Categorias: Livros, Resenha

Melancia – Marian Keyes

Ok, eu sei que estou mega atrasada e que todos no planeta já leram esse livro. Mas eu havia comprado o meu exemplar há algum tempo e só agora consegui ler (em 2 dias). Não preciso dizer que é maravilhoso, e que foi o primeiro livro que li da Marian Keyes. 

Melancia conta a história de uma mulher, que, aos 29 anos tem a sua primeira filha e no mesmo dia é abandonada pelo marido que confessa ter um caso com a vizinha há 6 meses. Ao longo do livro vamos acompanhando o sofrimento de Claire e o apoio que a família dá. Confesso que em determinados momentos tive vontade de esganar James, o ex-marido traidor e me identifiquei com a protagonista diversas vezes.
Claire então dá a volta por cima, por amor à sua filha Kate, descobrindo que o mundo não acabou por causa da separação, e nos traz diversas surpresas no final do livro. Super recomendado para quem gosta de chick lit (literatura para mulheres).
O livro custa em torno de R$ 50, mas a novidade é que a editora BestBolso já publicou em versão pocket book. Comprei o meu nas Lojas Americanas por R$ 12, o que é ótimo para leitoras assíduas como eu, que não conseguem sair de uma livraria sem um livro em baixo do braço (ou melhor, na sacola).

Livro: Melancia



Título Original: Watermelon

ISBN: 8577991652
Autora: Marian Keyes
490 páginas
Ano: 2004
Editora: Bertrand Brasil

Categorias: Filmes e Séries

It’s All True – Orson Welles

Orson Welles desembarcando em Fortaleza
Ontem assistí ao filme “It’s All True“, um filme não-terminado de Orson Welles no RECINE, o festival de cinema que está ocorrendo aqui no Rio de Janeiro. A história desse filme/documentário é bem interessante:

Orson Welles (), em 1941, planejou fazer um filme com 4 partes sobre a Panamérica.  Ele então veio para o Brasil fazer as filmagens, mas em 1942, com a mudança da direção e perda de patrocinadores da produtora RKO, o projeto passou por uma reavaliação.

Para completar, Welles estava tendo problemas com a RKO por ter partido da Califórnia sem terminar a edição do filme The Magnificent Ambersons. O problema agravou-se com a morte de Manoel Olímpio Meira (Jacaré), um dos jangadeiros protagonistas do filme “Quatro homens numa jangada“, a 3ª parte do filme. Com a desculpa do alto custo de produção, e o estresse que ele estava causando com suas bebedeiras e farras, o projeto foi então cancelado pela RKO. Ainda no Brasil, finalizou as gravações da 3ª parte do filme com uma verba mínima, e assim que voltou à Califórnia, seu contrato com a produtora foi cancelado, deixando o filme inacabado e esquecido.

Com os jangadeiros, protagonistas do filme “Quatro homens numa jangada”.
Em 1993, Richard Wilson dirigiu o documentário It’s All True, que conta a história da produção do filme e a visita do cineasta ao Brasil, com as cenas originais e entrevistas com participantes, como Grande Otelo, que o conheceu na época. 

O documentário consegue transmitir a história da produção do filme no Rio de Janeiro e Fortaleza, mostrando as dificuldades na relação com a produtora RKO. O mais interessante são as cenas originais feitas na época, nas quais podemos ver o Brasil através das lentes desse grande cineasta. Para maiores informações, visite esse link AQUI, onde tem explicado com mais detalhes.
Segue abaixo algumas fotos da produção de It’s All True (É Tudo Verdade).
Notícia no jornal O Povo sobre a chegada de Welles em Fortaleza.
Orson Welles com Getúlio Vargas.

Durante a filmagem de It’s All True.

Orson Welles é meu marido cineasta preferido. E você? Qual o seu?

Categorias: Diário

Meu novo caderno-fichário

 

Gente, foi só escrever aqui pra vocês sobre a saga da minha organização na faculdade que fui iluminada pelo além.

Hoje fui passear na Papelaria Catete antes de ir no ensaio do coral. Aquela papelaria me traz recordações de infância. Me lembro quando meus pais recebiam a lista de material da escola (Zaccaria) e íamos nessa papelaria comprar tudo. Era bom demais! Tudo novo, quilos de livros novos que a gente nunca usava com aquele cheirinho gostoso. Cadernos, lápis de cor, borrachas coloridas. Quem não gostava de início das aulas? Coleguinhas bronzeados, material novo… Eu sempre reparava nos cabelos dos amiguinhos. Uns haviam deixado crescer, outros haviam cortado… Afinal, por que estou falando sobre início das aulas?

Ah, lembrei. Papelaria Catete. Então hoje eu estava lá, pensando sobre minha crise existencial-fichário-cadernal quando me deparei com essa fofura. Eu não gosto de fichário porque pra carregar só as folhas é ruim, acabo me perdendo. Pra carregar o fichário inteiro é um horror. Geralmente uso bolsa na faculdade e teria que carregar uma tranqueira na mão, ou recorrer à mochila. Mas gosto da praticidade de usar apenas as folhas que preciso.

Já o caderno, gosto da praticidade de estar tudo juntinho ali, compactado. Mas não gosto do fato de sobrarem folhas em algumas divisões, no meu caso quase todas. Alias, vocês já perceberam que atualmente os cadernos todos estão vindo mais enfeitados que carro abre-alas de escola de samba? Eu não curto muito essa idéia, pra mim as linhas têm que ser minimalistas, de cor azul claro ou no máximo um cinza claro. E por favor, finas! A maioria dos cadernos têm a capa maravilhosa, uma mais linda que a outra, mas quando abro, surpresa! Aquelas linhas grossas de diversas cores com desenhos escandalosos. Não dá certo comigo. Um bom exemplo disso é a linha da Pucca, que tem suas linhas vermelho e pretas causadoras de fadiga ocular (tô ficando velha? Será?). Os vendedores das papelarias já devem pensar: “Lá vem a maluca que folheia cadernos e não leva nenhum”. E é verdade, mas eu nunca me identifiquei tanto quanto esse caderno-fichário que comprei hoje.

Fiquei muito feliz ao encontrá-lo. Tá certo, ele é um pouquinho mais caro que os cadernos normais, mas eu o abracei e pensei: “Eu tenho que levá-lo comigo”. Acho que o carinha da papelaria só faltou soltar fogos pensando “finalmente essa louca encontrou o caderno-alma-gêmea dela”.

Ele é muito bom, pois é um fichário pequeno, posso carregar em qualquer lugar. Vem as divisórias e 201 folhas. Mais um motivo pelo qual gostei: 201! Vocês viram isso? Porque não 200, ou 202? Vai ver que o tio que inventou de produzir esse fichário também esquenta seu 1/3 de leite por 38 segundos no microondas. Será que ele tem e-mail? MSN? Vou pesquisar.

Enfim, hoje vou dormir feliz abraçada no meu mais novo companheiro, meu caderno-fichário.Depois conto mais sobre a saga “Em busca de ser organizada”.