Categorias: Escrevendo

A moda da depressão no Facebook

Com a enxurrada de páginas a serem curtidas no Facebook, eis que surgiu uma moda um tanto estranha: a depressão. Biologia da depressão, jornalismo da depressão, academia da depressão, o diabo a quatro da depressão. Mas afinal, por quê isso? Tudo bem, sei que atualmente um espirro pode virar um meme e qualquer fato pode se espalhar em uma proporção geométrica, mas a moda do depressivo parece ter feito sucesso. Criado com o intuito de criticar alguma vertente, o termo qualquer-coisa-da-depressão acabou tornando um grande ponto de encontro de pessoas que possuem alguma atividade em comum.

Muito criticado atualmente, o Orkut já possuía, em suas comunidades, essa característica de reunir pessoas com os mesmos interesses. Já com o Facebook, no qual há uma grande diferença entre seus grupos, até pelo formato e superficialidade das discussões, parece que o xxx da depressão surgiu como uma forma de suprir o que o velho Orkut provia, que era o de categorizar pessoas de acordo com suas comunidades, transferidas agora para as tão famosas – e estranhas – depressões. Estuda Educação Física? Há a página da Educação Física da Depressão. É Médico? Advogado? Planta chuchu na varanda? Pode procurar que certamente há uma depressão esperando por você.

Sim, é algo estranho, meio sem noção. E é no meio dos milhões de depressivos que continuamos a orkutizar o Facebook, cada vez entupindo mais a timeline dos coleguinhas com piadas que não provocam mais que um sorriso no canto da boca. Ou eu é que estou ficando velha demais.

#Depressiva
Categorias: Gostei, Músicas

Música: Clarice Falcão – Monomania

Fiquei me perguntando por que só conheci essa cantora pernambucana ontem. Escutei a música “monomania” e me apaixonei pelo jeito meigo, voz delicada e principalmente pelo clipe bem humorado e cativante de Clarice Falcão. Não demorou muito pra eu procurar no youtube pelo seu álbum, que está no replay pela terceira vez, me fazendo cantarolar as letras divertidas que falam muito do que gostaríamos de falar.

Clarice Falcão tem 23 anos e é formada em cinema. Já atuou na tv mas no momento se dedica à turnê de seu álbum Monomania, lançado no dia 30 de abril de forma independente e que pode ser comprado pelo iTunes. Clarice está presente nas principais redes sociais e tem um carinho enorme pelos seus fãs, com quem mantém sempre o contato. Não deixem de curtir seu Facebook, Twitter e Youtube. Leiam também a resenha de seu álbum feito pelo blog Miojo Indie. Gostei e recomendo!
Eu vou ter que me controlar
Se um dia eu quero enriquecer
Quem vai comprar esse cd
Sobre uma pessoa só?

Categorias: Tecnologia

Administrando o tempo na internet

online

Eu estava lendo o blog do Marcos Lemos, justamente o artigo de como administrar seu tempo para blogar e ele abordou um assunto interessante que sempre venho falando aqui no Vida Minimalista: o ideal é que façamos uma coisa de cada vez.

No entanto, estamos acompanhando essa nova geração que consegue dar conta de tudo ao mesmo tempo. Conversa com amigos no MSN (ou melhor, Skype), compartilha memes no Facebook, atualiza o Twitter enquanto ouve música e estuda pra prova da escola. Gerações anteriores ficam assustadas como que esses novos jovens estão mais inteligentes, capazes de apreender muito mais informações e em uma velocidade incomum do que os jovens de décadas passadas. Mas eu me pergunto, será que realmente estão aprendendo ou esse aprendizado é superficial?

Recebemos tantos dados que mal temos tempo para absorvê-los pois logo em seguida já vem uma nova atualização de um novo assunto totalmente diferente e que também nos chama a atenção. Como diz Lemos nesse artigo que li, “Comece a assumir que precisa passar mais tempo sem distrações e você verá sua qualidade de vida subir e tudo em sua vida vai produzir mais resultados positivos”.

Não é curioso que justamente esses jovens (e eu me incluo nesse grupo sim!), que tentam fazer dezenas de atividades ao mesmo tempo, são os mesmos que são diagnosticados com TDA (Transtorno de Déficit de Atenção)? Será mesmo isso uma doença, como muitos afirmam, ou uma consequência do excesso de informações que recebemos? Esse parece ser o novo mal do século e eu fico me perguntando como reagiria um cérebro exposto a uma carga intensa de informações.

É por esse motivo que eu tento reduzir um pouco essa velocidade, essa ânsia de querer saber tudo – embora nem sempre consiga – e tentar fazer uma atividade de cada vez. Mas confesso que é muito difícil estar acostumado a sempre atuar de um jeito e, ao começar a refletir sobre o mal que isso pode causar, tentar mudar. E aí está o dilema contemporâneo: viver como a sociedade nos leva a agir ou pensar e tentar fazer diferente. O que vocês acham válido? Vamos tentar não nos deixar levar pela correnteza?

]]>