Mês: maio 2013
Qual o seu pior defeito?
É muito fácil respondermos qual a nossa principal qualidade. Podemos fazer uma lista de aptidões, de itens que gostamos da nossa personalidade e até exageramos às vezes com o intuito de nos valorizarmos. Mas quando a pergunta é sobre nossas fraquezas, nem sempre a resposta sai com tanta fluidez.
Seja sincero: Qual o seu pior defeito? Não, eu não estou me referindo à orelha de abano nem à miopia. Refiro-me à sua principal falha na personalidade, àquilo que você sabe que precisa mudar um dia, mas que acabou escondendo para debaixo do tapete a fim de não ter que lidar com isso tão cedo. Não é bom fugirmos dos nossos próprios defeitos. Em determinados casos pode funcionar, mas esconder algo que nos incomoda não é uma solução definitiva e pode gerar um estresse maior. É como uma bola de neve, se deixarmos para depois, poderá se tornar tão grande que ficará cada vez mais difícil enfrentarmos.
Eu lhes proponho um rápido exercício. Pegue papel e uma caneta e liste todas as suas qualidades. Não exagere, liste apenas aquelas que você realmente possui, não as que você gostaria de ter ou acha que tem. Do outro lado do papel, liste todos os seus defeitos. Seja sincero consigo mesmo e veja aquele que você esconde há anos e que não quer enfrentar tão cedo. Faça uma breve análise do que é possível mudar e escolha a falha que mais te incomoda, para trabalhar com ela. Pense qual seria o resultado caso você conseguisse superá-la e também nos fracassos que teve na sua vida por causa dela.
Não podemos mudar tudo de uma só vez e nem sempre conseguimos mudar sozinhos. Mas há defeitos que podemos enfrentar com uma simples mudança de atitude, mas que talvez não tenhamos dado conta de como é fácil consertá-lo. Você não tem disciplina e isso já te prejudicou profissionalmente? Estabeleça um plano de atividades e cumpra, se esforce ao máximo pelo menos durante uma semana e veja os resultados. Aplique técnicas, determine horários, compare sua produtividade. Às vezes precisamos de disciplina, estabelecer uma rotina.
Comece aos poucos. Não tente mudar tudo de uma só vez. Sabemos o quanto é difícil encararmos nossas falhas, mas podemos mudar. Se não quer enfrentar o pior, encare o mais simples. No entanto, nem todos os problemas podemos resolver sozinhos. Há aqueles em que será necessária uma ajuda profissional. Nesses casos, o melhor a fazer é procurar um psicólogo que certamente conduzirá o tratamento da maneira correta. O importante é darmos o primeiro passo: termos a consciência do que precisamos mudar, do que nos incomoda e do que nos prejudica. A partir daí cabe a cada um determinar como serão resolvidos. Porque esconder debaixo do tapete nem sempre é uma solução adequada.
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TED Talks: A vida online como uma tatuagem permanente
Andy Warhol uma vez disse que “no futuro, todos ficarão mundialmente famosos em 15 minutos”. Mas e se fosse o oposto, se fosse possível que ficássemos anônimos por esse espaço de tempo? É com esse questionamento que Juan Enriquez conduz sua palestra no TED, sobre tatuagens eletrônicas. Enriquez faz uma reflexão sobre o quanto estamos expostos atualmente e sobre a imortalidade desses dados, que ficarão online durante muito tempo. Ele compara cada postagem, cada tweet, cada foto que publicamos, como uma tatuagem, que contém informações sobre cada indivíduo e que é permanente, mesmo que mudemos de personalidade, de emprego ou de vida.
O palestrante ainda alerta sobre diversas tecnologias que estão sendo criadas e que talvez nem saibamos, como o Face.com, um sistema que já possuía, na época de seu discurso, 18 bilhões de rostos cadastrados e que no dia 18 de junho de 2012 foi vendido para o Facebook. Sendo assim, é possível que em uma foto aleatória em um bar, nosso rosto seja reconhecido por um estranho, sendo possível acessar nossos dados.
Juan Enriquez se utiliza de quatro mitos gregos que podem servir como lição nos dias atuais:
1) Mito de Sísifo. Condenado a rolar pedras colina acima por toda a eternidade, Sísifo pagou para sempre por algo que fez. Com esse exemplo, devemos ser cuidadosos com o que postamos. Uma simples frase pode destruir uma reputação, mesmo que seja equivocada ou mal entendida.
2) Mito de Orfeu. Ao olhar para trás, Orfeu perdeu sua amada. Da mesma forma, nos relacionamentos atuais, não devemos procurar muito o passado de quem amamos. Porque se procurarmos por algo, certamente iremos encontrar.
3) Mito de Atlanta. Supostamente invencível, Altlanta perdeu a corrida para Hipomenes ao se distrair com maçãs de ouro lançadas por ele durante a corrida. Da mesma forma, podemos perder nossos objetivos ao nos distrairmos com maçãs de ouro, que nos desviam a atenção e ainda nos fazem twittar sobre coisas fúteis. Foco no que realmente importa!
4) Mito de narciso. Ninguém é feio nas redes sociais, ninguém tem problemas no Facebook, todos possuem uma vida feliz no Instagram. Não devemos nos apaixonar pelo nosso próprio reflexo. Sejamos mais realistas. Não precisamos disso.
Por último, Enriquez cita uma lição de Jorge Luiz Borges que em uma situação escreveu: “o que poderia ser tão ameaçador, senão a morte?”. E o palestrante encerra seu discurso respondendo que mais ameaçador que a morte, seria a própria imortalidade digital.
Recomendo a todos assistir o vídeo e refletir um pouco. O vídeo possui legenda em português.
E você, o que acha sobre a exposição no mundo digital? Tem alguma preocupação com o que escreve na rede ou acha que não tem problema algum e que isso faz parte do progresso digital? Deixe sua opinião!
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