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Impressionismo: Paris e a Modernidade [CCBB]

O impressionismo é um movimento francês, que surgiu no século XIX no qual se utilizou uma maior liberdade artística. O uso de pinceladas mais soltas é uma das características desse movimento na pintura, como pode-se reparar nas diversas obras à mostra na exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade – Obras-Primas do Museu d’Orsay, expostas no CCBB do Rio de Janeiro.

IMPRESSIONISMO X FOTOGRAFIA

Assim como a fotografia, a pintura é um instrumento de comunicação visual que faz a mediação da apreensão da realidade, de uma forma particular e subjetiva. Realizada através da percepção visual do artista – fotografo ou pintor – o impressionismo tem uma preocupação com a captação da iluminação ao ar livre e da maneira como as pessoas, objetos e natureza se portam na realidade.

O elemento primordial nos dois ramos artísticos, é, sem dúvidas, a iluminação. Pode-se notar nas obras de Monet, por exemplo, que há uma preocupação minuciosa com a retratação fiel da incidência da luz em suas obras, da impressão das cores e dos cenários como eles são. Da mesma forma, a fotografia é o registro através da luz, no qual sem ela não se é possível registrar.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS

Outros fatores importantes que devemos lembrar, embora não exclusivos do Impressionismo, é a preocupação com elementos comuns à fotografia, como o enquadramento, o trabalho com a perspectiva, a profundidade de campo – ou sua ausência – e até mesmo pode-se observar a preocupação da composição com a Espiral de Fibonacci. Todos estes elementos são comuns tanto à composição fotográfica quanto à obra de arte, no caso, a pintura.
Podemos fazer uma comparação em relação a dois artistas quanto ao trabalho com a perspectiva e profundidade de campo. No quadro da esquerda, O Bar de Folies-Bergère, de Manet, possui uma grande profundidade de campo, podendo ser percebido detalhes ao fundo. Já o quadro da direita, O Tocador de Pífano, também de Manet, não nos mostra detalhes do fundo, sendo uma imagem solta no ar, sem profundidade de campo, o que pode ser facilmente obtido na fotografia com uma pouca abertura e uma grande abertura de diafragma respectivamente.
Como pode-se notar, o impressionismo, assim como a fotografia, possuem como sua maior preocupação, a iluminação. A luz, para ambos, é elemento primordial para que se possa trabalhar adequadamente, com um registro mais fidedigno possível à realidade. Em ambos os casos, o produto final não é apenas mais uma imagem, mas sim o olhar do artista naquele momento único, já que uma simples mudança de ângulo ou de iluminação produziria um efeito completamente diferente da obra final.

~ Texto apresentado para o trabalho final da disciplina Fundamentos da Fotografia.

Agora algumas fotos do CCBB-RJ retiradas de alguns Flickrs que permitem o uso livre das fotografias:

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Sensibilidade: O Diário de uma Jovem Mística

“É uma escolha individual
fazer das nuvens uma tempestade
ou dissipá-las para que ressurja o brilho do sol.”

Escrito por uma carioca sob o pseudônimo Atma – alma, em sânscrito – o livro Sensibilidade é do gênero espiritualista e me chamou a atenção já nas prateleiras devido à sua capa cor de rosa. Com 308 páginas, em formato de bolso e com uma linda diagramação, possui corações impressos nas páginas internas e desenhos feitos por ela própria, já que é uma compilação de um diário real. A autora, prestes a completar 29 anos, narra sua trajetória em busca de sua realização espiritual.

Psicógrafa de um centro espírita e devota de Sathya Sai Baba, Atma consegue prender o leitor através de suas dúvidas, conquistas e descobertas referentes ao mundo espiritual. Com a sensação de que algo em sua vida mudaria ao completar 29 anos, acompanhamos sua história, com a sensação de que estamos muito próximos, que fazemos parte de sua vida. Seu diário, com quem dialoga e seus desenhos, nos coloca em contato com uma jovem simples, com extrema sensibilidade e dedicada, que não mede esforços para ajudar a quem cruza seu caminho.

O livro é recomendado àqueles que, como Atma, têm a mentalidade ampla e buscam por um avanço espiritual, desvendando seus próprios mistérios. Apesar de aparência feminina, o livro é indicado a qualquer gênero, pois as experiências espirituais são desprendidas de qualquer divisão criada pelos seres humanos. Um livro, sem dúvidas, emocionante do começo ao fim.

“Foi só uma percepção dessas meio turvas que tenho. O que importa mesmo é que a carta levou alívio para a Jeane. Ah, os olhos dela brilharam, tinha que ver! É este brilho que alimenta a minha alma, meu amigo. Entende? (…)”

Sensibilidade: Diário de uma Jovem Mística
Sensibilidade: Diário de uma Jovem Mística
Sensibilidade: Diário de uma Jovem Mística

Sensibilidade: O diário de uma jovem mística
Autora: Atma
Editora independente
Ano: 2007
307 páginas
Mais informações no Skoob

Categorias: Músicas

Raul Seixas, o Maluco Beleza

Eu gosto do Raul Seixas. Podem falar o que for, mas ele é um dos pioneiros do rock brasileiro. Com suas composições geralmente de protesto, com tons anarquistas – apesar da suposta contradição de ter se “vendido” para a Globo com a música Carimbador Maluco, quando na verdade ele queria transmitir seus ideais às crianças – se destacou em meio à música de contracultura lançando 21 discos em 26 anos de carreira, e seu jeito místico, fora do comum e maluco beleza conquistou um grande público.

Raul Santos Seixas se interessava por mitologias, filosofias, psicologia e fazia parte de ordens místicas, o que fez com que se tornasse uma figura que despertava curiosidade. A partir dos seus estudos sobre a filosofia védica (Hindu), a partir do livro Bhagavad Gita, compôs, junto com Paulo Coelho, a música Gita, que é uma das que mais gosto.

Por que você me pergunta
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar 

Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim

Outra música que gosto muito dele, como vocês podem perceber pela minha personalidade, é a Metamorfose Ambulante. Me identifico bastante com essa letra, já que sou uma pessoa que gosta do dinamismo, estou sempre mudando, não consigo ficar muito no mesmo parada, estagnada. Nos mostra que tudo é impermanente, não devemos nos fixar a dogmas e paradigmas antiquados que já não nos serve mais. Temos que ser mais flexíveis, adaptáveis, buscar sempre novos caminhos e desconstruir.

Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Raul também compôs outros estilos de música, como em seu álbum “Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta a Sessão das 10” no qual trabalhou com Sérgio Sampaio. Ultimamente tenho saído um pouco das músicas comuns do Raul que citei acima, e tenho escutado mais seus álbuns não tão conhecidos pelo público geral.



Aos Trancos e Barrancos

Taí eu sou um cara que subi na vida
Morava no morro e agora moro no Leblon.

Eu vou pendurado na janela,
Vou mais pensando nela que esse sujo pelo chão
Eu vou descascando a minha vida,
Sujando a avenida com meu sangue de limão

Rio de Janeiro
Você não me dá tempo de pensar com tantas cores
Sob este sol
Pra que pensar se eu tenho o que quero
Tenho a nega, o meu bolero,
A TV e o futebol

Eu não vou levando nosso leite
Troquei por um bilhete da roleta federal
Eu vou pela pista do aterro
E nem vejo meu enterro que vai passando no jornal

E você, gosta de alguma música do Raul Seixas? O que acha dessa figura tão polêmica?

“Eu comprei uma televisão, a prestação, a prestação,
Eu comprei uma televisão, que distração, que distração…”