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Vamos comprar alugando?

Lendo o o livro “Minimalism: Essential Essays” do Ryan Nicodemus e Joshua Millburn, me deparei com uma frase que dizia: “Você está se livrando dos excessos em sua vida porque elas não são importantes“.  Refleti um pouco sobre essa necessidade que temos de guardar coisas para si, acumular cada vez mais e cheguei a uma conclusão que enquanto lidarmos com nossas compras com o sentido de posse, ficaremos apegados a elas basicamente por causa do dinheiro investido.

Quem nunca, durante uma arrumação, pegou um item para se desfazer e pensou “ah, mas que pena, eu paguei X reais nele e vou dar?”. Esse é o maior problema: lidar com itens adquiridos  com um sentimento de posse eterna. Por que não, nesse caso, mudar a perspectiva?

Vejamos bem, quando alugamos algo, não sentimos esse apego, pois sabemos de antemão que não é para sempre que ficaremos de posse do objeto, portanto, não criamos vinculo emocional. O ideal, portanto, não seria agir dessa maneira com tudo o que adquirimos?

No momento em que compramos, pretendemos desfrutar de uma utilidade, mesmo que seja um objeto de decoração. Tudo que adquirimos tem sua função, mesmo aquelas que aparentemente não têm, e ao encararmos o objeto como algo provisório, que vai cumprir sua função apenas por determinado tempo e não para sempre, evitamos criar um apego maior. No budismo, por exemplo, muito se fala sobre a impermanência. Nada dura para sempre. E por que achamos que um livro, um objeto decorativo ou uma roupa tem que viver conosco por toda a eternidade? Não seria mais fácil desapegar caso as tivéssemos alugado?

Com isso em mente, podemos analisar tudo sob um outro ponto de vista. Essa roupa que já não nos serve mais, poderá seguir adiante para alguém que fará um bom uso dela. Quanto vale alugar uma calça ou um casaco? No momento em que mudamos a visão no momento da compra, podemos aprender a lidar com o dinheiro e nossas posses de uma nova maneira. Se eu paguei R$ 50 em uma calça e a uso quase todos os dias para ir à faculdade ou trabalho, podemos pensar que esse dinheiro foi um investimento de um aluguel ao invés de uma compra, e que, quando eu não precisar mais, passarei adiante e alugarei outra calça.

Vamos fazer um teste. Vamos tentar encarar nossas aquisições em troca de moeda não como uma compra, mas como aluguel. Vamos tentar dar sentido afetivo a momentos importantes, e não a coisas. Objetos não devem durar para sempre, muito menos nos dias da obsolescência programada. Devemos dar valor àquilo que realmente importa, e não ao sentimento de posse sobre um objeto, que no fim, cedo ou tarde, perecerá. Vamos passar a pensar na compra como um aluguel afinal, seja o que for, não vai durar eternamente. Se conseguirmos encarar uma compra de uma nova maneira, conseguiremos, mais a frente encarar com mais facilidade seu desapego.

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Primeira compra no Book Depository

Привет! Tudo bem, pessoal? hoje vim contar a novidade pra vocês. Ontem à tarde recebi dos correios meu primeiro livro comprado no Book Depository. 🙂

Eu estava em busca desse livro do curso de Russo, mas aqui no Brasil ele é muito caro. Consegui encontrar por $17 no BD e resolvi arriscar. O Book Depository é uma livraria da Inglaterra que entrega para o mundo inteiro com frete grátis. E o melhor é que, como livro não paga imposto, não corremos o risco de sermos taxados pela alfândega (a não ser que compremos um livro que venha acompanhado de CD ou algum outro objeto). Os preços de lá são realmente bem melhores, apesar de demorar em média 1 mês para entregar e dependermos do cartão de crédito (ou Pay Pal).

Meu pedido foi expedido no dia 26 de novembro, e chegou aqui exatamente no dia 26 de dezembro, o que é muito bom levando em consideração que estamos no período de festas e os correios sempre demoram mais devido ao grande volume de entregas. Com certeza comprarei outros livros lá (tem muita promoção boa).

O livro chegou em perfeito estado, sem amassados, apenas com um pequeno rasgo na embalagem de papelão, provavelmente feita na alfândega do Brasil.

Agora é só aproveitar as minhas curtas “férias” e colocar o meu russo em prática. E você, já comprou algo nesse site? Qual sua experiência com o BD ou com compras de livros internacionais? Alguma dica?

Да свиданиа!
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Julie & Julia

Desestimulada com seu emprego e sua vida, a escritora Julie Powell (Amy Adams) propõe a si mesma um desafio: Fazer todas as 524 receitas do livro Dominando a Arte da Culinária Francesa, de Julia Child (Meryl Streep) em um ano. Com a ajuda de seu marido, Julie publica diariamente em um blog seus registros do desafio.



As vidas de Julia Child e Julie Powell são mostradas concomitantemente durante o filme. Baseado em duas histórias reais, podemos acompanhar a ligação entre as duas mulheres, separadas apenas pelo tempo, mas com uma história muito semelhante. Através da culinária conseguem superar seus limites, utilizando-a como uma terapia.
O filme tem uma narrativa leve e é indicado a todos que admiram a arte da culinária. É daqueles que deixa com uma vontade imensa de levantar do sofá e ir preparar algum prato especial. Entretanto, acho que a fotografia poderia ser mais explorada, principalmente por se tratar de um cenário parisiense e de culinária. O longa é uma adaptação dos livros Sintonia de Amor e A Feiticeira, e foi dirigido por Nora Ephron.

O desfecho deixou um pouco a desejar, mas como se trata de um filme baseado em histórias reais, não há a possibilidade de ter seu roteiro alterado, e na minha opinião, foi bem trabalhado frente aos acontecimentos reais

É um filme gostoso, bom para assistir em família. Mas prepare uns petiscos, pois você certamente vai ficar com fome.