em frente.
Meditação
Quando voltamos para si, conseguimos enxergar nuances e compreender melhor o que está acontecendo. Refletir sobre algum problema que estamos passando ou simplesmente deixar a mente esvaziar é extremamente benéfico para encontrarmos uma solução ou simplesmente acalmarmos nossos pensamentos.
Yoga
Intensifiquei minhas práticas de yoga nos últimos dias. Faço aulas duas vezes por semana, o que me deixa muito feliz, mas percebi que nos momentos em que menos queremos praticar é que somos beneficiados com o equilíbrio e a mente tranquila. Pratiquei todos os dias em casa, e mesmo com pouca concentração e vontade, me fez bem. As vezes só de sentar no tapete e concentrar-se nas posturas (asanas) já é o suficiente para mudarmos o padrão de pensamentos.
Ler, ler e ler
Fazia muito tempo que eu não me sentava relaxada para ler um bom livro. Aproveitei que meu professor de yoga me emprestou o livro do iogue Milarepa e me joguei na leitura. Nada me tirava a concentração e passei boas horas mergulhada em uma linda história (posso compartilhar com vocês se quiserem!). Voltei ao meu ritmo de leitura e já emendei um segundo livro, o Autobiografia de um Iogue, de Yogananda, o qual nunca consegui terminar por ter mais de 500 páginas.
Valorizar os pequenos detalhes
Estou dormindo com as janelas e cortinas completamente abertas para ser acordada com o sol. Bebo um copo de água assim que levanto, olho pela janela, respiro fundo e agradeço por tudo que tenho e sou. Um sorriso ao acordar pode mudar nosso dia, acredite! Plantei flores na varanda. Abraço meu cachorro. Admiro as plantas na faculdade enquanto sento em silêncio esperando a hora da aula. Há muita beleza ao nosso redor, mas nem sempre as percebemos por causa da correria do nosso dia-a-dia. Desacelere e contemple o belo!
Alimentação equilibrada
Quando estou triste abro a geladeira. Tenho o costume de descontar na comida minhas frustrações, raivas e qualquer sentimento negativo, o que prejudica ainda mais meu corpo. Mas não dessa vez. Fui ao mercado e comprei mais frutas. Reduzi o consumo de pães, tomei mais sucos sem açúcar, menos café, menos gorduras e me concentrei para não parar na primeira confeitaria e pedir aquela torta calórica. Não queria prejudicar mais a mim mesma e o resultado foi muito favorável. Mais energia, mais disposição e força de vontade. Para mim, uma alimentação equilibrada é fundamental e responsável pelo equilíbrio emocional.
Desconectar
Como falei no início do texto, não tive vontade de ligar o notebook. Nem para escrever, nem para ler, nem para atualizar minhas redes sociais, apenas compartilhei algumas fotos no Facebook e Instagram através do celular. Cheguei a pensar em unir meus dois perfis do Twitter, o meu pessoal (@heycamile) e o do blog (@vminimalista) justamente por não ter tanta necessidade de manter os dois separados. Ainda estou pensando no que fazer. Também pensei se seria útil transformar meu perfil pessoal do Facebook em uma fanpage, mas o único inconveniente é que nesse caso eu não conseguiria comentar nos posts dos meus amigos. Recuei da ideia apenas por causa disso.
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A lição que aprendi com esse acontecimento foi que em uma situação como essa, temos todo o direito de sentir tristeza, ficarmos mais reclusos e introspectivos, mas temos dois caminhos a seguir: ou abraçamos a tristeza e deixamos que ela nos domine alcançando grandes proporções ou tentamos mudar nosso padrão de pensamento a fim de não nos deixar levar por pensamentos ruins. Escolhi a segunda opção, que claro, não é fácil, mas que certamente me fez bem. 🙂
E vocês, o que costumam fazer quando aquela nuvenzinha escura de tristeza começa a pairar sobre suas cabeças?
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