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5 lugares da Galiza que eu quero conhecer

Estou aprendendo muito sobre a Galiza nas minhas aulas da UERJ de galego. Peguei logo 3 disciplinas, pra aprender tudo de uma só vez e estou cada vez mais encantada. Aprendemos sobre Literatura, Cultura e Língua e hoje resolvi compartilhar parte da primeira aula que tive, mostrando alguns lugares históricos e muito belos do lugar. Segue uma pequena descrição que escrevi:

Situada no noroeste da Península Ibérica, a região da Galiza guarda uma história incrível. Com uma cultura originária dos povos celtas, ainda mantém viva uma tradição composta de festas folclóricas, arquitetura medieval e uma paisagem exuberante e verde, característica da região.

A Galiza é uma comunidade autônoma espanhola, na qual abrigou o Reino de Galiza e a Galaécia do século V ao XIX, tendo como capital hoje a famosa cidade Santiago de Compostela que possui um estatuto especial dentro da província de Corunha.
Formada pelas províncias de Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra, é conhecida por sua cultura megalítica, na qual foi a primeira comunidade a construir estruturas arquitetônicas relacionadas ao sentido religioso, com o culto aos mortos como uma ligação entre o homem e os deuses.
Veja agora fotografias dos 5 lugares que acho mais bonitos da Galiza e que certamente irei conhecer um dia. Quem sabe numa das viagens pelo mundo afora com minha amiga Vivi…
1. Castro de Baroña
Castros eram construções antigas, que possuíam telhados de palhas. Eram geralmente cercados com um grande muro de pedras e ali se encontravam dezenas de casas como mostradas na foto acima. Hoje, o que restou são as ruínas dessas construções, apenas as paredes de pedras, já que os telhados de palha não suportaram o tempo. Essa foto mostra o Castro de Baroña e a foto foi retirada daqui.
2. Muralha de Lugo

As Muralhas de Lugo são as únicas e mais antigas muralhas do Império Romano ainda de pé. Pelo que podemos perceber na foto, ela encontra-se em meio urbano e totalmente preservada. Foto retirada daqui.
3. Igreja da Ilha da Toxa
Situada na província de Pontevedra, a Ilha da Toxa possui uma igreja com sua fachada inteira coberta de conchas de vieiras, principal símbolo do Caminho de Santiago. Podemos ver na foto abaixo detalhes da parede.
Ambas as fotos foram encontradas aqui.
4. Dolmen de Axeitos (Ribeira)
Datado de, em média, 6 mil anos, o Dolmen (estrutura semelhante ao do Stonehenge) é do período Neolítico e sua construção tem ligação religiosa. Segundo historiadores, o Dolmen mantinha a função funerária do período neolítico, de enterrar seus mortos para que pudessem continuar suas vidas. Dizem ainda que naquela época era coberto de terra, possuindo então uma estrutura de covas e que armazenou os corpos das figuras mais importantes da época. A foto foi retirada daqui.
5. Burgas de Ourense
Ourense fica localizada em um vale que antes era a cratera de um vulcão. Devido a essa estrutura, possui caldas, que são fontes de águas quentes e sua arquitetura é resultado de diversas construções desde o século XVII até os dias atuais. A região recebe turistas e é conhecida por suas diversas termas. A foto é daqui.

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Sem dúvida é um lugar que pretendo conhecer um dia, tanto pela sua beleza quanto pelo passado celta que tanto me interessa. Como estou fazendo o curso de cultura, língua e literatura galega, podem ficar certos de que vocês verão muitas curiosidades sobre essa região.

Categorias: Músicas

Música: First Aid Kit

Composta pelas irmãs suecas Johanna e Klara, First Aid Kit é uma banda Folk formada em 2007 e que possui dois álbuns: The Big Black & The Blues (2010) e The Lion’s Road (2012). Conheci essa banda através de uma mixtape no 8tracks e logo de cara me apaixonei. Suas músicas têm a presença forte do violão e da harmonia dos vocais transitando entre o indie-folk, indie-pop e o pop-psicodélico.
Confiram a principal música do álbum The Lion’s Roar e que leva o mesmo nome e a Emmylou, minhas duas preferidas:

The Lion’s Roar

Emmylou
First Aid Kit está presente nas redes sociais:
Categorias: Comportamento

Sobre os ídolos minimalistas

Hoje recebi um comentário da leitora Chernova, que me fez refletir um pouco sobre a imagem que os minimalistas (ou aspirantes ou simpatizantes) possuem. Como eu ia escrever uma resposta extensa, resolvi criar um post sobre esse assunto que pode esclarecer algumas questões sobre o minimalismo, o blog, minha pessoa e meus pensamentos sobre o assunto. Há muito venho observando e questionando algumas atitudes apresentadas por diversos minimalistas-ídolos, e quando me veio essa mensagem da leitora, senti ser o momento para escrever um pouco sobre o que penso.

Adianto-me a dizer que respeito a opção de cada indivíduo, mas que algumas atitudes destoam um pouco do que penso sobre o assunto, embora tenha a consciência de que somos seres extremamente passíveis de mudanças. Vamos à mensagem:

Para alguns, todas essas metodologias facilitam o processo de organização. Contudo, a meu ver, esses métodos são burocráticos e, pedagogicamente falando, pedantes, uma vez que vão na contramão da essência do minimalismo: a simplicidade.

Confesso que ao deparar-me com siglas como GTD, ZTD, MIT e outras sinto-me verdadeiramente numa aula de Física, Matemática ou Química. A própria criação destas siglas, assim como o uso da técnica denominada de Pomodoro, já demonstra uma total ausência do minimalismo, da simplicidade, ou seja, daquilo que é essencial.

Para mim, minimalismo significa, dentre muitas coisas, não estar presente em ‘trocentas’ redes sociais; não ter de criar pseudofórmulas, como as citadas acima, para executar simples ações do dia-a-dia.

Sei que vocês veem o Leo Babauta, os The Minimalists e muitos outros estrangeiros quase que como “Deuses” do minimalismo, mas – na minha mais humilde opinião – os vejo como pessoas vaidosas e pseudominimalistas. Tenho pra mim, como referência de minimalismo, Tenzin Gyatso, Jesus Cristo e Mahatma Gandhi. Estes sim eram (ou ainda é, no caso de Tenzin Gyatso) Minimalista(s) genuinamente. – Chernova

Concordo com a leitora em diversos pontos. Essas metodologias são muito úteis para muitas pessoas, assim como complicam ainda mais a vida de outras. Sendo o ser humano diferente um do outro, é normal que algo não sirva massivamente para todos e seria muito ruim se fossemos dessa maneira, além do que, soluções definitiva do tipo “resolva todos os seus problemas” não combina comigo, passo longe.

A questão é que, como tenho um público diversificado (ainda bem!), tento mostrar aqui diversos tipos de dicas a fim de ajudar, pelo menos um pouquinho, a cada um que visita o blog. Uns só gostam de posts sobre produtividade e essas metodologias, pois trabalham com gerenciamento e administração. Outros já gostam das reflexões que escrevo e não curtem metodologias. À medida que vou descobrindo, através das minhas leituras e experiências pessoais, vou compartilhando aqui com vocês. Isso não significa – e sempre ressalto isso – que seja um manual completo e definitivo de como viver, muito pelo contrário, algo que funciona maravilhosamente bem para mim, pode não funcionar para outra pessoa.

Em relação às siglas, é visível que é uma estratégia de marketing e também concordo serem um tanto desnecessárias na prática. Na verdade não fazem muita diferença mas que, se o autor as nomeou assim e todos as conhecem dessa maneira, eu também utilizo, assim como a referência de quem as criou, seja ele Leo Babauta, David Allen ou qualquer outra pessoa independente se ela se auto rotula como minimalista ou não. Até o filósofo Bauman me inspira!

Muitos minimalistas têm como ídolos escritores de blogs como The Minimalists, citado no comentário. Partilho da opinião, visto que alguns estão utilizando o minimalismo hoje como forma de status, de mostrar aos outros que é “superior”. Meu questionamento é: cadê a simplicidade nesses casos? Mas tudo bem, cada um segue seu caminho, quem sou eu para julgar?

Por outro lado, não podemos generalizar achando que todos os minimalistas são iguais e possuem os mesmos ídolos e hábitos. Aliás, não gosto de me rotular como minimalista. Assumir essa postura gera cobranças e angústia e a vida é um constante movimento e não estática. Creio na efemeridade das coisas e o que hoje é, amanhã pode não ser mais. Eu busco, através de práticas minimalistas, simplificar minha vida, não que eu seja uma minimalista disputando o top 10 na internet. Definitivamente isso não faz o meu perfil.

Mahatma Gandhi, Tenzin Gyatso, Geshe Gyatso, Thoreau, Madre Tereza de Calcutá e São Francisco de Assis sim, são alguns que eu levo como exemplo de conduta e que tenho como referência de simplicidade. Gosto do Leo Babauta? Gosto! Ele tem textos ótimos, é um pouco radical, mas é o que funciona pra ele além do que, suas escritas servem como inspiração, não como um modelo a ser fielmente seguido. O mesmo para Joshua Becker, Everyday Minimalist entre tantos outros sites sobre o assunto.

A vida é muito simples para ficarmos nos encaixando em rótulos, para querermos ser como outra pessoa ao invés de tentar buscar nossa verdadeira essência. No entanto, devemos ler, ler muito e sobre tudo um pouco. É bom buscar, aprender com os erros e com os acertos dos outros, pois só assim podemos discernir por qual caminho desejamos seguir e qual deles não se encaixa com nossos princípios.

Acho que escreverei mais posts inspirados nos comentários dos leitores, pois assim podemos ampliar cada vez mais o debate sobre diversos temas. O que acham?

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