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Review: Máscara capilar coquetel de óleos | Força da Terra

Ano passado recebi em casa uma caixinha com alguns produtos da Força da Terra e um dos produtos que veio na caixa, foi a Máscara Capilar Coquetel de Óleos. Como diz na embalagem, ele é indicado pra cabelos secos e pra restauração e hidratação, o que eu precisava no momento, já que estava fazendo transição capilar tentando recuperar meus fios do excesso de química.

Não dei minha opinião sobre a máscara antes pois queria usá-la bastante antes de dizer se gostei ou não e hoje venho aqui fazer um review sobre ela contando o que achei.

Aproveito pra contar que além de reflexões e dicas minimalistas, também pretendo compartilhar com vocês cosméticos, alimentos, roupas e qualquer produto produzido de forma sustentável que eu experimentar e que eu tenha gostado. Tudo que eu postar aqui terá minha opinião sincera, mesmo que eu tenha recebido o produto.

Dito isto, vamos à minha opinião. 🙂

A empresa Força da Terra

Força da Terra é uma empresa que tem como proposta produzir cosméticos naturais, sem corantes, parabenos, formol e nem derivados de animais. Isso significa que são produtos veganos e cruelty-free, ou seja, não foram testados em animais. Essa é, portanto, uma empresa na qual confio e uso seus produtos que já apareceram no blog tanto aqui quanto aqui.

A Máscara Capilar

Uma das coisas que mais gostei da máscara é que não deixou meu cabelo pesado, como algumas hidratações. A textura é bem molinha, mais pro aguado, não tem uma textura muito densa, o que me fez pensar que não funcionaria tão bem pro meu cabelo, pois eu estava acostumada a usar cremes com texturas mais densas. No entanto, me surpreendi com a hidratação que ela proporcionou e tirei da minha mente que a densidade do creme é o que determina se a hidratação será boa ou não. Mesmo com ele bem levinho, funcionou bem.

Em seus componentes estão presentes óleos como: semente de uva, copaíba, amêndoas, abacate, andiroba e manteiga de karité. Tudo natureba, do jeito que gosto! Sua base é branca por não conter corantes artificiais, o que também é um ponto positivo. Nenhum produto da empresa utiliza produtos sintéticos, tudo é feito de forma bem natural.

Review: Máscara capilar coquetel de óleos | Força da Terra - Vida Minimalista #vidaminimalista

O pote do creme tem 290 gramas e é uma quantidade boa, dura bastante. Eu costumava usar de 1 a 2 vezes por semana durante o banho ou fazendo hidratações mais demoradas no fim de semana. Podemos usar o creme pra servir de base pra outras misturas, conforme desejarmos (óleo de rícino + coco dá super certo pra uma umectação!).

Estranhamento com produtos naturais

Algo que acontece quando usamos produtos mais leves e com menos químicas pesadas, é que nossos fios estão acostumados com petrolatos e parafinas. No começo podemos estranhar a textura do produto e o resultado no cabelo, assim quando como começamos a fazer no-poo ou low-poo (deixando de usar shampoos com sulfatos).

O cabelo demora um pouco pra fazer um detox, percebi isso nos primeiros usos, pois ainda estava mudando de shampoo pra um sem sulfato e foi tudo de uma só vez. Com o tempo, percebemos que os fios ficam mais leves e respondem melhor aos produtos que estamos usando. É incrível a diferença que faz quando desapegamos de shampoos, cremes e condicionadores cheios de ingredientes não tão bons!

Consumo desacelerado

Consegui usar o potinho inteiro (por isso não tenho foto do creme pra mostrar sua textura), o que também é um ponto positivo neste caso pra mim, que estou trazendo a consciência de usar todos os produtos que tenho até o final antes de comprar um novo. Antigamente eu olhava pro meu banheiro e via uma quantidade imensa de cosméticos sobre as prateleiras, mas com o consumo consciente, hoje já sou mais seletiva em relação ao que compro e ao que uso.

Tento usar um produto de cada vez e, na hora da compra, ler rótulos, me informar melhor sobre os ingredientes, saber a procedência… acredito ser um passo importante em direção ao consumo consciente, ao consumo mais desacelerado e sustentável.

Agora, aproveitarei o potinho pra guardar algumas coisinhas, ou até mesmo a argila em pó. Ainda não sei o que guardarei, mas gostei do formato do pote que dá pra reaproveitá-lo pra outras finalidades. E vocês, já experimentaram algum produto dessa marca? Qual máscara capilar mais gostam?

Categorias: Foco

Meditação: dicas para viver no momento presente

Meditação é mais simples do que parece | Como meditar | Vida Minimalista #vidaminimalista

Sempre gostei de meditação, mas tinha dificuldade para meditar. Achava lindo sentar em lótus, fazer uma postura com a coluna alinhada e fechar os olhos, mas no fundo, achava que aquilo não era pra mim. Ariana que sou, com a mente agitada, meus pensamentos vagavam por um limbo que sabe-se lá onde estavam. Definitivamente, meditar não era pra mim.

Assim como eu pensava, muitos podem ter a ideia de que a meditação combina com ambientes monásticos, pessoas austeras e muita seriedade. Mas eu vou contar uma verdade a vocês: a meditação, quando passa a fazer parte da sua rotina, se torna divertida, um lugar de paz para o qual queremos voltar sempre.

Não vou dizer que é fácil, que não sentimos câimbra nas pernas, que tem dias que queremos apenas nos levantar e fazer as tarefas do dia. Mas também não é verdade que meditar é pra quem já é zen, tranquilo. Assim como pessoas praticam musculação para fortalecer a musculatura aos poucos, a meditação também deve ser uma prática diária para que possa tornar-se uma rotina. Após um bom tempo praticando a meditação, hoje venho trazer alguns tópicos para esclarecer algumas dúvidas comuns sobre meditar.

Principais dúvidas sobre a meditação:

1. Meditação não é religião. Embora associado ao budismo e hinduísmo, quando você interioriza seus pensamentos, volta para si e traz sua mente para o momento presente, você está meditando. Porém, se você é religioso e reserva um momento para fazer suas orações, também é uma forma de meditação. A meditação faz parte de algumas religiões mas é uma ferramenta, uma técnica que pode ser feita independentemente de crenças.

2. Não precisa de muitos preparos. Esqueça aplicativos, meditações guiadas, CDs, músicas para meditação, almofadas especiais ou roupas próprias. Meditação é simples, basta sentar-se confortavelmente, alinhar sua coluna, fechar os olhos e trazer a atenção para a sua respiração. Pronto, o primeiro passo já foi dado.

3. Não encare como um desafio. Se você já senta-se pensando que vai ser um tormento ficar os próximos 5 minutos sem fazer nada, você vai passar 5 minutos agoniado para acabar logo. Vá sem expectativas, apenas sente-se e tranquilize sua mente. Se quiser, coloque um alarme ou contador com o tempo que achar necessário, mas não se prenda a isso. Deixe o tempo fluir.

4. Existem diferentes técnicas de meditação (com mantras, cantando, ouvindo sons etc.) mas no começo, tente apenas reservar diariamente um momento só seu, em silêncio. Caso fique muito difícil concentrar-se com os olhos fechados, experimente acender uma vela à sua frente e observar o movimento da chama.

5. Comece devagar. Você não precisa começar com o tradicional Zazen por 30 ou 45 minutos. Experimente 5 minutos no começo. Vai ser difícil, sim, eu sei. Porém, com o tempo, você perceberá que 5 minutos passam voando, e quando se der conta, 10 minutos já terão passado. Não se cobre, não tenha pressa, aumente seu tempo de meditação de acordo com seu progresso, com sua disponibilidade. É melhor meditar todos os dias 5 minutinhos do que se comprometer a fazer uma longa meditação diária e parar no segundo dia.

Meditar ajuda a trazermos a mente para o agora

Quando vivemos no passado, a tendência é que nos tornemos pessoas angustiadas, deprimidas, pensando no que poderia ter feito e não fizemos. Pensando nas pessoas que nos magoaram, e então carregamos em nossa mochila da vida um grande peso o qual não precisamos carregar. Quando vivemos no futuro, nos tornamos ansiosos, tentando antecipar os fatos que ainda não aconteceram.

Nestas duas situações, nos desconectamos do momento presente, do aqui e agora, o único momento em que nossas vidas de fato acontecem. Não é errado, no entanto, recordar do passado nem planejar o futuro. A questão é que quando nos desconectamos da nossa vida no agora, saímos do estado de atenção plena e a vida passa por nós de forma automática.

Experimente hoje, agora, apenas fechar os olhos e prestar atenção no ar que entra e sai pelas narinas. Alinhe sua coluna, relaxe suas mãos sobre suas pernas e apenas respire. A meditação é uma ferramenta muito poderosa que nos traz de volta ao estado Mindfulness, ou atenção plena. Toda vez que se sentir desconectado de sua realidade, traga sua mente para o agora. Não deixe sua vida passar diante seus olhos, perceba os detalhes, os pequenos momentos. Valorize o seu momento, pois a única coisa que temos é o agora.

E você, pratica meditação? Já experimentou? Quais suas dificuldades? Compartilhe aqui conosco nos comentários!

imagem: Pixabay

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Categorias: Redes Sociais

Não, seu amigo do Instagram não tem uma vida perfeita!

Seu amigo do instagram não tem uma vida perfeita - por Camile Carvalho

Mais uma vez aqui estou eu pra conversar sobre redes sociais. Falei aqui outro dia sobre o Instagram e a verdade, e a medida que tomei bloqueando todos os perfis fakes, pornográficos e inativos que me seguiam e que massageava meu ego, me fazendo lembrar todo dia que eu tinha aquela quantidade de seguidores. Hoje, venho trazer uma reflexão que me ocorreu hoje pela manhã: o estar bem em seu próprio silêncio.

Eu gosto de ficar sozinha, mas não foi sempre assim. Antes, queria reunir amigos, sair pra barzinhos, fazer alguma coisa, menos ficar em casa. Nunca fui de noitada, mas um bom café com amigos no shopping me tiravam de casa, da sensação de estar sozinha, e isso me fazia bem.

O tempo foi passando, comecei a praticar yoga, meditação, e aos poucos aprendi a estar bem comigo mesma. Hoje fujo de agitos. Gosto de passar um fim de semana inteirinho em casa, com meus livros, com minha escrita… organizando a casa, cuidando do que é meu, meditando e curtindo a calma. E isso é tão bom!

Porém, às vezes dou uma olhada pelo Instagram e vejo amigos passeando, viajando, em festas ou passeios, mostrando que têm vida social bastante ativa. Por um segundo me pego pensando que queria estar assim, curtindo, com uma vida social bem agitada, mas logo vem o questionamento: será? Será mesmo?

Não, talvez eu não gostaria. Está tão bom aqui! Olho ao redor e sorrio, percebendo que esta aura que me cerca, meus livros sobre a mesinha de centro, minha rede balançando com o vento e o café quentinho ao meu lado me fazem feliz. Não, eu não queria ser outra pessoa, estar no lugar de outra pessoa e nem com outras pessoas. Isso não me torna um ser fechado, acredito que temos momentos para tudo, mas hoje, agora, neste exato momento, estou feliz.

O que percebo, no entanto, é que as redes sociais nem sempre mostram a verdade. Esses dias saiu uma matéria na Super Exame que fala que o Instagram é a rede social mais prejudicial à saúde mental. Jovens e adultos sentem suas vidas paradas, estagnadas, ou desenvolvem a síndrome FOMO (sensação de estar perdendo algo). Mas a culpa não é do Instagram, Facebook ou outra rede. Somos nós quem escolhemos como vamos nos comportar com estas ferramentas.

Nem sempre aquela foto daquela amiga sorrindo em uma viagem paradisíaca está refletindo sua verdade. Nem sempre estar em movimento, no agito, na diversão, significa felicidade, e aprender a estar bem comigo mesma foi a melhor coisa que fiz. Saber aproveitar a tranquilidade, o cantar dos pássaros, o cheiro do café passando, o sol se pondo, é uma dádiva. E estes momentos são únicos, nossos.

Olhe para você. Olhe ao seu redor. Será que sua vida é tão menor que a dos outros que compartilham sua felicidade nas redes sociais? Vamos aprender a valorizar nossos momentos? Aprender a lidar com o nosso silêncio?

No livro Silêncio, o poder da quietude num mundo barulhento, o monge budista Thich Nhat Hahn diz que:

“O silêncio é, sobretudo, algo que vem do coração, não de um conjunto de condições externas ao nosso corpo. Viver em um local silencioso não significa passar a vida mudo, sem se envolver nem fazer nada. Simplesmente significa que não somos perturbados por dentro, não há um falatório constante.” – pág. 67

Aprender a lidar com o nosso silêncio, a estar em quietude, aproveitando quem somos, onde estamos e o que estamos fazendo é fundamental. Não se comparar com a vida dos outros – ou melhor, com o que mostram nas redes sociais – é importante para que possamos valorizar nossa realidade. A vida de ninguém é perfeita, mas por que não olhar ao nosso redor e sermos gratos pela nossa realidade?

Experimente sentar-se quieto onde você está. Fechar os olhos por alguns minutos e apenas prestar atenção à sua respiração. A felicidade verdadeira, as respostas as quais buscamos, está tudo aqui dentro, não fora. Você pode estar no lugar mais lindo do mundo, mas se não estiver bem consigo mesmo, não estará feliz. Mas você pode estar sozinho, quieto em casa, em um lindo sábado de sol, e sorrir, simplesmente porque está em paz, está curtindo seu momento e saber que aquelas vidas que passam pela sua timeline não é a sua, e não há motivo nenhum para se sentir mal por não estar lá.