Categorias: Comportamento

Sempre temos algo a ensinar

Quando temos conhecimento sobre algum assunto é comum acharmos que é algo tão simples que nem precisa ser compartilhado, afinal, todos devem saber. No entanto, mesmo que estejamos em um meio no qual se compartilhe dos mesmos interesses, sempre há algo a ser aprendido e ensinado, e essa troca é fascinante.

Tenho uma amiga que no passado já sofreu bastante em relação à sua autoestima, mas que em um momento de sua vida aprendeu a lição de que se ela própria não se amasse, ninguém mais faria por ela. Levantou a cabeça, sacodiu a poeira e mudou seu padrão de pensamentos, descartando opiniões alheias que a machucavam e assim aprendeu, aos poucos, que a vida é muito mais que a opinião dos outros sobre suas roupas, peso e o que mais achassem dela.

Em uma de nossas conversas ela me contou que queria muito ter um blog pra compartilhar seus pensamentos e ajudar a outras pessoas, principalmente jovens, que passam pelo mesmo problema que a atormentou por tantos anos, e foi quando me ofereci pra ajudar. Planejamos um nome, um formato, fizemos testes aqui, testes ali e em poucos dias nasceu o Sobre Autoestima, um blog que pretende debater questões sobre conflitos pessoais e o amor próprio.

Pensei que seria algo super normal pra ela, afinal, sou blogueira há tantos anos que configurar painel de controle, comprar domínio, alterar DNS, CSS, HTML entre outras siglas, se tornou algo normal. No entanto, percebi que o que é simples para mim pode não ser para o outro e ensinar cada passo, desde como criar um novo post, inserir fotografias até a publicação, me trouxe um sentimento de felicidade imensa por poder compartilhar meu conhecimento com alguém. Claro que não sou expert no assunto – e por isso mesmo sempre achei que não poderia ensinar – mas o pouco de experiência que tenho ajudou bastante quem nunca esteve em contato.

A verdade é que sempre podemos ajudar e ensinar nem que seja com um detalhe. Nunca sabemos tudo de forma igual e compartilhar conhecimento é tão gostoso quanto aprender. O que eu achava fácil, embora não me sentisse segura em ensinar, era uma incógnita para minha amiga que estava criando seu primeiro blog, e então me pergunto quantos outros conhecimentos, mesmo que pequenos, que poderia ser passado àqueles que estão ao meu redor? Quantos outros conhecimentos também não posso aprender com quem me cerca?

Nenhum saber é pequeno demais a ponto de não ser importante para alguém. O que pode ser fácil para um, pode ser um mistério para o outro. Vamos prestar mais atenção sobre o que podemos ser úteis para quem convive conosco? Essa experiência me ensinou a lição de que sempre podemos ensinar algo a alguém. E que compartilhar experiências é gratificante.

Visitem: Sobre Autoestima

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Categorias: Tecnologia

Reduzindo aplicativos no celular

No último final de semana eu tive uma surpresa: meu iPhone parou, repentinamente, de conectar-se ao wifi do ambiente. Desliguei o modem, reiniciei o aparelho, tentei de tudo, mas a mensagem de que não era possível conectar-se à rede me perseguia. Minha última tentativa era, portanto, restaurar o sistema do celular através do iTunes.

Respirei fundo e restaurei o sistema (equivalente a formatar o computador). Depois de apagar tudo, eu tinha em mãos um celular vazio, sem nada, bem diferente daquele com a capacidade quase cheia, que me emitia avisos a cada nova foto que recebia. O próximo passo seria recuperar tudo que estava no backup mas resolvi não fazer. Queria um recomeço, então configurei o iTunes de modo que fossem transferidas apenas as 25 músicas mais escutadas e instalei apenas 10 aplicativos, de acordo com a necessidade que percebi durante o dia.

Como não temos a opção de apagar aplicativos que já vêm no sistema, criei uma pasta com todos eles e joguei para a segunda página. Deixei de instalar vários aplicativos que sempre pensei serem indispensáveis e descobri que não preciso tanto deles assim, como achava. Às vezes remover tudo e colocar de volta no lugar só o que é importante é melhor do que analisar cada item que pretendemos desapegar.

Restaurar meu celular como se viesse de fábrica me fez descobrir que eu não precisava daquela tralha toda que eu carregava. Ebooks que eu não tenho costume de ler na tela pequena, vários editores de fotos sendo que eu usava apenas o Afterlight entre outros. Até mesmo minha querida Dropbox ficou de fora (por enquanto ainda não precisei). A sensação de ter um celular novo sem precisar gastar dinheiro é maravilhosa! Agora só falta criar coragem e fazer um mega destralhamento no meu notebook, que está precisando.

Agora, com mais dedicação ao Vida Minimalista, talvez volte a instalar o aplicativo para gerenciar páginas do Facebook. Estes são os que preciso, de acordo com minhas necessidades diárias. Vale lembrar que cada um tem suas demandas e o que é necessário para um pode não ser para outro. 🙂

Como andam seus smartphones e computadores? Cheios de programas que não usam? Vamos destralhar!

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Categorias: Desapego

Desapego, desapego e desapego

Sabe quando sentimos um peso nas costas e queremos tomar uma decisão mas não conseguimos? Me sinto assim. Eu adoro blogs. Adoro entrar aqui no meu cantinho, escrever novos posts, compartilhar minhas descobertas, dicas e reflexões. O Vida Minimalista era um lugar onde eu podia abrir meu coração para o mundo, ou apenas para mim. Em um dia eu tinha 3 visitas, em outro 5 e assim fui compartilhando a cada dia um pouquinho da minha vida e conquistando novos leitores que estavam em sintonia com o que eu escrevia.

Muitas coisas mudaram (pra melhor) e com o crescente número de acessos, fiquei dividida entre meu blog pessoal (Camilando) e este aqui, que não posso chamá-lo de profissional, mas que é um espaço que tenho uma dedicação mais especial. O blog foi crescendo, o assunto minimalismo se tornou mais frequente pela internet e aos poucos fui percebendo que não estava conseguindo dar conta de dois blogs de forma adequada. Tenho um carinho imenso pelos dois, mas acho que chega um momento em que precisamos fazer algumas escolhas, alguns sacrifícios para podermos nos dedicar ao que realmente importa.

Eu sou apaixonada pelo Vida Minimalista e me dá uma dor no coração todas as vezes que não consigo responder cada comentário de forma merecida, cada email com o carinho que gostaria e resolvi colocar na balança minhas prioridades e tomar algumas decisões. É claro que eu não pretendo fechar o Vida Minimalista pois aqui é uma prioridade na minha vida. Já com o Camilando, a situação é um pouco diferente. Sei que escrevo desde 2010, já fiz diversas alterações, já mudei temas, layout, tudo! Mas sabe quando algo não se encaixa mais?

Eu amo o Vida Minimalista, mas não me sinto mais tão conectada com o Camilando. Não sei, talvez o nome. O tema. Definitivamente não sei explicar. Eu adoro dar dicas culturais, escrever sobre livros, fotografia, mas sinto que toda a energia que estou direcionando a ele poderia estar sendo melhor aplicada aqui.

Estou em um momento de escolha. Ou continuo no rumo em que estou, mesmo insatisfeita ou desapego e faço algumas mudanças. Sei que já escrevi aqui sobre desistir de projetos e mudar de rumo, e hoje sou eu que estou com um dilema. Já iniciei novos projetos (Vida Conectada) mas que preferi guardar na gaveta para um futuro próximo. Já desapeguei de objetos da minha infância. Já deletei centenas de arquivos do meu computador e agora me deparo com mais um desafio, que é desapegar de um blog, mesmo sabendo exatamente o que eu quero.

E o que eu quero? Quero um espaço no qual possa simplesmente postar uma foto bonita. Um trecho de uma poesia. A capa de um livro. Um espaço meu, íntimo, um hobbie. É isso, quero um blog que seja um hobbie. Um diário. Sem autocobranças de formatação perfeita e uma foto bem enquadrada. Sem me preocupar se fiquei um dia, dois ou um mês sem atualizar. Um lugar bem simples. Pensando nisso resolvi mudar de casa, aproveitando meu endereço Camile Carvalho pra abrir uma sessão de Blog, e a sensação de estar em uma casa nova me fez bem. Sabe aquele caderninho velho que temos? Que usamos para rabiscar e ativar nossa criatividade, sem muita formalidade?

Quanto ao Camilando? Tenho tudo em backup. Nada é definitivo, se eu quiser voltar, tudo está ali, num arquivo do meu computador. E assim vou praticando o desapego. Mudar faz bem!

Quem venham mais lições de desapego. E que eu possa, a cada dia, dar o melhor de mim pelo que me é realmente importante.

E vocês? Já desapegaram de algum blog? Redes sociais? Como foi a experiência?

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