Você me disse que partiria em alguns dias. Reservei todo o meu tempo, apostei todas as cartas em uma grande despedida, mas você desapareceu. Com um simples adeus sequer olhou em meus olhos e não ouvi sua voz me dizendo “eu voltarei”. Solitária, caminhei pelos corredores vazios e pouco iluminados, lembrando de tudo o que já vivemos até hoje, fatos que talvez minha mente continue insistindo que realmente existiram, mas eu continuo jogando pra debaixo do tapete a verdade de que são apenas ilusões.
Como posso não me enganar se ainda te tenho aqui, a um simples clique? E-mails a serem enviados que nunca tive coragem se perdem no tempo. Um simples rascunho, que por qualquer falha tecnológica se perderá. Eu gosto tanto de você que preferia não te ver. Preferia te odiar e encontrar defeitos em seu jeito de andar, de vestir, de olhar e principalmente de falar. Você fala engraçado.
Sua ausente despedida só me faz pensar o quanto eu signifiquei pra você. Na minha humilde imaginação eu estava em seus braços, assistindo aquele filme cafona que ninguém queria prestar atenção. Cantando aquela música indecifrável apenas pra nos desviar do propósito principal. Eu desviava os olhares pra não me render aos seus, mas tudo o que tive no final foram lacunas vazias. Silêncio e solidão. Mas na próxima vez será diferente. Não te deixarei andar pelos corredores sozinho, correrei atrás de você com os cadernos na mão perguntando qualquer coisa idiota, só pra chamar sua atenção. Assim como você fez naquele dia. Ou não.
E quem me dará a certeza de que você voltará? O que poderá fazer você me notar, nem que seja em um simples papo, tomando café numa mesa de bar? Ah, mas eu andei sabendo por aí que você não gosta de café… Seria aquilo um indício de você me amar?
Tudo bem. Apenas me procure quando voltar.
~ Estou inaugurando essa sessão “Crônicas de Amor”, no qual postarei alguns textos aleatórios inspirados no meu presente, meu passado ou o que eu gostaria que fosse meu futuro. Ou não, podem ser apenas situações que observo de amigos ou de pessoas que não conheço. Espero que gostem dessa parte do meu blog, com um pouco mais de inspiração.
Joyci, obrigada pela visita!
Escrever é sempre um ótimo remédio! Pelo menos alivia =)
Beijinhos e volte sempre!
O pior de tudo é a sensação de não saber e o sentimento incapaz, né? Tenho um caso assim, bem parecido na minha vida, ele volta quando quer e vai embora sem avisar e eu nada posso fazer. O que nos resta? Escrever.
Adorei sua nova coluna, meu blog é cheio dos textos de amor… você será muito bem vinda por lá.
Um beijo