Quem passou dos 25 anos com certeza irá se identificar com o post de hoje. Vamos relembrar um pouquinho da revolução tecnológica que vivemos no início do século XXI? Então vamos lá, por partes…
O primeiro computador que tive, ganhei do meu avô. Enquanto na minha escola tínhamos aulas de informática no famoso IBM 386, meu avô me presenteou com o revolucionário 486, com o chip Pentium Pro. A ansiedade em chegar o dia de ir buscá-lo na loja era tanta que arrumei meu quarto separando o cantinho dele com dias de antecedência. Lembro-me que a minha maior diversão era digitar vários textos que eu tinha escrito à mão como poesias e diário, além de jogar campo minado e desenhar no Paint Shop. Tudo isso salvando nos disquetes de 8 polegadas, que cabiam alguns aquivos em .jpg e em .txt, geralmente trabalhinhos toscos feitos nas aulas de informática da escola. Após fazer um upgrade de memória RAM de 16 pra 48Mb, meu 486 ficou mais veloz e mais furioso, super “tunado”.
Com o tempo a tecnologia foi avançando, e tive meu segundo computador, um Pentium 2, e o melhor dele era que vinha com um HD de 1Gb e memória RAM de 256 Mb. Nunca estive tão feliz, pois poderia usar meus disquetes coloridos e menores, migrar do Windows 3.1 pro 95 e instalar vários jogos radicais que trocava com meus amigos por disquete. Já falei que o Windows 95 tinha 14 disquetes de instalação + disquete de boot?
Depois veio o advento do CD-ROM e a placa de som Sound Blaster, que quando comprei veio de brinde o jogo do Twinsen’s Odyssey, que zerei (Could you help me treat my injured Dinofly?) e finalmente, o modem 56K!
Aí que começou a brincadeira. Como sempre fui meio geek, eu mesma instalava todos os programas e hardwares do meu computador. Às vezes passava o dia pra configurar a placa de som, ou fazer reconhecer o modem. Meu primeiro provedor foi o Rio Link, no qual tive minha primeira conta de email antes do Bol. Veio então a moda das salas de bate-papo e eu ficava com minha prima Michelle (que já morava comigo) esperando dar meia noite pra conectar e pagar só um pulso de ligação telefônica. Após 20 tentativas, ouvia-se o barulhinho diferente do modem, e bingo! Conseguíamos conectar. Após diversos sons extraterrestres vindo da CPU, estávamos prontos para fazer o login na página do provedor, e então a diversão estava garantida em slow motion.
A partir daí ninguém me segurava mais com minhas nerdices. Com a chegada do Velox (ou Lerdox) fiz página pessoal no kit.net, site dos Cavaleiros do Zodíaco (fui a primeira mulher da América Latina a fazer um site do anime, segundo a revista Heróis) e depois tive meu primeiro blog. Passei pelo Blig, Blogger.com.br e acabei sossegando no finado Weblogger, no qual fiquei por muitos anos com o endereço “Quem não tem cão”, que me acompanhou por diversos momentos, desde a fase Hello Kitty com gifs glitterinados piscando e cursor de florzinha até layouts pretos pra combinar com minha fase grunge (Bons tempos de banda Half Way do meu namorado na época). Também ficava horas no mIRC apesar de achar um saco (oi, gatinha, quer tc?), pois preferia o ICQ.
Esse foi um pequeno resumo sobre minha vida digital, mas ainda tinha muito a contar. Quem sabe num outro post?
Com isso quero deixar um convite pra vocês, leitores blogueiros a contarem em seus blogs como foi o início das suas vidas computadorizadas. Quem quiser participar basta deixar aqui nos comentários o link do blog, que farei uma lista abaixo com o nome e o link dos participantes. Então, quem aceita o desafio?
Abraços em todos!
Em tempo: Esse post vai ser diversão garantida pros meus netos num futuro distante…
Camile, só tive acesso ao computador em casa em 98. Antes dessa época ia na casa da minha amiga e acessávamos da casa dela a internet. Não peguei a época do DOS, mas fui direto pro Windows 98.
Usei muito diskete pra armazenar meus arquivos e depois chegou CD/DVD, pen drive e HD Externo pra ajudar a vida da gente.
Meu primeiro comunicador pessoal foi ICQ era muito louco aquele barulhinho que fazia qdo chegava mensagem.
Frequentei muita sala de bate papo da UOL e conheci várias pessoas na época.
Big Beijos
Fico lendo esses posts de evolução da informática e fico chocada. ESTAMOS FICANDO VELHAS!
Ainda lembro da gente contando minutos pra entrar na internet discada depois da meia noite, de entrar em sala de bate papo, do barulinho do ICQ. Nossa e os blogs ?? que toscos que eram, mas a gente amava.
Com certeza aceito o desafio e vou escrever no Sobre o Insólito.
=)
Gostei do texto !!
Me fez relembrar algumas coisas do começo dos meus tempos de informática. Houve uma época que o PCmera divertido mesmo sem internet. Hoje, se ela cai, o pc vira quase um aparelho inútil…
Lembro que no começo dos tempos, um dos sites que todos deveriam visitar era o da Nasa, e eu o fiz no meu primeiro acesso, quando existia pouca coisa em português, em 98. Como a estética dos sites mudam, apesar de cada um ter eu design, todos meio que seguem uma fórmula.
Em breve escreverei minha visão dos fatos em meu blog 😉